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16/04/2022 - 16:30
O Palmeiras empatou com o Goiás na Serrinha e acumulou o segundo tropeço em dois jogos pelo Campeonato Brasileiro. Depois de um bom início, o Verdão esbarrou no esquema defensivo ajustado por Jair Ventura e não conseguiu boas finalizações.
O sofrimento para colocar uma bola nas redes foi aumentado com o gol irregular do time da casa, incompreensivelmente validado pela arbitragem, mesmo com o VAR. E o resultado só não foi pior pior porque o time seguiu com garra até o apito final, e arrancou o empate nos lances derradeiros com Rony, que foi o retrato exato do que foi o Palmeiras na partida: deixou a desejar na parte técnica, mas transpirou até a última gota de suor.
No início o Palmeiras deu a impressão de que chegaria com alguma tranquilidade ao resultado, com Dudu muito à vontade nas costas do lateral Hugo e o Palmeiras forçando bastante pela direita.
Do lado esquerdo, quem fazia a largura era Piquerez, com Gabriel Veron caindo mais por dentro, fechando como um segundo centroavante. Mas o Palmeiras forçava o jogo só pela direita.
A lesão muscular do volante Auremir aos 18 minutos veio a calhar para Jair Ventura, que para recompor o sistema defensivo colocou mais um zagueiro e o Goiás passou a se defender com uma linha de 5. Isso dificultou bastante as jogadas de fundo do Palmeiras, que buscavam o jogo aéreo com Rafael Navarro. Mesmo assim, pelo volume de jogo, o Palmeiras merecia ter ido para os vestiários com o placar favorável.
O time da casa voltou arriscando um pouco mais no segundo tempo e incomodou nossa defesa nas jogadas de bola parada. E o gol irregular de Pedro Raul, anotado para Caio Vinicius (para justificar a não marcação da falta clara sobre Weverton), deixou a situação bem difícil.
O Palmeiras já tinha dificuldades porque seguia armando as jogadas pensando apenas em Rafael Navarro, que foi anulado pelos altos zagueiros do time da casa. Ao sofrer um gol claramente irregular, o time acusou o golpe mentalmente e demorou um pouco para voltar para o jogo.
Abel primeiro mexeu no lado esquerdo, mandando a campo Gustavo Scarpa, para fazer a largura no lugar de Piquerez, e Rony, para fazer o papel de Veron. O time melhorou um pouco, mas seguia afobado, claramente nervoso. Em seu primeiro lance, cara a cara com Tadeu, Rony chutou longe do gol.
Pouco depois Wesley e Jailson substituíram Dudu e Zé Rafael – na primeira vez que pegou na bola, Wesley saiu de frente com Tadeu mas foi desarmado no último segundo por Reynaldo.
O Palmeiras obviamente cedeu espaço para o contra-ataque do Goiás, que vez ou outra tentava aproveitar, sobretudo porque Danilo não vivia uma tarde inspirada. E o relógio não andava: corria; ainda mais com a cera promovida pelos jogadores do time da casa.
Não adianta pedir para um cachorro miar; a cera está enraizada na cultura do futebol brasileiro. Gostamos quando o Palmeiras está na frente e usa esse recurso. Se quisermos reclamar desta atitude, é preciso que seja num contexto em que a cera seja realmente vista por todos como um mal para o futebol – e é, mas por enquanto não é tratada formalmente como tal.
No final, com muita raça, aos 50 do segundo tempo, Rony acertou um voleio espetacular, após bola dividida entre Gustavo Gómez e Tadeu, em escanteio cobrado por Scarpa. Quando a bola estufou as redes, Tadeu desabou, tentando acusar falta no lance. Chegou a ser engraçado. Mas essa nem o horroroso Bráulio Machado comprou.
O empate no fim diminuiu um pouco a frustração, mas a frieza dos números já preocupa. O Palmeiras deixou 5 pontos na mesa quando não podia ter deixado nenhum, o que obriga o time a vencer jogos mais difíceis para equilibrar a marcha de pontos real com a projetada.
E temos uma enorme oportunidade de reverter o viés na quarta-feira, quando enfrentaremos o Flamengo no Maracanã. Mesmo sem torcida, devido a uma manobra do clube carioca nos bastidores, o Verdão tem a chance de mudar a direção do time no Campeonato Brasileiro com uma vitória.
