Além da torcida, Luan também recebeu palavras de apoio de Gómez e Abel Ferreira
O zagueiro Luan realizou uma postagem em seu perfil no Instagram, na tarde desta segunda-feira, agradecendo o apoio “incondicional” que recebeu dos torcedores do Palmeiras após a disputa do Mundial de Clubes.
Apesar de ter sido o principal personagem no lance em que foi assinalado pênalti para o Chelsea (a bola no chute de Azpilicueta acabou acertando seu braço), o atleta foi recebido na Academia de Futebol, ontem à tarde, por centenas de palmeirenses que o apoiaram e gritaram seu nome.
Confira a mensagem de agradecimento do defensor:
Em Abu Dhabi, Gómez e Abel saíram em defesa do zagueiro
Não foram só os torcedores que demonstraram apoio a Luan. Ainda em solo árabe, seu parceiro de zaga, Gustavo Gómez, e o técnico Abel Ferreira também deram suporte ao camisa 13 e elogiaram seu desempenho na decisão.
“O futebol é assim, pode acontecer com qualquer um. O Luan é maduro, sabe que jogou pra caralho, tem nosso apoio. A bola podia pegar em qualquer um”, declarou o capitão palmeirense, enquanto Abel também enalteceu Luan fora dos gramados:
“Grande jogador e um grande homem. Gosto muito dele, tem muita qualidade. Tem bola para jogar na Europa. O jogo tem fatores que a gente não controla, como foi o pênalti. Temos que seguir em frente”, disse.
Além disso, na própria postagem feita pelo defensor, diversos jogadores do atual elenco palmeirense mais o ex-goleiro Marcos manifestaram apoio ao jogador.
Há pouco menos de um ano e meio como treinador do Palmeiras, Abel Ferreira disputou sua sétima final
O técnico Abel Ferreira está orgulhoso de seus jogadores. Após o revés do Verdão para o Chelsea por 2 a 1, na final do Mundial de Clubes, o comandante concedeu entrevistas na saída do gramado e na sala de imprensa do estádio Mohammed Bin Zayed e elogiou a performance dos atletas.
“Sabíamos que ia ser um jogo difícil. Acima de tudo, orgulho do meu time. Parabéns a quem ganhou, [sinto] orgulho do nosso trabalho. Esse ano ficamos em segundo, contra uma grande equipe, o jogo é decidido em detalhes. Fizemos um trabalho tremendo”, iniciou Abel.
“Nós conseguimos superar, e muito, aquilo que é a qualidade individual do nosso adversário. Conseguimos ser corajosos, valentes, atacar nosso adversário, que tem muita qualidade individual e igualamos com nosso jogo coletivo. O jogo foi decidido nos detalhes. O Weverton não fez grandes defesas e fomos muito competitivos dentro dos nossos recursos. Tivemos transições que poderíamos ter tido mais calma, mas aprender com o que vivemos. No futuro vamos lembrar disso e seguir em frente”, acrescentou.
Além de enaltecer os atletas, Abel fez um pedido aos jogadores: celebrem o segundo lugar.
“Sou muito novo, tenho cinco anos de futebol profissional de alto nível. Temos construído muito em pouco tempo no Palmeiras. Meu coração, hoje, vou curar o que estou a sangrar por dentro. Mas vou dizer isso: vou proibir meus jogadores de não comemorarem o segundo lugar. Ai deles, que não cheguem no hotel, não tomem cerveja, no avião também. Vou ser o primeiro a obrigá-los a celebrarem o segundo lugar”, disse.
Abel fala da torcida palmeirense em Abu Dhabi
Ao final, o treinador destacou a presença dos palmeirenses em Abu Dhabi.
“Foi brutal. Brutal, fantástico o que fizeram. Estamos há 15 horas de viagem de avião e ter o estádio cheio… para quem não conhece o Palmeiras e a torcida, ficou bem evidente a grandeza do nosso clube. Nós, tanto quanto eles, queríamos ganhar. Somos avaliados todos os dias e queríamos ganhar e partilhar esta alegria”, concluiu.
