Com 200 jogos completados no último domingo, Weverton gravou uma entrevista especial para a TV Palmeiras/FAM
O duelo entre Palmeiras e Santos no último domingo, além de ter sido especial pela vitória palmeirense por 2 a 0, também foi significativo para o goleiro Weverton. O camisa 21 disputou seu jogo de número 200 pelo clube e ainda completou a centésima partida pelo Verdão sem ser vazado.
“É um sentimento de gratidão, que todo esforço, suor e trabalho foi recompensado. Quem me conhece sabe que deixo muita coisa pra trás para me dedicar ao clube. Depois de alguns jogos eu fico muito cansado, às vezes sem dormir, mas venho [até a Academia de Futebol] treinar, evoluir. E quando se atinge uma marca dessas [200 jogos], é como se tudo valesse a pena. Não só pelo número de partidas, mas também por metade deles eu não ter levado gol. Isso me deixa muito orgulhoso”, disse o arqueiro à TV Palmeiras/FAM.
“Agradeço muito ao trabalho do Rogério e do Thales [treinadores de goleiro], que trabalham diariamente comigo e sempre apontam detalhes que me fazem chegar pronto para o jogo. Sempre digo aos dois que eles me preparam da linha pra fora, da linha pra dentro eu sou representante deles, das suas famílias. É o trabalho deles que vai a campo comigo e eu sei desse compromisso. Espero que venham muito mais jogos e, principalmente, que terminem com a baliza zero”, acrescentou.
Titular desde 2018 e convocado frequentemente para a Seleção Brasileira, o goleiro, de 33 anos, revelou estar no auge e elogiou a estrutura do Palmeiras.
“Estou no auge da minha jornada profissional e também pessoal; sigo me cuidando bastante e isso faz com que minha performance se eleve. O tamanho da estrutura do Palmeiras me acrescentou muito. Aqui temos tudo. E quem aproveita, evolui. Eu sempre utilizo a estrutura, os profissionais, para crescer. Melhorei a parte física, o percentual de gordura, o peso. A parte mental, de entender que sou um goleiro de uma grande equipe e preciso fazer a diferença. Esse conjunto se reflete dentro de campo, na minha performance”, contou.
A ajuda da família
Além de todo o apoio e conhecimento dos profissionais do Palmeiras, outro fator apontado por Weverton, como um diferencial para seu ótimo momento, é o suporte da família.
“Eu falo pra minha esposa que preciso de um pouco da paciência dela, porque haverá dias que ela quer sair para jantar e eu vou precisar ficar em casa descansando ou até mesmo vendo um jogo do adversário. Isso é sacrifício, renúncia. As pessoas acham que é fácil [a vida de jogador], mas se renuncia muita coisa para que eles [a família] vivam o meu sonho e acompanhem minha jornada. Essa compreensão tem sido muito boa e me traz forças para que eu me preocupe em apenas jogar futebol”, agradeceu.
Weverton e jogo com os pés
“Número 1 do Brasil”, como disse Abel Ferreira em entrevista coletiva, o arqueiro se destaca não só com as mãos, mas também com o seu jogo com os pés. Peça ativa das construções de jogadas do Palmeiras nas partidas, Weverton acertou um belo lançamento para Dudu no clássico, que resultou no gol de Rony que acabou anulado.
“Trabalho muito o jogo com os pés. Lógico que minha primeira função é defender, mas no futebol de hoje não dá para você ser só o ‘goleiro’. Acrescenta muito jogar com os pés. Ontem [domingo, contra o Santos] eu peguei muito na bola, ajudei na saída a três e nós conseguimos manter a posse de bola. Fiz alguns lançamentos também. Quando a gente treina com perfeição, tudo sai naturalmente no jogo e eu procuro ajudar, sempre respeitando o meu limite”, falou.
No Campeonato Brasileiro, Weverton acertou 98% dos passes que tentou e, de acordo com o SofaScore, tem quase 50% de sucesso nos lançamentos em pouco mais de seis tentativas por partida.
Com Weverton, o Palmeiras entrará em campo na noite desta quarta-feira para enfrentar o Atlético-GO, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Allianz Parque.