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06/05/2021 - 21:00
Dentro de campo, o Palmeiras vai respondendo a seus críticos. Seguindo à risca o plano de administrar o elenco, convive com as lesões naturais sem sobrecarregar os jogadores, que mantêm uma minutagem digna e correm menos risco de estourar quando a temporada apertar. Os concorrentes já não podem dizer o mesmo.
O sexto lugar na classificação geral, ainda insuficiente para a classificação pelo esdrúxulo regulamento do campeonato, é um resultado acima do aceitável para um elenco que poupou seus principais jogadores, inclusive nos clássicos.
Usando mais uma vez uma formação alternativa, o Verdão eliminou o Santos do campeonato e jogou o rival, com sua força máxima, para a antepenúltima posição na tabela, com riscos reais de rebaixamento.
E a vitória veio numa partida em que a temperatura foi sempre amena, pelo menos do lado de cá. O Palmeiras parecia treinar e essa constatação vem sem nenhuma soberba, embora possa parecer o contrário.
Sem a bola, o Palmeiras montou uma linha de 4 com Mayke, Danilo Barbosa, Empereur e Viña; com ela, soltava o uruguaio pela esquerda e liberava Scarpa para se movimentar livremente. Assim nasceu o primeiro gol, com o camisa 14 fazendo jogada de ponta direita e com Viña fechando como centroavante.
Um erro no tempo de bola na disputa entre Marinho e Viña permitiu ao Santos fazer seu primeiro gol, mas o Verdão, como num exercício de bolas paradas, chegou facilmente ao segundo num escanteio que Willian nem precisou saltar para testar para as redes.
O equilíbrio entre o esforçado time principal do Santos e nossos reservas era latente. Numa manobra corajosa, Marcelo Fernandes deixou o time com mais atacantes e enfraqueceu seu meio-campo na volta do intervalo.
Durante um breve período, o adversário passou então a jogar melhor, com nossos meio-campistas sendo envolvidos – talvez fruto de um ambiente de treino que teimava em se fazer presente entre nossos atletas.
Mas não foi essa fugaz superioridade do Santos que fez o placar se igualar novamente, mas sim a interferência de Luiz Flávio de Oliveira, que inventou um pênalti com a bola parada num contato de marcação que acontece em todo jogo, semelhante ao que ele mesmo inventou na final da Copa do Brasil de 2015, na Vila Belmiro. Sempre contra o Palmeiras.
Os jogadores do Santos sentiram o cansaço – haviam jogado pela Libertadores 48 horas antes. Os nossos, descansados, passaram a aproveitar essa condição e numa jogada que envolveu enorme precisão no lançamento de Zé Rafael e no cruzamento de Viña; Esteves aproveitou a bola que Papagaio deixou passar e deu números finais.
O Palmeiras não deve se classificar à próxima fase, já que deve manter o plano e jogar com o time C no domingo, contra a Ponte Preta – a tabela da Libertadores prevê um jogo na terça, no Equador. Mas o que os jogadores de apoio vêm fazendo no campeonato é digno de aplausos.
Nossa torcida – com suas exceções, é verdade – comprou a ideia e vem apoiando de forma exemplar as decisões da comissão técnica. Nem os ataques de setores da imprensa conseguiram acender o rastilho de pólvora.
E assim a FPF vai acabando de enterrar seu único produto, que parece, ano após ano, fadado ao fim. RIP Paulistão. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Santos
Primeiro tempo
Kaio Jorge fez a jogada pela direita e rolou para a chegada de Gustavo Pirani, que emendou sem muita força, em cima de Weverton.
Resposta rápida: Giovani recebeu na meia direita, passou por quatro marcadores, chegou à meia-lua e bateu mascado; a bola saiu à direita de João Paulo.
Kaio Jorge avançou pela esquerda e tentou o arremate; com pouco ângulo, mandou a bola sem muita força e ficou fácil para Weverton.
GOL DO PALMEIRAS! Gustavo Scarpa recebeu na meia direita e fez jogada de ponta, cruzou com a perna direita na risca da pequena área, onde Viña apareceu como um centroavante e testou tranquilo no canto direito de João Paulo.
Gol do Santos – Marinho foi lançado na direita e saiu de Viña na matada no peito; entrou na área e tocou para Kaio Jorge, que ao amortecer a bola teve a felicidade que ela deu uma “subidinha” e ficou na medida para fuzilar Weverton no canto esquerdo.
Gustavo Scarpa foi desarmado na saída de bola por Balieiro; a bola caiu no pé de Pirani que bateu da meia-lua, por cima do gol.
GOL DO PALMEIRAS! na batida de escanteio de Scarpa pela esquerda; Willian, com muita liberdade, se posicionou no primeiro pau e testou para o gol.
Após jogada de lateral, Vinicius Balieiro chegou de frente e arriscou; a bola saiu à direita de Weverton, que acompanhou.
Lucas Braga passou por Mayke e rolou para Pirani, que bateu da meia-esquerda, buscando o ângulo esquerdo de Weverton, que foi buscar.
Sem polêmicas na arbitragem, Luiz Flávio encerrou o primeiro tempo.
O Palmeiras voltou sem alterações.
Segundo tempo
Willian puxou o contra-ataque e tocou para Wesley, que emendou sem direção, à direita de João Paulo.
Pará abriu para Ângelo, que rolou para a chegada de Pirani, que chutou colocado por cima do gol.
Em cobrança de escanteio da esquerda, Wesley marca Kaio Jorge e Luiz Flávio marcou pênalti. Acontece 500 mil vezes por jogo, mas contra o Palmeiras, é cal.
Gol do Santos – Kaio Jorge bateu no canto direito e empatou o jogo.
Pará virou para Lucas Braga, que ganhou de Zé Rafael e cruzou; Marcos Leonardo chegou batendo e mandou no pé da trave direita, sob o olhar curioso de Felipe Melo.
Ângelo foi lançado nas costas de Viña; disparou em direção à área mas acabou pressionado por Danilo Barbosa, em grande recuperação, e tentou ligar com Marcos Leonardo mas pegou mal na bola.
Giovani avançou pela direita e cruzou; Zé Rafael bateu chapado, cruzado, e a bola tinha o endereço, mas bateu no calcanhar de Willian.
Ângelo fez jogada individual em cima de Alan Empereur e bateu por baixo e Weverton pegou bem no canto esquerdo.
Danilo, Esteves e Rafael Elias entraram nos lugares de Felipe Melo, Giovani e Wesley.
GOL DO PALMEIRAS! Zé Rafael lançou longo para Viña, que cruzou da esquerda por baixo; Papagaio furou no primeiro pau mas Esteves fechou no segundo e escorou para o gol.
Pedro Bicalho entrou no lugar de Zé Rafael.
Luiz Flávio de Oliveira, que aprontou no segundo tempo, não conseguiu cumprir sua missão e encerrou o jogo com vitória do Palmeiras.
Da série “O que Acontece com Esse Jogador”, se Maike recebe-se por produtividade passaria fome. Chego a pensar que qquer um de nós , pais de família, barrigudos, gerentes de banco, mecânicos e tal, produziríamos o mesmo ou até mais do que este faz em campo. Se contenta com menos do mínimo…..deve estar sentindo falta da emoção de uma transferência…… caspita!!!!!!!!!!!!!!
Que pena! O Santos Esteves tão perto do empate…
Kkkkkk
Sensacional!!!!!!!!!