Abel e o Palmeiras têm outra final de campeonato para disputar nos próximos dias: a Recopa Sul-Americana. A equipe enfrentará o Athletico-PR nos dias 23/02 (ida) e 02/03 (volta).
Campeão em 1951, Palmeiras vai em busca do bicampeonato Mundial
O Palmeiras está pronto para encarar o Chelsea, na finalíssima do Mundial de Clubes. Na noite desta sexta-feira (horário de Abu Dhabi), o Verdão fez o último treinamento antes da final e o reconhecimento do gramado do Mohammed Bin Zayed Stadium, palco da decisão.
A comissão técnica trabalhou com os jogadores a parte tática e técnica. De início, o foco foi aprimorar a marcação, a troca de passes e a posse de bola. Em seguida, dividido em dois times, o elenco fez uma atividade com foco no posicionamento.
Para finalizar, os jogadores ensaiaram jogadas de bola parada. Após o treinamento, o técnico Abel Ferreira e o capitão Gustavo Gómez concederam entrevista coletiva à imprensa que está em Abu Dhabi.
Palmeiras disputa sua terceira decisão de Mundial de Clubes
Presente quatro vezes na sua História no Mundial de Clubes, o Palmeiras disputará a grande decisão pela terceira vez. A equipe foi campeã em 1951 ao bater a Juventus na final e foi vice-campeã em 1999.
O Palmeiras é o único clube brasileiro a chegar à decisão nos três formatos de mundiais já realizados: em 1951, torneio foi organizado pela CBD, antiga CBF, e chancelado pela Fifa; em 1999, quando era promovido pela UEFA e Conmebol; e em 2021, sob a organização da Fifa.
Em busca de seu quarto título pelo Palmeiras, Abel Ferreira minimizou também as diferenças entre um clube sul-americano e um europeu
Na véspera da decisão do Mundial de Clubes, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva no Al Nahyan Stadium, que foi o palco da semifinal, e falou sobre como ele espera que os jogadores do Palmeiras entrem em campo amanhã, diante do Chelsea.
“No lado emocional, os jogadores precisam pensar em coisas positivas e no que tem de fazer, que é jogar no mais alto nível. Parece complicado, mas não é. Não sei se vamos ganhar, mas eu e eles sabemos o que temos que fazer. Os grandes responsáveis pelos planos são os jogadores. Para este jogo vamos mudar duas coisas, muito curtas. Quero dentro de campo que eles deem o melhor, que errem, que acertam, que se divirtam, desfrutem e ganhem. O plano não é meu. O plano é nosso”, iniciou o treinador.
“Há muito tempo um time da América do Sul não ganha [o Mundial]. Mas acreditamos que podemos fazer um grande jogo amanhã. Vamos colocar de lado a capacidade financeira e colocar o respeito, a amizade, a entreajuda, a competitividade e a inspiração. Esse tem sido nosso grande segredo, assim que vejo o futebol. Isto que vamos procurar fazer em campo, impor o jogo de forma sólida e fazer mais um gol que nosso adversário”, acrescentou.
Questionado sobre as diferenças entre um clube e outro, o comandante disse que, em relação aos aspectos de jogo, o Palmeiras está no “nível dos melhores do mundo, com o mesmo propósito, que é vencer” e que questões financeiras não entram em campo.
“O Palmeiras é um clube da América do Sul treinado por um europeu. Procuramos muito – e fui muito criticado por isso – trazer as ideias que eu acredito. Penso que há uma diferença na capacidade de contratação, se vamos entrar nas questões financeiras, estamos fora. Mas no que diz respeito aos valores universais, de organização e competitividade coletiva, não. Vamos entrar no que somos bons, na coragem, na valentia, com a bola ter coragem para impor nosso jogo, fintar, driblar, dar mais que um toque”, declarou o treinador, que também falou sobre o modelo de jogo dos ingleses.
“Eles são uma equipe versátil, de vários sistemas. Já enfrentei outro treinador alemão, o que está no Bayern de Munique, quando eu estava no Braga. Adorei jogar este jogo, obrigou-me a fazer ajustes durante o jogo. O Tuchel joga sempre no 3-4-3, mas alterna muito com o 4-3-3 e o 4-2-2-2”, comentou.
