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21/10/2018 - 16:00
Foi um jogaço. O Ceará valorizou demais nossa vitória desde o primeiro minuto de jogo, mostrando muita valentia e disposição para sair da situação ruim na tabela. Lisca não se intimidou com a atmosfera toda palmeirense e fez seu time jogar melhor que Grêmio e SPFC, nos dando muito mais trabalho.
O festival de cartões, já previsto, nos prejudicou demais – tanto na questionável expulsão de Deyverson, quanto nos amarelos estratégicos que fizeram nossos jogadores dividirem as bolas com mais cuidado. O Ceará tirou vantagem da situação e exigiu o máximo de nosso sistema defensivo.
O Palmeiras, mesmo com um a menos, só tomou o gol porque Victor Luis partiu no contra-ataque e não foi lançado – no contra-contra-ataque, Bruno Henrique, amarelado, não entrou com a firmeza necessária e Calyson conseguiu a jogada e Arthur aproveitou a falha de Antônio Carlos. No mais, outra partida perfeita de nosso sistema defensivo, postado de forma perfeita e obrigando o Ceará a chutar de fora.
As atenções agora se voltam para a Libertadores. Com um dia a mais de descanso, os argentinos querem se vingar da partida da primeira fase. Vai ser uma guerra – mas a julgar pela partida desta tarde, nosso time está mais do que preparado.
Faltam oito passos no Brasileirão – sete, se considerarmos que temos uma rodada de margem. O Ceará poderia ter deflagrado uma perda de confiança em nosso grupo em caso de arrancar um empate; a resistência do Verdão com um a menos funcionou perfeitamente e a confiança segue em seu patamar máximo. Estamos prontos: que venham as decisões na Argentina e no Maracanã. VAMOS PALMEIRAS!
Acompanhe a transmissão ao vivo feita pelo Verdazzo, com a narração de Bruno Zanholo e comentários de Conrado Cacace.
Ficha Técnica
Escalação
Ceará
Primeiro tempo
Mal o jogo começou e Bruno Henrique tomou o primeiro cartão amarelo após entrada dura em Richardson. Nosso volante facilitou a tarefa do juiz, que parecia não esquecer em nenhum momento que o próximo jogo do Palmeiras é contra o Flamengo.
Samuel Xavier acionou Juninho Quixadá, que emendou um belo chute do bico da área, acertando a rede pelo lado de fora e assustando Weverton.
Calyson recebeu com alguma liberdade na frente da área e disparou; Weverton defendeu com algum trabalho.
O Ceará surpreendeu a todos armando uma marcação pressão em nossa saída de bola; sem nada a perder, o time visitante arriscou uma postura ousada e quase marcou nos minutos iniciais.
Aos poucos o Palmeiras foi encontrando os espaços em campo e Victor Luis desceu muito bem por seu flando; ele tabelou com Deyverson e bateu forte, cruzado, mandando por cima do gol de Everson.
Após escanteio da direita, Edinho subiu com o braço levantado e resvalou na bola. O árbitro, a princípio, não marcou nada, mas nosso time pressionou a arbitragem e o quarto árbitro, diante da nitidez do lance, avisou André Luiz de Freitas Castro para marcar a penalidade, dentro do que prevê a lei, já que a televisão só mostrou o replay depois da marcação.
GOL DO PALMEIRAS! Depois de muita reclamação dos cearenses, Bruno Henrique bateu rasteiro no meio do gol; Everson caiu para a direita e não conseguiu defender.
A insegurança do árbitro quebrou o ritmo do jogo. O time do Ceará sentiu a marcação – talvez tivesse reagido melhor se o pênalti tivesse sido marcado logo de cara, assim que aconteceu. O jogo ficou amarrado no meio do campo, e o Palmeiras se aproveitava do fato jogando com mais tranquilidade, com o placar a favor.