Alguém aqui não acredita que podemos vencer? Aqui, é claro que acreditamos. O vento é nosso, VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Goiás
Primeiro tempo
Dudu foi lançado nas costas da defesa e cruzou por baixo; Raphael Veiga chegou batendo cruzado e Tadeu fez uma enorme defesa, evitando a abertura do placar.
Raphael Veiga cobrou escanteio da esquerda; Rafael Navarro raspou de cabeça e Dudu pegou a sobra na linha da grande área, ajeitou e bateu cruzado; Tadeu fez mais uma grande defesa e a bola bateu no pé da trave direita.
Dudu acionou Zé Rafael por dentro; o camisa 8 entrou na área e bateu cruzado, ao lado do poste direito.
Diego fez boa jogada pela direita e cruzou por baixo; Gustavo Gómez cortou parcialmente mas Apodi aproveitou e girou rápido para o gol; Weverton fez uma defesa monstruosa, no reflexo, no canto esquerdo; no rebote Piquerez rachou e a bola saiu em escanteio.
Raphael Veiga bateu escanteio da esquerda; Murilo testou e Tadeu voou no canto direito para salvar o Goiás; a bola ficou de novo com Veiga e deu repeteco: Murilo testou e Tadeu defendeu de novo – mas o segundo lance não valeu, porque Raphael Veiga estava impedido.
Piquerez aproveitou uma sobra no fundo e cruzou rápido; Rafael Navarro disputou por cima com Sidney e testou por cima do travessão.
A partida foi paralisada para reidratação dos jogadores.
Piquerez cruzou da esquerda buscando Rafael Navarro; a zaga afastou; Zé Rafael pegou a sobre de frente para o gol e soltou a bomba – a bola tinha o endereço mas Dadá Belmonte se atirou na bola, travou a finalização e a bola saiu em escanteio.
Dudu tabelou com Marcos Rocha e cruzou por baixo; Gabriel Veron emendou de primeira da marca do pênalti mas Diego travou o arremate.
Bráulio da Silva Machado, que continua péssimo, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem alterações do intervalo.
Após escanteio da direita, Reynaldo testou firme, mas em cima de Weverton, que encaixou.
Fellipe Bastos bateu falta aberta, longa, direto para o gol; Weverton deu um passo atrás e deu um tapinha para escanteio.
Gol do Goiás – Após bola aérea na área, Apodi ajeitou e Pedro Raul girou para o gol; Caio Vinicius chegou rachando com Weverton, que defenderia o chute, e a bola acabou entrando. O VAR absurdamente validou a jogada de falta clara em cima de Weverton.
Saíram Gabriel Veron e Piquerez; entraram Gustavo Scarpa e Rony.
Veiga achou Rony livre dentro da área; o camisa 10 finalizou mal, à esquerda do gol de Tadeu.
Gustavo Scarpa recebeu de Zé Rafael e cruzou rápido; Rafael Navarro disputou com Reynaldo e testou, muito alto.
Entraram Wesley e Jailson nos lugares de Dudu e Zé Rafael.
Raphael Veiga lançou Wesley em velocidade por trás da zaga; o camisa 11 invadiu a área e finalizou, mas Reynaldo veio em ótima recuperação e travou.
No contra-ataque, Maguinho foi ao fundo e cruzou fraquinho, Renato Júnior aproveitou o cochilo de Danilo e finalizou por baixo; Weverton fez uma espetacular defesa por baixo.
Atuesta entrou no lugar de Marcos Rocha.
Raphael Veiga bateu de fora, de trivela; a bola passou à esquerda do gol.
GOL DO PALMEIRAS! Gustavo Scarpa bateu o escanteio da direita; Gustavo Gómez disputou pelo alto e a bola sobrou para Rony, que desta vez acertou um belíssimo chute de primeira e empatou o jogo.
Tendencioso, dissimulado, Bráulio da Silva Machado encerrou o jogo e não conseguiu cumprir sua missão.
Vinishow? Misericórdia…
Dá até arrepio lembrar daquela fase.
E olhe que ele não foi nem de longe o pior naquela era das trevas… Mas vamo deixar essa porra pra lá… É melhor! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk