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14/08/2023 - 19:00
O Palmeiras venceu o Cruzeiro por 1 a 0 e finalizou o primeiro turno do Brasileirão na vice-liderança – a 13 pontos do líder Botafogo. Além da segunda colocação (que ainda está ameaçada porque o Grêmio tem um jogo a menos), a vitória deu ao Verdão a igualdade no confronto direto histórico contra o time mineiro: os dois times, agora, têm 35 vitórias sobre o rival, em 98 partidas.
O Palmeiras têm perdido pontos em partidas bem jogadas. Desta vez, foi o oposto: num jogo pouco inspirado, com pouca movimentação e equívocos no posicionamento, o Verdão achou a vitória no lance final, em jogada de bola parada.
Dudu, ainda cuidando da panturrilha, foi poupado. Piquerez e Weverton também ganharam descanso e Marcelo Lomba, Vanderlan e Jhon Jhon foram para o jogo – o lado esquerdo, desfigurado, foi um ponto muito deficiente do time em todo o jogo.
Raphael Veiga insistiu no posicionamento mais avançado, perto da área, mas as linhas do Cruzeiro não estavam espaçadas como no jogo contra o Atlético, no Mineirão, e a bola não chegou. O lado esquerdo, como já foi citado, não funcionava e o lado direito dependia da inspiração de Artur, que está em má fase.
Restou o apoio dos volantes, principalmente de Gabriel Menino, mas nada dava muito resultado. Nosso time parecia desmotivado pela distância para o líder na tabela, pensando no jogo apenas como um estorvo no caminho da preparação para a Libertadores.
O Cruzeiro teve um grande problema logo aos 4 minutos, quando perdeu, por lesão no ombro, Mateus Vital – Lucas Silva avançou e passou a ser o armador, com Filipe Machado entrando na volância. Mas o Palmeiras não aproveitou; jogando “na obrigação”, só se via os movimentos automáticos; a garra, a fome de ganhar todas as divididas, aquele algo a mais – nisso, o time ficou devendo bastante.
Diante de um adversário muito fraco tecnicamente, mas com bastante aplicação tática, o Palmeiras em modo bate-cartão teve muitas dificuldades e em nenhum momento encostou o adversário nas cordas. O Cruzeiro estava longe de dominar o jogo, mas também não levava sufoco.
No final do primeiro tempo, Gabriel Menino sentiu a coxa e deixou o jogo, para a entrada de Richard Ríos. Mas os segundo tempo começou da mesma forma que terminou o primeiro, com lances esporádicos de gol, com pouco perigo.
A melhor chance veio com Artur, que escorou da risca da pequena área um cruzamento de Raphael Veiga – o camisa 14 não conseguiu emendar de bate-pronto e pegou a bola depois do quique, já na subida, mandando por cima do travessão.
As entradas de Endrick, Luis Guilherme e Breno Lopes poderiam ter dado mais vida ao ataque, mas o apoio de Vanderlan na esquerda seguia tímido e Breno Lopes ficou sem suporte; Veiga seguia isolado e a bola não chegava em Vanderlan – coube ao menino Luis Guilherme ser o destaque na criação nos 30 minutos finais.
Rápido, liso, inteligente, o camisa 31 foi extremamente perigoso sobretudo quando fazia jogadas de fora para dentro; quando escolhia sair pelo flanco, teve problemas mais uma vez para efetuar os cruzamentos com o pé direito. Ainda assim, foi o melhor do time desde o momento que entrou.
Quando todos já se conformavam com o empate, veio o gol de Flaco López, aos 50 minutos: Raphael Veiga bateu falta da direita e o argentino, vindo de trás, infiltrou na área e raspou na bola, o suficiente para que ela entrasse no cantinho direito de Rafael Cabral. Depois de longa checagem, o tento foi validado e o Palmeiras venceu o jogo.
