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25/04/2018 - 21:45
Pré-Jogo

Na noite desta quarta-feira, a Sociedade Esportiva Palmeiras faz um dos maiores jogos do ano: enfrentará o Boca Juniors, em La Bombonera, em partida válida pela fase de grupos da Copa Libertadores. Ao Verdão, o empate interessa bastante, diante da pontuação atual do grupo, mas a vitória, além de garantir o time na próxima fase, dará ao Palmeiras uma excelente posição já pensando nos mandos da chave do mata-mata.
Palmeiras
DESFALQUES
Tapetada: Gustavo Scarpa
Trabalho físico: Artur
Lesionados: Guerra e Michel Bastos
Pendurado: Felipe Melo
Roger Machado ainda não poderá contar com Guerra e Michel Bastos, que se contundiram juntos em treino na semana passada. O único treino realizado em solo argentino foi fechado. Até por isso, o professor deverá manter o time que enfrentou o Inter: Jailson; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo e Bruno Henrique; Dudu, Lucas Lima e Keno; Borja.
Boca Juniors
O Boca se aproximou muito da conquista do campeonato local no último final-de-semana e terá muito mais dificuldades em “virar a chavinha” que o Palmeiras, diante da importância do momento.
Em relação ao time que nos enfrentou há duas semanas, o técnico Gustavo Schelotto perdeu Goltz, Barrios e Cardona, lesionados. Para a vaga do volante, contará com a volta de Nandez, que cumpriu a última partida de suspensão. Para a zaga, Vergini segue no time, e Tévez assume a vaga de Cardona. Na lateral esquerda, Más ganhou a posição de Fabra. O time que deve entrar em campo é Rossi; Jara, Vergini, Magallan e Más; Perez e Nandez; Tévez, Reynoso e Pavón; Ábila.
Retrospecto
Nossa última vez na Bombonera foi um dos maiores roubos da história do futebol mundial. O juiz chileno é estreante em jogos do Verdão.
Consulte os links abaixo, e faça os cruzamentos com outros dados como preferir:




Parpite
Além de todas as dificuldades extra-campo, o Palmeiras tem que lutar também contra sua própria torcida, que insiste em atrapalhar o ambiente com agenda própria. Os insultos na porta do hotel são a prova viva de que o maior adversário do Palmeiras é o próprio Palmeiras – e olha que não faltam inimigos externos.
O empate é bom resultado para o Verdão, mas se o time entrar com essa mentalidade, perderá o jogo. Se entrar firme para aguentar a pressão inicial, e se o time jogar mais compactado, tem todas as condições de colocar a bola no chão, dominar o meio do campo e e arrancar uma ótima vitória. Diante do retrospecto e da força do adversário em seu estádio, no entanto, o resultado mais provável é o empate: 1 a 1, com gol de Antônio Carlos. VAMOS PALMEIRAS!
Transmissão
Globo – para SP, RS, PR, MG (Belo Horizonte, Varginha, Araxá, Coronel Fabriciano e Montes Claros), GO, TO, BA, SE e PE (Cleber Machado e Caio Ribeiro)
Fox Sports (Nivaldo Prieto, PVC e Edmundo)
Pós-Jogo