Abel faz um pedido aos torcedores
Impressionado com a presença da torcida do Verdão no jogo da semifinal, diante do Al Ahly, Abel aproveitou o espaço para fazer um pedido aos palmeirenses para o duelo contra o Chelsea.
“Não tomem todas, amanhã precisamos de vocês fresquinhos para ajudar ao Palmeiras (risos). Desfrutem. Para amanhã foi liberado o estádio cheio, desfrutem do jogo, do momento. Seguramente, aconteça o que acontecer, vamos ficar na história, mas queremos entrar para a eternidade”, falou.
“Na primeira partida parecia que estava jogando no Allianz, na minha frente só tinha verde. Para quem não conhece muito bem a dimensão do Palmeiras, ficou evidente do outro lado do mundo a grandeza e a dimensão do nosso clube”, completou.
O comitê organizador do Mundial de Clubes anunciou, nesta sexta-feira, que o governo de Abu Dhabi liberou a capacidade total do estádio Mohammed Bin Zayed, palco da finalíssima. O local poderá receber até 42.000 torcedores.
A final entre Palmeiras e Chelsea acontece neste sábado, às 13h30 (horário de Brasília).
Confira outros trechos da coletiva de imprensa de Abel Ferreira
Chances de vitória do Palmeiras
“Claro que dá para ganhar, o futebol é mágico por isso mesmo. Dá para ganhar. Contra quem for. As probabilidades na final da Liga dos Campeões apontavam ao City; e ganhou o Chelsea. Portanto, claro que dá para ganhar. Temos que melhorar e muito (na América do Sul) a qualidade dos gramados. Eu vejo porque acham que o jogo no Brasil é lento. Tem única e exclusivamente a ver com o campo. Amanhã vão ver o time rápido. Temos de criar condições, além da densidade de jogos. A motivação: eu, no último jogo, digo que quando me levanto e respiro, quer maior motivação? Vestir este símbolo, ser treinador de futebol, há motivação maior? Eu sempre digo: aproveitem, porque não sei quando estaremos aqui outra vez”.
Favoritismo
“Esta parte da pressão e favoritismo é para vocês. Eu aceito. Como já disse, [o Chelsea] é uma equipe que gastou para montar este plantel 650 milhões de euros e o Palmeiras gastou 32 milhões para compor este elenco. Mas os valores que vão fazer a diferença amanhã são a competitividade, a amizade, a coragem, a ajuda, audazes para defender sem bola e com ela colocar o adversário em dificuldades. Nisso podemos nos comparar. O favoritismo deixo para vocês fazerem as capas de jornais, é bom que se escreva, porque o futebol não é só dentro das quatro linhas, engloba muita gente”.
Guardiola, que confundiu o Palmeiras com o River Plate
“Os europeus conhecem muito bem a América do Sul, tanto que compram em grande quantidade. Admiro muito o Guardiola, acredito que não tenha tempo, está muito focado em ganhar a Liga dos Campeões. Convido-o a ver o jogo e conhecer o Palmeiras. Ele tem um jogador que comprou do Palmeiras, e aqui temos outros de mais qualidade. Como sei que ele gosta de conhecer pessoas novas e eu também gosto, se ele um dia puder almoçar ou jantar comigo, vai ser um gosto para trocarmos uma conversa e ver se aprendi alguma coisa”.
Importância do tempo para treinar
“Sou muito supersticioso, acredito muito no trabalho. E tempo de treino, para poder construir o nosso plantel, para conhecer e impor nossas ideias. Tempo. O segredo é esse. Trabalho duro, disciplina e todos que trabalham no clube não é fazerem o que querem, é fazer o preciso para ganhar”.
Provável titular no sábado, Piquerez espera por nova festa dos torcedores palmeirenses no estádio
Nesta quinta-feira, antes do Palmeiras realizar mais um treino em Abu Dhabi, o lateral-esquerdo Joaquín Piquerez foi o escolhido para conceder entrevista, no hotel em que o Palmeiras está hospedado, e falou bastante sobre o adversário do Verdão na final do Mundial de Clubes, o Chelsea.
