O Palmeiras empatou por 2 a 2 com o Vasco no Maracanã e contou com os resultados da rodada para chegar ao G4 do Brasileirão. Depois de sair perdendo por 2 a 0, o time teve forças para chegar ao empate e não esteve longe de conseguir a virada.
O Vasco foi um adversário bem mais difícil do que o imaginado. Uma confluência de fatores fez com que o time comandado esta tarde por Claudio Maldonado se aproximasse muito mais do grande Vasco da Gama do século XX do que da versão carioca da Ponte Preta que assumiu no século XXI: primeiro jogo em casa após dois anos de ausência da Série A; volta da torcida ao Maracanã e um ótimo resultado em Belo Horizonte na rodada anterior.
Esse coquetel deu muita coragem ao onze da casa, que fez um jogo muito físico nos primeiros 25 minutos e manteve as ações equilibradas, embora o Palmeiras conseguisse finalizações interessantes aqui e ali, ao passo que Weverton apenas assistia ao jogo.
Mas num erro de Murilo, que preferiu deixar a finalização errada de Alex Teixeira passar, o Vasco abriu o placar com Pedro Raul, que infiltrou rápido e conseguiu desviar a bola que cruzava a área. Se o clima já era favorável ao time da casa, a vantagem no placar incendiou de vez o estádio.
Com trocas de passes rápidas, o Palmeiras ainda conseguia chegar perto da área vascaína e forçava o empate quando sofreu o segundo gol: Lucas Piton passou bem por Artur e usou o corredor para cruzar na cabeça de Pedro Raul, sempre bem colocado: a testada foi no canto e Weverton defendeu bem, mas demorou para reagir e bloquear o rebote de Gabriel Pec, que aumentou a vantagem do time da casa. Um raríssimo momento em que o Palmeiras esteve dois gols atrás no placar nos últimos anos.
Sete minutos depois, um ótimo momento de Gabriel Menino proporcionou ao Verdão diminuir o placar: ele foi muito preciso no movimento para enquadrar o corpo e encaixar o cruzamento perfeito para Rafael Navarro, totalmente livre, testar com precisão para o chão, mandando a bola no ângulo de Léo Jardim. O Palmeiras foi para o vestiário perdendo por apenas um gol.
No segundo tempo, com os laterais liberados, o volume palmeirense foi muito maior, mas a postura do Vasco definitivamente voltou a ser a do século XXI: mesmo no Maracanã cheio, não teve vergonha de jogar fechadinho e tentar aguentar a pressão.
Estava dando certo até que Flaco López entrou no lugar de Gabriel Menino, estabelecendo de vez a volta do 4-2-4. E em seu primeiro lance, o argentino puxou a zaga e deixou Artur livre para empatar o jogo de cabeça.
Já sem o desespero de buscar o empate, o Palmeiras passou a impor a superioridade e tentou achar o gol da vitória sem se expor tanto, voltando ao 4-2-3-1 com as entradas de Fabinho e Endrick; com Flaco ficando um pouco mais recuado para compor o meio-campo.
O Verdão seguiu superior; as entradas de Jhn Jhon e Luis Guilherme mantiveram o time agressivo, mas sem a força suficiente para prensar o Vasco em sua área e arrancar a vitória. O gol da virada se desenhou algumas vezes – na melhor chance, Dudu chutou rasteiro, Léo Jardim deu um rebote curtinho e recuperou antes que Flaco aproveitasse. E o fraco juiz gaúcho encerrou o jogo com a igualdade no placar.
Neste início de disputa o empate não é trágico para ninguém, claro. Ficou um leve incômodo de que os três pontos poderiam ter vindo, mas diante da atmosfera criada e da atitude do adversário, sobretudo no primeiro tempo, a sensação que predomina é a de satisfação por um jogo bem disputado, com alternativas de lado a lado, deixando as torcidas satisfeitas.
Antes de voltar a campo pelo Brasileirão, no Derby no sábado, o Verdão ainda precisa ratificar a classificação na Copa diante do Tombense, em Uberlândia. A chavinha segue alucinada e nossa torcida precisa entender o momento no calendário para seguir apoiando um time que luta sem parar. Com vitória ou sem, o sentimento é de orgulho. VAMOS PALMEIRAS!
Rafael Navarro puxou o contra-ataque e abriu na esquerda para Dudu, que avançou e deu o passe rasteiro para a entrada da área, para Zé Rafael, que bateu chapado de canhota, no meio do gol, fácil para Léo Jardim encaixar.
23'
Palmeiras
Richard Ríos roubou a bola na intermediária ofensiva, saiu de Andrey e chutou de canhota – Léo Jardim caiu no canto esquerdo para pegar firme.
