Numa dessas entrevistas pós-jogo, Vanderlei Luxemburgo mencionou que pretende definir uma formação básica com onze jogadores, seus titulares, e fazer eventuais enxertos nesse time usando mais seis ou sete jogadores, que seriam o grupo principal de trabalho. Depois de dez partidas, ainda não temos uma pista concreta de como Luxa pretende montar essa formação, já que várias formações e esquemas táticos diferentes foram testados.
Na verdade, não sabemos nem se esse conceito de ter um onze definido é verdadeiro ou se é um despiste. Nas três primeiras partidas de 2020, o time reviveu a cara do 4-2-3-1 do ano passado, com um volante mais pegador e outro que sai para o jogo; uma linha de três preparando a jogada para o centroavante, com um ponta, um meia centralizado e um meia jogando pela beirada.
No jogo contra o Oeste o time teve mais uma cara de 4-4-2, com um volante postado (Ramires), uma composição de três meias (Zé Rafael, Scarpa e Lucas Lima) e dois atacantes (Veron e Willian). Já contra o Bragantino, o time ficou mais parecido com um 4-3-3, com dois volantes, um meia e dois pontas abertos.
A partir do jogo contra a Ponte Preta, o esquema foi um 4-3-3 mais ofensivo, com volantes bastante móveis e pontas abertos. Por fim, no segundo tempo contra o Santos, vimos algo bem próximo de um 4-2-4, com um enorme espaço entre o meio e o ataque e com o time excessivamente postado e experimentando as descidas só em contra-ataque.
O Palmeiras faz uma boa campanha no Paulista, mas o fato do Santo André estar dois pontos à frente no mesmo grupo, somado à falta de vitórias nos jogos contra clubes da Série A (Santos, Bragantino e SPFC) desperta a desconfiança de boa parte da torcida.
É compreensível. Por mais que o estadual seja, hoje, um campeonato nada relevante em termos esportivos; por mais que seja quase um consenso que esse tipo de torneio, que desgraçadamente sobrevive em nosso calendário, deva ser usado para testes e acerto do time, os resultados continuam falando alto. Tivesse o árbitro marcado o pênalti de Pará no segundo tempo no último sábado, as cornetas estariam bem mais amenas.
A variedade de esquemas desenhados por Luxa neste início de temporada sugere que nosso treinador ainda está estudando o elenco. Junto com a comissão técnica, ele parece estar avaliando como os jogadores respondem, isoladamente e em conjunto, em determinadas situações. Com tudo mapeado, ele terá condições de desenvolver melhor cada situação ao longo dos treinos para escolher uma solução tática para cada situação de jogo que o time enfrentar quando a temporada estiver a pleno vapor.
Não sabemos se Luxemburgo está fazendo esses testes de forma sistematizada, com essas variações e modelos previstos num cronograma, ou se está simplesmente chutando, na velha base da tentativa e erro. Mas que parece bem pouco inteligente cobrar, a esta altura do resultado, uma evolução consistente e um padrão de jogo definido, isso parece.
Pior ainda os que põem as mãos na cintura e exigem resultado. Afinal, além de estarmos disputando um campeonato bem pouco importante, estamos na vice-liderança, a apenas dois pontos do líder, à frente dos principais rivais e com o melhor ataque e a melhor defesa. Vamos com calma. Luxa não é nenhum estagiário e é bem improvável que ele esteja completamente perdido, como sugerem alguns desesperados de plantão.
Amanhã teremos Libertadores e não será mais jogo para testes. Luxa escolherá uma entre as diversas variações que experimentou nestes dois meses de trabalho. Será, de fato, o primeiro grande vestibular do Verdão de 2020. VAMOS PALMEIRAS!
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Só vou me preocupar com isso a partir do brasileirão, até lá é tudo laboratório…melhor insistir testando do que achar um padrãozinho xexelento que ganhe de 1×0 de bragantino, e qdo começar pra valer a gente fica no meio da tabela.
Começo desanimador na questão do que esperamos do time que tempos, mas vem melhor que os outros dois técnicos anteriores (o que não é grande coisa).
