2
X
2
26/11/2023 - 18:30
O Palmeiras foi heroico e buscou duas vezes, com um homem a menos, o empate contra o Fortaleza, no Castelão, e fechou a 35ª rodada do Brasileirão na liderança, dependendo só de si para chegar a mais um título.
Depois de um primeiro tempo muito difícil, após o qual foi para o intervalo com a desvantagem de um gol, o Verdão se rearmou de forma agressiva, perdeu Gustavo Gómez expulso injustamente, mas mesmo assim chegou ao empate. Antes que pudesse respirar aliviado sofreu o segundo gol, mas com muita raça buscou mais uma vez a igualdade e trouxe para casa um ponto valiosíssimo na disputa pelo campeonato.
Diante de um adversário que leu bem a nossa proposta ofensiva, o Verdão teve sérios problemas no primeiro tempo. Após 12 dias parado, sem ritmo de jogo, contra um adversário que havia jogado três dias antes, o Palmeiras sentiu demais a falta de Luan na saída de bola. Com Veiga adiantado, mais como um falso 9, a bola não tinha como passar pelo meio-campo, já que a ligação direta não funcionava como quando o camisa 13 se encarrega dessa função.
Assim, mesmo com muito mais posse de bola, o Palmeiras não conseguia criar e devolvia a bola para o Fortaleza, que tinha nos contra-ataques velozes sua arma mais perigosa. E numa devolução do goleiro, Murilo rebateu para a frente, Calebe estava de frente para nossa defesa e tocou rápido, de primeira, para Guilherme, projetado pela esquerda. Nossa defesa ainda estava desarrumada e o ponteiro achou Thiago Galhardo na área – o atacante tocou de primeira no contrapé de Weverton e abriu o placar.
A responsabilidade de depender só de si pesa, mesmo para um time experiente como o nosso. Ao ver a liderança, conquistada a tanto custo, escorrer pelos dedos, nosso time teve alguns momentos de descontrole. Felizmente o Fortaleza não veio preparado para controlar o jogo e foi questão de tempo para nosso time se reorganizar e voltar a dar as cartas – sobretudo quando o cansaço começou a bater no time da casa, a partir dos 35 minutos. Essa superioridade, no entanto, não foi suficiente para chegarmos ao empate antes do intervalo.
O papo no vestiário parece ter sido bom e a postura do Palmeiras foi bem diferente no segundo tempo. Disposto a correr mais riscos, o Verdão se lançou à frente, passou a trocar passes com mais rapidez e prensou o Fortaleza em sua área – não sem deixar alguns inevitáveis espaços para o time da casa explorar com velocidade. O jogo ficou bem aberto; a sorte foi lançada.
Aos 12 minutos Abel abriu o time de vez, desmontando o esquema com três zagueiros e montando um esquema ultraofensivo após as entradas de Rony e Artur nos lugares de Marcos Rocha e Richard Ríos. Essa formação durou menos de dois minutos e foi desmontada pela arbitragem, que inventou de expulsar Gustavo Gómez por uma jogada que nem falta foi.
Para remontar a defesa, entrou Vanderlan no Breno Lopes; Piquerez virou zagueiro e o time seguiu atacando. Aos 20, veio o empate, após uma jogada de insistência: após João Ricardo espalmar uma bola para o lado, Endrick buscou junto à lateral e acionou Veiga, que tentou duas vezes de canhota para acertar o canto direito do gol do Fortaleza, decretando o empate.
Não deu tempo do Palmeiras cadenciar o jogo e segurar o empate que, diante dos outros resultados da rodada, nos mantinha na liderança: mesmo caído, Thiago Galhardo achou um lindo toque para a projeção de Calebe, nas costas de Mayke, e o meia saiu na cara de Weverton para só ter o trabalho de tocar por baixo de nosso goleiro e recolocar o Fortaleza na frente.
Não é qualquer time que, como na fábula de Sísifo, vê a pedra rolar de volta ao pé da montanha depois de tanto trabalho para levá-la ao cume e torna a empurrá-la. Lá foi o Palmeiras em busca de novo empate, mesmo com um homem a menos. Correndo todos os riscos, manteve Rony e Endrick na frente até que numa jogada em que Piquerez tentou encher o pé, mas espirrou o taco, a bola foi de balãozinho e encontrou a cabeça de Murilo; a zaga estava com a atenção em nossa dupla de ataque e Zé Rafael surgiu desmarcado para aproveitar e empatar, da risca da pequena área.
Depois de empurrar a pedra até o topo pela segunda vez, o Palmeiras conseguiu mantê-la lá em cima mexendo rápido e fechando a casinha, com as entradas de Naves e Fabinho. Os meninos jogaram com muita personalidade e deram muita força a nosso sistema defensivo, que segurou os ataques adversários. Vanderlan ainda teve um contra-ataque de 4 contra 2 em seus pés, mas tomou a decisão errada. As circunstâncias, no entanto, quase que nos proíbem de reclamar de qualquer coisa. O empate foi bom demais.