28'
Vasco da Gama
Gol do Vasco – em contra-ataque, Jair acertou um belíssimo passe para Alex Teixeira, que fez o cruzamento para Pedro Raul, que aproveitou que Murilo saiu da bola e testou firme para as redes de Weverton.
31'
Palmeiras
Gabriel Menino alçou falta da meia esquerda em direção ao segundo pau; ninguém tocou na bola e Léo Jardim teve que mostrar reflexo para evitar o empate e mandar a escanteio.
37'
Palmeiras
Dudu recebeu dentro da área, infiltrou e tocou rasteiro na pequena área para Rafael Navarro; Léo Jardim se arrojou nos pés do camisa 29 e ficou com a bola.
39'
Vasco da Gama
Gol do Vasco – Lucas Piton ganhou de Artur e cruzou na marca do pênalti para Pedro Raul, que testou no canto esquerdo; Weverton defendeu parcialmente mas Gabriel Pec aproveitou o rebote e ampliou o placar.
46'
Palmeiras
GOL DO PALMEIRAS! Artur tocou atrás para Gabriel Menino, que enquadrou o corpo e cruzou; Rafael Navarro estava totalmente desmarcado e testou como manda o manual, para o chão, a bola morreu no ângulo direito sem chances para Léo Jardim.
52'
O inseguro árbitro encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem alterações dos vestiários.
13'
Palmeiras
Gabriel Menino cobrou falta sofrida por Zé Rafael na meia esquerda; a bola passou a cerca de um metro da forquilha direita de Léo Jardim.
Entrou: Flaco López
Saiu: Gabriel Menino
17'
Palmeiras
GOL DO PALMEIRAS! Dudu cruzou da esquerda; Flaco puxou a marcação e Artur chegou de surpresa para testar violentamente no ângulo direito de Léo Jardim.
19'
Palmeiras
Flaco López abriu na direita para Artur, que cruzou na risca da pequena área; Rafael Navarro mergulhou mas não conseguiu meter o topete na bola para virar o jogo.
20'
Vasco da Gama
Gabriel Pec puxou o contra-ataque, ganhou de Piquerez e cruzou rasteiro para trás; Pumita chegou batendo mas a bola subiu demais.
21'
Palmeiras
Flaco brigou pelo alto, Rafael Navarro pegou a sobra e fez o pivô para a cegada de Artur, que emendou de direita, obrigando Léo Jardim a cair no canto esquerdo para fazer a defesa.
25'
Entrou: Fabinho
Saiu: Richard Ríos
Entrou: Endrick
Saiu: Rafael Navarro
29'
Palmeiras
Dudu arrancou pela esquerda em diagonal e disparou rasteiro da intermediária; Léo Jardim se esforçou para não dar rebote, já que Flaco López chegava babando para espetar para dentro.
35'
Entrou: Luis Guilherme
Saiu: Dudu
Entrou: Jhon Jhon
Saiu: Artur
53'
Mais um fraco árbitro no Brasileirão: Rafael Rodrigo Klein encerrou o jogo.
Notas
Jogador
Descrição
Nota
Weverton
Podia ter reagido mais rápido para bloquear o rebote de Gabriel Pec.
5
Gustavo Garcia
Teve um corredor à disposição na parte final do jogo mas ficou tímido.
6
Gustavo Gómez
Partida gigantesca, um monstro. Faltam adjetivos.
8.5
Murilo
Um erro grosseiro que custou o primeiro gol. Seguiu no jogo sem comprometer.
4
Piquerez
Nitidamente sem ritmo, alternou bons e maus momentos - a maior dificuldade foi com um inspirado Gabriel Pec.
6
Zé Rafael
Com um parceiro diferente, não apareceu tanto.
6.5
Richard Ríos
De todos os candidatos, é o que mais se assemelha ao futebol de Danilo até agora, mesmo jogando mais avançado.
8.5
Fabinho
Partida para trazer muita bagagem e evoluir muito na carreira. Muito bom na armação e também na composição defensiva.
7.5
Artur
Desencantou e vai dando sinais de aclimatação ao sistema tático.
8
Jhon Jhon
s/n
Gabriel Menino
Na função que atuou, precisava brilhar. Foi apenas ok.
6.5
Flaco López
Deu vida ao ataque; em seu primeiro lance já puxou a marcação e deixou Artur livre para marcar de cabeça.
7
Dudu
Mais uma participação em gol. Mas não foi um dos mais acionados do time.
7
Luis Guilherme
s/n
Rafael Navarro
Aposta de longo prazo de Abel, vai finalmente ganhando confiança e fazendo gols.
8
Endrick
Força e talento. Sempre incomodando a defesa adversária.
7
João Martins
A escalação inicial foi duvidosa, sobretudo pela escolha de Gabriel Menino para ser o articulador. Se ele estivesse numa daquelas tardes inspiradas, teria sido um tiro na mosca. Como não estava, precisou mexer, e mexeu bem.