Questionado sobre as diferenças técnicas entre as duas equipes, Piquerez evitou a comparação, chegou a dizer que vê os ingleses como favoritos, mas avisou que o Palmeiras também tem suas ‘armas’.
“Difícil falar em diferença técnica. O Chelsea tem ótimos jogadores, de seleção. Economicamente eles são fortes também. Eles chegam como os favoritos, mas nós também temos nossas armas, temos jogadores que são peças fundamentais. O que precisamos é jogar bem os 90 minutos para ganhar o título”, disse o jogador, que também detalhou sobre as principais características do adversário.
“Ontem nós assistimos juntos a partida, foi muito disputada, bem jogada. Creio que o Chelsea chega à final com méritos. Eles são uma equipe grande, conhecida mundialmente. Jogam na Premier League, que para mim é o campeonato mais forte e competitivo do mundo. Também assisti bastante à Champions League da temporada passada. Eles atuam com três zagueiros, similar com o que jogamos. Os pontas são rápidos e tem um centroavante muito forte. Temos que estudar e trabalhar seus pontos fortes”, comentou.
Ao falar sobre o atacante belga Lukaku, o lateral confessou que será um oponente complicado, mas mostrou confiança nos zagueiros palmeirenses.
“Todo mundo conhece seu estilo de jogo. Ele é muito forte e gosta do jogo corpo a corpo, será difícil. Mas nossos zagueiros também são fortes, agressivos. Será um duelo interessante. Confio totalmente no trabalho dos meus companheiros e toda a equipe”, acrescentou.
Piquerez pede novamente apoio da torcida
O Mundial deste ano é o segundo que o Palmeiras disputa consecutivamente. E além de toda a preparação diferente dentro de campo, já comentada por diversos jogadores, outro fator que o Verdão não teve na última edição foi a presença da torcida. Desta vez, os palmeirenses compareceram em peso, encheram o estádio da semifinal e Piquerez espera por uma nova festa na decisão.
“A gente sabe o tamanho da importância desse jogo para os palmeirenses. Todos querem o título, conseguimos sentir isso também através das redes sociais. Estamos cientes de como temos que entrar nessa final, são 90 minutos para chegar à glória máxima. Temos que estar focados e entrar com máxima força”, disse.
“Chamou a atenção a quantidade de torcedores do Palmeiras que estavam presentes no estádio da semifinal, até porque o Egito é mais perto e era mais fácil para eles chegarem. Mas a verdade é que foi diferente. Nós jogadores gostamos muito, serve como uma inspiração a mais. Esperamos que na final isso se repita”, concluiu.
Palmeiras e Chelsea se enfrentam neste sábado, às 13h30 (horário de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium.
Confira outros trechos da coletiva de Piquerez:
Palmeiras leva vantagem na parte física por ter jogado um dia antes?
“Tivemos sim um dia a mais para se preparar, mas creio que há bastante dias entre a semifinal e a final e tenho certeza que eles também vão se recuperar. As duas equipes vão chegar fisicamente 100%”.
Imaginava ter sido campeão da Libertadores e jogar o Mundial com pouco tempo de Palmeiras?
“Não imaginava. Cheguei há seis meses, saí campeão da Libertadores, é algo que, como jogador, nunca imaginei. Sair campeão da Libertadores na minha casa, creio que dificilmente vai voltar a repetir. Agora, jogando o Mundial, conseguimos passar pra final, que no ano passado não conseguimos. Vamos tentar o objetivo”.
Como foi trabalhar o psicológico no tempo em que ficou isolado?
“Quando testei positivo [para Covid-19], muitas coisas negativas passaram pela minha cabeça, até porque não é sempre que um jogador disputa um Mundial de Clubes. Todos os atletas querem jogar essa competição. Mas segui treinando em casa, tive o auxílio de todos os profissionais do Palmeiras, conversávamos por videochamada e por mensagens. Isso me ajudou a ficar o mais pronto possível para o treinador. O desgaste físico foi grande na última partida, mas já estou recuperando e pensando na final”.