Foi uma prova duríssima para nossa força mental, e mais uma vez o time respondeu com galhardia. Se havia uma partida nas quais os adversários jogavam as fichas que seria a de nosso tropeço, era esta – mas fomos buscar o resultado diante de todas as adversidades.
Ainda temos três provas de fogo e para a próxima perdemos Gómez e Mayke, suspensos. Mas vai ser em nossa casa, com a força de nossa torcida – mesmo com palco atrás do gol. O adversário já está desmobilizado e qualquer tropeço justifica a perda do campeonato. É vencer ou vencer.
Felizmente, neste time podemos confiar. A pedra é pequena, mas ainda pode nos fazer tropeçar. Basta entrar com todos os cuidados necessários e se impor. Se depender das arquibancadas, não tem erro. Pra cima, em busca da décima-segunda! VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Fortaleza
Primeiro tempo
Zé Welison tocou na entrada da área para Thiago Galhardo, que não conseguiu dominar; a bola sobrou para Guilherme, que bateu de primeira, de perna direita, mas a bola saiu à esquerda de Weverton.
NA TRAVE! Guilherme tentou cruzamento rasteiro, Marcos Rocha interceptou e a bola sobrou para Caio Alexandre, que arriscou de muito longe, mas a bola explodiu no travessão de Weverton; no rebote, ela sobrou novamente para o camisa 8, que tentou nova batida, dessa vez sem perigo.
Absurdo. Bruno Pacheco deu solada muito violenta na canela de Marcos Rocha e tomou apenas cartão amarelo.
Gol do Fortaleza. Guilherme recebeu com muito espaço pelo lado esquerdo e tocou no meio para Thiago Galhardo, que bateu de primeira, de perna direita, no canto direito de Weverton.
Mayke tocou para Zé Rafael na entrada da área e o camisa 8 deu de primeira para Rapahel Veiga, que fintou com o corpo e bateu de perna direita para grande defesa de João Ricardo, que espalmou para escanteio.
Fraco, sem critério e sem pulso, André Luiz Policarpo Bento encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou para a segunda etapa sem alterações.
UFA! Em contra-ataque rápido, Tinga recebeu nas costas de Piquerez, saiu cara a cara com Weverton e bateu à direita do gol.
Entraram: Artur e Rony
Saíram: Marcos Rocha e Richard Ríos
Expulso. Após se livrar de Murilo e disparar sozinho, Calebe sairia cara a cara com Weverton, mas Gustavo Gómez chegou por trás, André Luiz Policarpo assinalou falta e mostrou cartão vermelho para o paraguaio.
Entrou: Vanderlan
Saiu: Breno Lopes
Zé Welison recebeu nas costas de Piquerez, bateu sem ângulo e deu trabalho para Weverton, que espalmou para escanteio.
GOOOOOLLLLL DO PALMEIRAS! Endrick acionou Raphael Veiga na intermediária, o camisa 23 tentou um chute de muito longe, a bola bateu em Mayke e voltou no pé dele novamente, para grande batida de perna esquerda, no canto direito de João Ricardo.
Gol do Fortaleza. Calebe tabelou com Galhardo, saiu cara a cara com Weverton e tocou rasteiro, por baixo do goleiro do Verdão.
MAIS UM SUSTO! Mayke tinha a bola dominada no meio e perdeu para Zé Welison, que disparou em velocidade, com muito espaço; Murilo chegou na marcação, a bola sobrou para Calebe, que devolveu para Zé Welison, para batida em cima da marcação de Mayke.
GOOOOOLLLLL DO PALMEIRAS! Piquerez alçou na área para Murilo, que ajeitou para Zé Rafael chegar batendo de primeira, no canto esquerdo de João Ricardo.
Entraram: Fabinho e Naves
Saíram: Raphael Veiga e Endrick
Fraco, sem critério e sem pulso, André Luiz Policarpo Bento encerrou o primeiro tempo.
No jogo contra o Bostafogo, quando acabou, eu estava muito animado com o time, mesmo depois do péssimo 1º tempo.
Nesse jogo de ontem, eu estava decepcionado, achei muitos atletas abaixo do que esperava, Mayke estava em outro planeta, irritante, Murilo péssimo, Piquerez errou tudo o q tentou, BL, meu deus, até qdo Abel vai se sentir em dívida com ele? Não aprendeu q insistir em jogador em má fase não adianta?
Espero que os próximos dois jogos nos preparem para o último que, acho, que será nossa principal pedreira nessa reta final.