O Palmeiras jogou com muita aplicação e equilíbrio e venceu o Boca Juniors com autoridade em Buenos Aires, para ser o primeiro clube classificado para o mata-mata da Libertadores. Com uma ótima atuação coletiva, o time se impôs frente ao time da casa e se posicionou junto a toda a América do Sul como um dos principais postulantes ao título.
PRIMEIRO TEMPO
Quase 50 mil pessoas, dentre eles o grande tenista Juan Martin Del Potro, lotaram a Bombonera para empurrar o Boca contra o Verdão, que teve como primeira missão segurar a pressão inicial do time da casa – e fez isso muito bem, pressionando a saída de bola do Boca. E logo a um minuto, Keno pressionou o chutão do goleiro Rossi, bloqueou a reposição e a bola quase entrou no gol. Seria o chamado gol de chupeta.
O Verdão seguia tomando a iniciativa do jogo; Dudu jogou por dentro e bateu de meia distância com perigo, aos 4 minutos. A marcação alta funcionava; o Boca não conseguia passar da intermediária do Palmeiras com bola dominada. Felipe Melo deu a primeira chegada de respeito em Nandez aos 7 minutos.
O Boca conseguiu furar nossas linhas pela primeira vez aos onze, com Pavón, que invadiu a área rente à linha de fundo e bateu para o gol – Jailson protegeu o canto e cedeu escanteio. O Palmeiras diminuiu a intensidade da marcação e o Boca passou a avançar em nosso campo. Felipe Melo deixou o campo aos 20 para ser atendido, sentido algo no rosto – certamente alguém deixou o braço para provocá-lo.
Aos 23, Pavón tentou a jogada pra cima de Marcos Rocha, que o parou na falta. Na batida, Pablo Pérez mandou pra dentro e a bola foi direto, tirando uma lasca do travessão de Jailson. Marcos Rocha tentou responder aos 25, num chute de longe, que saiu à direita sem muito perigo.
O Boca seguiu pressionando o Palmeiras, sempre tentando a ligação com Pavón, na esquerda, mas a marcação do Verdão encaixou e o camisa 7 da casa não conseguia mais ameaçar nosso gol. Depois de muito tempo, nosso time voltou a trocar passes e compactou novamente as linhas. Borja foi o autor da finalização seguinte, aos 35, num chute forte e perigoso de fora da área, mas a bola saiu por cima.
Foi só o Palmeiras voltar a tocar a bola no campo de ataque que saiu o gol: aos 39, Marcos Rocha acelerou para aproveitar uma bola que sairia em lateral para o Verdão no campo de ataque; ele pegou a defesa desarrumada no cruzamento, que saiu preciso, no segundo pau, na testa de Keno, que desviou sem força mas com muita precisão, na caçapa do canto: 1 a 0.
O Boca quase respondeu no primeiro lance após a saída: Pavón, desta vez do lado direito, ganhou a disputa com Edu Dracena e bateu cruzado; Ábila estava embaixo das traves e escorou, mas conseguiu entortar o pé e tirou a bola do gol. O atacante argentino estava impedido e o gol seria validado de forma errada pela arbitragem se a bola tivesse entrado.
Aos 44, quase um replay: depois de ganhar a dividida de Diogo Barbosa, Tévez foi quem bateu cruzado da direita; desta vez Ábila colocou pra dentro, mas estava impedido de novo e desta vez o bandeirinha assinalou. E o Verdão conseguiu brecar o jogo no final para garantir a vitória parcial ao fim do primeiro tempo.
SEGUNDO TEMPO
O Palmeiras atrasou bastante a volta ao gramado, aumentando a ansiedade do adversário e já antecipando que, desta vez, usaria e abusaria da catimba para segurar a vantagem e vencer o jogo. Os times voltaram sem alterações.
Logo a um minuto, Borja apertou a saída de bola e Bruno Henrique ia disparando para o gol quando sofreu falta de Magallán. Lucas Lima bateu por baixo, tentando aproveitar o salto da barreira, mas a bola saiu ao lado da trave. Aos 5, Diogo Barbosa chegou de surpresa e bateu cruzado; Rossi pegou firme.
Aos seis, o Boca chegou pela esquerda mais uma vez com Pavón; após entrar na área e ir ao fundo, o centro veio por baixo e Antônio Carlos tirou a escanteio. No lance seginte, Dudu puxou um contra-ataque mortal; abriu para Keno que jogou para o meio; Lucas Lima fechava para marcar – Más tirou o pão de sua boca. No lance seguinte, o Verdão girou a bola na frente da área e Felipe Melo bateu de fora, cruzado – a bola saiu à direita de Rossi.
Aos 10, após cruzamento da direita que Edu Dracena tirou por cima, Pavón emendou de sem-pulo e mandou a bola à direita de Jailson. Aos 12, um lance parecido: Antônio Carlos afastou o cruzamento; Edu Dracena completou mas mandou a bola na frente da área; Jara pegou o rebote e bateu por cima, com perigo. No lance seguinte, após jogada de Más pela esquerda, e Pablo Pérez aproveitou, limpou Bruno Henrique e bateu colocado – a bola lambeu a trave direita de Jailson. Com a pressão, Borja tratou de se jogar no chão e esfriar o jogo.
O time argentino seguiu na pressão e Pavón, sempre ele, pegou a bola na esquerda, cortou para dentro e bateu de direita, buscando a gaveta de Jailson, que foi de mão trocada e fez uma defesa monstruosa – e desabou no chão. Borja saiu para dar lugar a Willian Bigode. O Verdão alternava momentos de espera com pressão no campo adversário, talvez administrando o aspecto físico. Após a mexida, o time voltou a pressionar a saída de bola do time da casa.
Aos 22, Keno tentou ligar co Dudu; Vergini tentou ser malandro e empurrou nosso capitão, mas acabou atrapalhando Rossi, que saiu da área para tentar o corte de cabeça; Willian pegou o rebote e bateu; Magallán rebateu; Lucas Lima aproveitou o corte parcial e tentou encobrir o goleiro duas vezes; na primeira, bateu na zaga, mas na volta ele acertou e meteu um lob magnífico que Del Potro deve ter aplaudido: 2 a 0 para o Verdão.
Tévez bateu de fora aos 24 tentando diminuir, mas Jailson salvou – se a bola entra, o jogo ficaria bastante complicado. Com 0 a 2 no placar, o ânimo do Boca caiu por completo. O Verdão se tornou dono da Bombonera e impôs seu jogo com categoria. Houve momentos de olé; aos 28, Hyoran substituiu Keno.
Aos 29, Marcos Rocha foi novamente vencido por Pavón, que tocou para Tévez, que foi às redes em claríssimo impedimento – mais um gol anulado. Moisés rendeu Lucas Lima aos 37 e o Verdão seguia alternando momentos de suportar a pressão atrás com pressão no campo ofensivo, num equilíbrio muito interessante. O Boca, perdendo por 2 a 0, não ameaçava Jailson – somente já aos 48, numa bobeira, Ábila saiu livre na cara de nosso goleiro, que fechou o ângulo de forma soberba para garantir o zero no placar do lado de lá.
FIM DE JOGO
Grupo da Morte? Só se for para os outros. O Verdão controlou o jogo com muita inteligência e chegou à classificação antecipada com um resultado sensacional, encerrando o período de baixa em mais uma oscilação e afastando a ameaça de crise de uma vez.
Ainda na beira do gramado, Dudu já mencionava o jogo contra a Chapecoense, mostrando que o grupo está realmente focado na sequência da temporada e já se recuperou mentalmente do assalto no Derby. Serão mais 14 jogos até a parada para a Copa e o período promete. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica

Boca Juniors






















Notas













