Copa do Brasil 2015
A Copa do Brasil de 2015 foi disputada no formato de mata-mata por 86 clubes. Seis clubes entraram direto na chave final, a partir das oitavas-de-final. Os 80 clubes restantes, dentre eles o Palmeiras, disputaram as outras vagas em dez chaves de oito, sempre em mata-mata.
A chave do Palmeiras tinha como principal obstáculo o Vitória, mas o time baiano acabou caindo diante do ASA. Assim, o Verdão chegou à decisão depois de passar pelo Vitória da Conquista em jogo único (1 a 4) e pelo Sampaio Corrêa (1 a 1 e 5 a 1). Contra o ASA, um empate em casa (0 a 0) colocou a classificação em risco, resultado que pesou bastante para a queda de Oswaldo de Oliveira do comando técnico do time.
Já sob o comando de Marcelo Oliveira, o time conseguiu afastar o fantasma de 2002 com uma boa vitória em Londrina (o time alagoano preferiu mandar seu jogo fora de seu estado para ter mais renda) com um gol de Gabriel Jesus.
Na chave final, os sorteios definiram um caminho difícil para o Palmeiras. Logo nas oitavas, pegamos o Cruzeiro, com o segundo jogo no Mineirão. Na ida, Rafael Marques decidiu o placar com um gol no segundo tempo, mas bastava ao Cruzeiro uma vitória simples para avançar. Foi quando brilharam as estrelas de Lucas Barrios e principalmente de Gabriel Jesus, que atropelaram o time mineiro em Belo Horizonte: em 32 minutos o placar apontava 3 a 0 para o Verdão, o que obrigava o Cruzeiro a marcar 5 a 3. Marcou apenas dois, e o Verdão avançou.
Nas quartas-de-final, o adversário foi o Inter, e o Verdão arrancou o empate no Beira-Rio com mais um gol de Rafael Marques. O jogo da volta parecia tranquilo; o Verdão abriu vantagem com gols de Vitor Hugo e Zé Roberto, mas em dois ataques rápidos o Inter empatou no segundo tempo e ia levando a vaga pelos gols qualificados. Mas depois de uma bela jogada de Allione, Andrei Girotto subiu mais que a zaga gaúcha e fez o gol da classificação, tirando o Palmeiras do sufoco.
Nas semifinais, mais um duelo duríssimo. O Fluminense abriu 2 a 0 no Maracanã, mas o Verdão voltou para o confronto com um gol de Zé Roberto, o que permitia ao time avançar com uma vitória simples em casa na volta. O Allianz PArque explodiu com os dois gols de Lucas Barrios logo no início do jogo, e o Palmeiras cadenciou o jogo - até demais: tomou um gol de Fred - que estava jogando lesionado, mancando muito - e precisou de um milagre de Fernando Prass em mais uma finalização de Fred nos acréscimos para decidir a vaga nas finais nos pênaltis. Nas cobranças, Gum e Gustavo Scarpa erraram e o Verdão avançou.
As finais foram contra o Santos e o primeiro jogo aconteceu na Vila Belmiro. O Santos teve um pênalti logo de cara, desperdiçado por Gabriel. Barrios arrancou em direção ao gol, livre, mas foi escandalosamente calçado por trás - o árbitro Luiz Flávio de Oliveira ignorou. Com mais volume de jogo, o Santos chegou ao gol com Gabriel e podia ter feito o segundo já nos acréscimos - o atacante Nilson, sem goleiro, chutou para fora e deu a certeza a dezenas de milhões de palmeirenses que o título seria verde.
O jogo da volta foi precedido de uma atmosfera mágica criada no entorno do Allianz Parque. O novo estádio, com pouco mais de um ano de uso, recebeu uma de suas maiores partidas. Gabriel Jesus arrancou livre em direção ao gol com menos de 20 segundos de jogo, mas bateu por cima. O Verdão impôs a autoridade de mandante e sufocou o Santos, construindo uma vantagem de 2 a 0 com Dudu no segundo tempo. A menos de três minutos do final, no entanto, Ricardo Oliveira aproveitou uma bola viva após escanteio e igualou o placar.
Nas finais não havia a regra do gol qualificado e a decisão foi para os penais. Chegamos à quita cobrança com o Palmeiras na frente, vencendo por 3 a 2. Ricardo Oliveira, que construiu uma rivalidade grande com todo nosso elenco, especialmente Fernando Prass, não tremeu e bateu bem. Nossa última cobrança foi justamente de Fernando Prass, que já havia defendido a cobrança de Gustavo Henrique. Nosso goleiro bateu no meio, com toda a força possível, encheu a rede do Santos e saiu comemorando uma conquista inesquecível. O Palmeiras era tricampeão da Copa do Brasil.