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30/04/2022 - 21:00
Num jogo menor, é compreensível que o time demonstre pouca inspiração. Além da dificuldade em preencher os espaços no campo do adversário, o Palmeiras lutou contra o jogo picotado promovido pelo adversário, que abusou da cera sob o olhar de sonso da arbitragem.
O gol sofrido logo a quatro minutos, num contra-ataque que poderia ter sido quebrado, não causou tanto efeito porque o Palmeiras chegou ao empate apenas 8 minutos depois. Foi como se o jogo estivesse zero a zero.
A Juazeirense armou uma linha de quatro, que muitas vezes absorvia mais um ou dois jogadores, chegando a ter seis elementos sobre a risca da grande área. Todos com exceção do centroavante defendiam. Mas nosso time não agrediu o suficiente; os laterais e os volantes não ocuparam o terreno no campo adversário para tentar criar momentos de superioridade numérica.
Assim, as chances de gol no primeiro tempo foram raras, apesar do domínio indiscutível das ações. E nunca podemos tirar da discussão o fato do antijogo constante dos visitantes ter sido quase estimulado pela bananice da arbitragem.
E o panorama não se alterou na segunda etapa. Com chances de gol raras e isoladas, o Palmeiras sofreu até a primeira rodada de mexidas, aos 22 minutos, quando foram a campo Gabriel Veron, Rony e Gustavo Scarpa.
E foi o camisa 14 quem colocou fogo no jogo: 4 minutos depois de entrar em campo, Scarpa disparou um teleguiado que foi morrer no ângulo direito de Calaça. Depois, o meia ainda colocaria uma bola na trave e teria um chute salvo em cima da risca.
Mesmo com a entrada iluminada de Gustavo Scarpa, o jogo, como um todo, foi sonolento. As 15 mil pessoas que se deslocaram até Barueri mereciam ter visto um espetáculo mais agradável.
Como futebol não é merecimento, cabe à nossa torcida compreender a crueldade do calendário e festejar que, até quando joga mal, o Palmeiras está vencendo – e poupando o elenco. Se havia um jogo em meio a este calendário que admitiria letargia, era este.
Precisaremos da torcida da região de Londrina no jogo da volta para diminuir ainda mais a chance de surpresas desagradáveis. E o time segue na árdua tarefa de seguir conquistando resultados sem perder jogadores por lesão. Com apenas 22 jogadores à disposição. São autênticos heróis. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Juazeirense
Primeiro tempo
Gol da Juazeirense – após jogada de escanteio do Palmeiras, Veiga foi desarmado com falta mas o árbitro mandou seguir – no contra-ataque rápido, Deysinho arrancou, Jorge teve a chance de matar o lance com falta em Patrik mas evitou o choque; o meia visitante finalizou e Lomba defendeu parcialmente; na volta Nildo Petrolina rolou para o canto esquerdo.
GOL DO PALMEIRAS! Rafael Navarro roubou no campo de ataque, tabelou com Breno Lopes e entrou na área; na saída de Rodrigo Calaça, ele rolou para Breno Lopes, livre na marca no pênalti – sem goleiro, o camisa 19 apenas rolou para o gol vazio.
Marcos Rocha alçou na área; a zaga desviou e a bola ficou com Dudu do lado esquerdo; o cruzamento veio por baixo e Rafael Navarro escorou com firmeza – Rodrigo Calaça fez uma enorme defesa, sem dar rebote.
Conivente com a cera do adversário, Marcelo de Lima Henrique terminou o primeiro tempo.
Segundo tempo
Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo.
Breno Lopes brigou do lado esquerdo e ligou com Dudu, que poderia ter finalizado mas passou rasteiro para tras, para a chegada de Veiga, que bateu firme – Eduardo salvou em cima da risca.
Saíram Breno Lopes, Rafael Navarro e Atuesta para as entradas de Rony, Gustavo Scarpa e Gabriel Veron.
GOLAÇO DO PALMEIRAS! Gustavo Scarpa bateu da meia direita, com curva; a bola beijou a trave direita pelo alto e morreu no fundo da rede.
Entraram Piquerez e Mayke nos lugares de Jorge e Marcos Rocha.
Mayke foi ao fundo e cruzou rasteiro; Gustavo Scarpa chegou batendo e venceu Rodrigo Calaça, mas Eduardo tirou debaixo do travessão pela segunda vez.
Raphael Veiga articulou na meia esquerda e ergueu no segundo pau; Gustavo Scarpa se esticou e escorou com a parte externa do pé esquerdo e ela foi no rodapé, triscando a trave antes de sair.
O milongueiro Marcelo de Lima Henrique encerrou a partida.
Gostei do Navagol hoje. Fez os pivôs direitinho e ainda deu uma roubada pra criar um gol à la Zé Rafael.