A vitória, chorada e pouco merecida, compensa ao menos dois pontos que o Palmeiras havia deixado de ganhar por falta de pontaria em partidas anteriores, em que havia jogado melhor e merecia ter vencido. Assim é o campeonato de pontos corridos, para quem ainda não se acostumou.
Quem não está deixando muita margem para sonhos é o Botafogo, que ganha quando joga bem e ganha quando joga mal. Se não entrar num trajetória de derretimento, dificilmente será alcançado. Mas se alguém ainda pode sonhar com isso, é o vice-líder. O Palmeiras, mesmo pensando em Libertadores, tem a obrigação de jogar bem melhor do que esta noite e continuar somando pontos. Deixar de aproveitar uma sequência desastrosa do Botafogo porque perdeu o foco no campeonato, que está apenas na metade, será inaceitável.
Melhor jogar mais ou menos e ganhar, que jogar bem e tropeçar. Mas que isto não vire a regra neste Brasileirão. Está muito difícil, mas ainda há muitas rodadas pela frente e em futebol, sabemos, as coisas mudam muito rápido. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Cruzeiro
Primeiro tempo
William chegou à linha de fundo pelo lado direito do ataque e rolou para Wesley, na entrada da pequena área, que bateu rasteiro; Lomba encaixou com facilidade.
Artur carregou pelo lado direito, levantou a cabeça e tocou para Raphael Veiga, na intermediária; ele ajeitou o corpo e bateu forte de perna esquerda, mas a bola saiu pelo lado direito de Rafael.
William arriscou de muito longe, a bola desviou em Jhon Jhon e quase complicou a vida de Lomba, que se esticou e conseguiu espalmar para escanteio.
Jhon Jhon acertou bom passe para Raphael Veiga, pelo lado esquerdo do ataque; da linha da grande área, Veiga bateu rasteiro de perna esquerda; o goleiro Rafael caiu e encaixou.
Gabriel Menino sentiu lesão e foi substituído por Richard Ríos.
Rafael Elias abriu espaço e bateu forte de perna esquerda, da intermediária; a bola foi no ângulo esquerdo de Lomba, que se esticou e fez boa defesa de mão trocada.
Wagner do Nascimento Magalhães, fraco e sem pulso, encerrou a primeira etapa.
Segundo tempo
Em cobrança de falta da intermediária do ataque, Veiga lançou com perigo para Artur; sozinho, dentro da pequena área, o atacante bateu de primeira, mas pegou mal na bola e mandou longe do gol.
Artur levou a bola pelo lado direito do ataque e tocou em profundidade para Rony; dentro da área, o camisa 10 bateu forte e com perigo; Rafael espalmou para escanteio.
Entraram: Breno Lopes, Endrick e Luiz Guilherme
Saíram: Jhon Jhon, Rony e Artur
Veiga cobrou escanteio pelo lado esquerdo do ataque e o cruzamento encontrou Gustavo Gómez, no segundo pau; o paraguaio subiu sozinho e cabeceou forte para baixo, mas Rafael se abaixou e agarrou. Não valeria, pois Wagner Magalhães assinalou impedimento de Gómez.
Lucas Silva faz bom passe longo para Wesley; com a defesa palmeirense aberta, ele sai cara a cara com Lomba e bate forte, mas ela sai à direita do goleiro do Verdão.
Luis Guilherme acelerou pelo lado direito, cortou para o meio, limpou a marcação de Castán e bateu com perigo, mas ela saiu ao lado direito do gol de Rafael.
Entrou: Flaco López
Saiu: Zé Rafael
GOL DO PALMEIRAS! Veiga cobrou falta do lado direito do ataque, pelo alto, no meio da área; Flaco López se livrou da marcação e acertou voleio de canhota, no cantinho direito de Rafael.
Wagner do Nascimento Magalhães encerrou a partida.
Realmente foi um jogo bem fraquinho do verdão .Valeu pelos 3 pontos e nada mais !!!
Avancei verdao