GOLAÇO DO PALMEIRAS! Lucas Lima caiu pela direita, fez a jogada com a canhotinha e rolou para a chegada de Bruno Henrique, que ajeitou e soltou um canhão, no canto direito alto de Everson, que não tinha o que fazer. Golaço de Bruno Henrique, que chutou de fora muito melhor que no gol de pênalti.
Jean sentiu lesão muscular no posterior da coxa direita e deu lugar a Mayke.
Hyoran bateu escanteio da direita e Antônio Carlos mergulhou para mandar um petardo de cabeça;a bola saiu rente à forquilha esquerda de Everson.
Em dividida dura em que os dois atletas levantaram demais o pé, Deyverson atingiu Richardson no peito e foi expulso. O árbitro deveria ter dado a mesma punição para os dois, já que ambos levantaram o pé na mesma altura – a diferença é que Deyverson conseguiu se defender e não tomou as travas em seu corpo.
Pouco depois, o árbitro encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
Os dois times voltaram a campo da mesma forma que terminaram o primeiro tempo.
Leandro Carvalho bateu de fora, mas errou o alvo. O lance eria a tônica do segundo tempo: Ceará forçando, tentando achar espaços mas esbarrando no fortíssimo sistema defensivo do Verdão, e sendo obrigado a chutar de longe.
Richardson também arriscou seu chute de fora e obrigou Weverton a fazer uma ótima defesa.
O Palmeiras saiu em rápido contra-ataque; Lucas Lima tinha Victor Luis livre pela esquerda mas se enrolou e permitiu ao time cearense armar um “contra-contra-ataque”.
Gol do Ceará – na puxada rápida pela direita, Calyson passou por Bruno Henrique, que ficou com medo de levar o segundo amarelo; recebeu o combte de Edu Dracena, que reduziu o ângulo de cruzamento. O ponta então cruzou no espaço que restou, e Antônio Carlos estava inteiro na jogada, mas deixou a bola passar – ou errou o tempo da bola, ou ficou com medo de marcar contra – e ela se ofereceu para Arthur Cabral, que escorou de dentro da pequena área, diminuindo o placar.
Willian tabelou com Hyoran e mandou um belo chute, obrigando Everson a trabalhar mais uma vez.
Foi a última participação de Hyoran no jogo – a única realmente efetiva. Dudu entrou em seu lugar.
Após escanteio da direita, Arthur Cabral desviou no primeiro pau e Edinho e Juninho Quixadá fecharam junto à trave direita, mas não alcançaram. Que susto!
Willian Bigode arriscou um belo chute de fora, que passou perto!
Mesmo no vestiário, Lisca colocou o time todo para a frente, abrindo mão do lateral esquerdo e iniciando uma pressão monstruosa – mas deixando um latifúndio para o Palmeiras explorar no contra-ataque.
Bruno Henrique deu lugar a Moisés, que ficou bem mais plantado.
Após bola longa invertida da direita para a esquerda, Moisés escorou para a área e Willian emendou rápido, buscando o cantinho direito de Everson, que mostrou muita agilidade para desviar a escanteio.
Na cobrança curta, Dudu driblou três adversários, entrou na área, limpou para a direita e soltou a bomba; a bola explodiu na zaga.
Felipe Azevedo arriscou mais um chute de fora; Weverton defendeu.
Ricardinho soltou uma bomba de média distância e Weverton foi buscar mais uma vez.
O Verdão armou mais um contra-ataque rápido; Willian invadiu a área pela direita e bateu cruzado, forte; Everson fez mais uma grande defesa.
Dudu fez a jogada pela direita e tocou no meio para Willian, que amorteceu e soltou a bomba. Everson fez mais uma enorme defesa.
Pressão no fim – Richardson foi lançado dentro da área num buraco de nossa defesa e cruzou; Arthur Cabral cabeceou forte, mas na direção de Weverton, que defendeu sem rebote.
Willian puxou mais um contra-ataque; no mano a mano com Tiago Alves ele puxou pra perna direita e tentou mandar de curva no canto esquerdo de Everson, mas a bola saiu por pouco. E na sequência o árbitro encerrou a partida.