BH vem ganhando a vaga no meio pelo nome e histórico, pq não disse ao que veio em 2020 ainda, hoje Ramires vai jogar sem demonstrar nada também.
Veiga entrou no time sem mostrar nada e saiu da mesma forma, hoje parece que não vamos jogar com meia para conseguir colocar nosso reforço mais caro em campo. Enquanto isso Scarpa nunca tem chances, Alanzinho também não.
Não estou muito confiante nesse ano, mas tomara que o Luxa acerte a mão para o restante das competições e conseguimos fazer um ano melhor que 2019.
Você acredita mesmo nisso Conrado? “…e é bem improvável que ele esteja completamente perdido”
Acho que são mais testes ao invés de estar perdidazzo.
Acredito que ainda não deu tempo para nada. Times em formação, em regra, levam ao menos 3 meses para começar a dar liga. Considero sim esse time em formação, pois ainda não assimilou a nova ideia de jogo (haja vista a dificuldade de ficar com a bola). Só espero que não demore tempo demais e não dê nem classificar na liberta.
Vou dar o benefício da dúvida para o grupo, principalmente na questão tática. Porém, se na parte anímica parecer o time medroso do ano passado e deste início de ano (em jogos grandes) vou cornetar como se não houvesse amanhã.
Experimenta ir num jogo e apoiar, jogar junto…mais dificil né?
Não me parece que o Luxemburo esteja perdido em relação ao time que mandar a campo, o que mais me parece quebrar a cabeça do professor é a ineficiência dos seus meias, nenhum dos candidatos parece ter correspondido.
Eu gostaria muito de ver esse time, aliás quando informaram o Rony titular no ultimo sábado eu imaginava que seria essa a oportunidade, é de um esquema 4-2-4 (Weverton, Menino, F. Melo, G. Gomez, Viña, Patrick de Paula, Bruno Henrique/ Lucas Lima/Veiga, Dudu, Rony, William e L. Adriano) com os quatro da frente flutuante como um carrossel e eventualmente dependendo das circunstâncias do jogo sacando um dos atacantes e formar um 4-3-3. Na minha concepção os meias que nós temos, exceto pelo Scarpa, rendem mais recuado. Mas estamos no caminho certo. Estou confiante que já ele encaixa o time que vai incomodar para cacete esse ano.
Conrado, suas análises são sempre relevantes. Avanti!
A impressão que passa é que ainda não foi definido o time titular e o esquema tático, talvez essa seja a ideia dele, mudanças pontuais conforme o adversário.
Mas já vimos atletas que tiveram chances e com o passar do tempo foram perdendo espaço.
PPaula, DBarbosa, Scarpa, o próprio LLima parece ter perdido espaço.
Eu sou apoio 100% usar o Paulistinha para testes e entrosamento, o que me incomoda um pouco é que pra mim, contra o Prantos, deveríamos ver em campo o mais próximo possível do time a ser usado na temporada.
E não animou muito.
Mesmo que o pênalti tivesse sido marcado e, mais importante, tivesse sido convertido, até agora o time não mostrou um futebol para nos empolgar. Vamos torcer para que aconteça o quanto antes.
Isso não quer dizer que o técnico deve ser demitido nem nada, só uma constatação mesmo. Até por que, pra mim, técnico se demite e se contrata em dezembro.
uma das ideias principais deste post é exatamente que não precisamos ver um futebol de “empolgar” nesta altura da temporada.
Dá para percebe que, claro acompanhando muito mais o verdão, os grandes estão utilizando o estadual como testes para o restante da temporada.
Imagino que isso fará com que o paulista seja cada vez mais “deixado de lado” por estes times até que a extinção venha forte como a última opção.
Seguimos acompanhando, torcendo e apoiando para que o time siga um rumo de vitórias no restante da temporada.
Avanti Palestra
Boa, exatamente isso. Vamos aguardar amanhã para vermos a formação que mais agradou o Luxa. Uma coisa que notamos e que podemos afirmar que ele ainda continua sendo um dos melhores do país, é em ler e arrumar o time durante o jogo, nisso continua bem demais.