Sobre a partida, Abel Ferreira assumiu a responsabilidade e afirmou que faltou criatividade nos passes palmeirenses
O técnico Abel Ferreira fez duras críticas à arbitragem de Douglas Marques das Flores, no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista, entre Palmeiras e SPFC. Para o comandante palmeirense, o pênalti para o rival não aconteceu e ainda houve uma penalidade máxima a favor do Verdão, que não foi assinalada pelo juiz.
“Hoje houve um fator externo que influenciou muito o resultado. A eliminatória parte condicionada daqui. Uma coisa é não ter VAR. Outra coisa é o Douglas [Marques das Flores] estar bem posicionado, ver que o Rocha estava com a mão junto ao corpo e não dar o pênalti em campo, mas alguém quis ser o protagonista. A regra é clara, quando há dúvidas, prevalece a ação do campo, só chama quando é algo escandaloso, como foi o pênalti em cima do Gómez. Mas aí o VAR estava comendo pipoca”, disse Abel, que em seguida disparou:
Infelizmente este campeonato Paulista está inquinado, faça o que quiserem, já está inquinado”.
A penalidade máxima, marcada no último lance do primeiro tempo, foi um “golpe emocional” para os atletas, de acordo com Abel. “Gostaria que o árbitro fosse no vestiário dar a cara aos meus jogadores ou que ele viesse na coletiva e falasse sobre o pênalti. Porque se o treinador não render, em três meses ele é demitido; o jogador a mesma coisa. Tem que ser assim com os árbitros. Não está rendendo, sai e entra outro. Com o recurso do VAR ainda, é inadmissível esse tipo de erro. Não perguntei aos jogadores ainda sobre o impacto do erro do árbitro neles, mas que se sentiram injustiçados, sim, sentiram. O pior é que ele em campo ele acertou”, complementou.
Abel Ferreira analisa partida
Sobre a partida, Abel viu um bom primeiro tempo do Palmeiras e um segundo tempo abaixo em relação ao adversário, sobretudo nos passes.
“Primeiro tempo foi um bom jogo, criamos duas oportunidades, eles também. Era um bom jogo até o lance do pênalti. Foi um golpe duro, não merecíamos. É um erro que nós não controlamos, mas que pode acontecer. Na segunda parte é preciso reconhecer que não entramos da forma que queríamos. Eles, em duas bolas paradas, fizeram os gols. O 2 a 0 nos fez cair. Eles foram melhores”, analisou.
Nós, sobretudo nos passes, não fomos criativos e também não acertamos muito, falhamos. Principalmente nos passes sem pressão. A verdade é que fomos bem no primeiro tempo e não fizemos o gol, já na etapa final não fomos, mas fizemos o gol que nos coloca em busca do título”, complementou.
Apesar do resultado adverso de 3 a 1, Abel não joga a toalha e ainda acredita no título.
“Acreditamos que podemos entrar nessa eliminatória. Sabemos lidar com isso [placar adverso]. Assumo a responsabilidade também de a equipe não ter estado tão bem como costuma estar. Temos sido consistentes, mas assumo minha parte. Vamos para o segundo jogo sabendo que o primeiro foi muito condicionado, muito mesmo. Vamos jogar em casa, com a força do nosso torcedor, e temos a capacidade de vencer”, declarou.
“Vamos precisar da ajuda deles [da torcida] como sempre ajudam e nós fazermos um gol no primeiro tempo, outro no segundo tempo e entrar na eliminatória. Se fizermos o terceiro sem sofrer, estamos na frente. Vamos melhorar a nossa parte, mas não foi isso que desequilibrou o resultado”, finalizou.