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31/07/2021 - 19:00
O maior erro do Palmeiras foi não ter conseguido armar as duas linhas de marcação de forma mais compacta. A distância entre elas permitiu que o meio-campo do SPFC criasse com muita liberdade, o que gerou dois efeitos indesejados.
O primeiro, claro, a construção ofensiva do adversário, que posicionou dois jogadores velozes entre nossos zagueiros e constantemente eram acionados através do velho “facão”. Rigoni e Marquinhos, acionados constantemente por Sara, Igor Gomes e Nestor, deram trabalho para nossa defesa, que estava muito exposta.
O segundo foi a ausência completa das roubadas de bola na intermediária, que tanto nos ajudam a criar as jogadas mortais de contra-ataques. O Palmeiras esteve longe de ser o time traiçoeiro que tanto machuca as defesas adversárias.
O Palmeiras só recuperava as bolas lá atrás, e os lançamentos rápidos buscando Deyverson não funcionavam porque a transição ofensiva não acompanhava a rapidez desses lançamentos. Deyverson se esforçou para escorar as bolas, ou amortecê-las para tentar ligar com a velocidade de Wesley, mas nada aconteceu porque o Palmeiras só recuperava a bola muito atrás e não dava tempo dos avantes partirem em velocidade. Nem se todos tivessem aquele famoso foguetinho no traseiro.
Assim, o Palmeiras ficou refém de sua própria inoperância. O SPFC não fez nada de extraordinário e apenas jogou o jogo que o Palmeiras lhe propôs.
As jogadas “polêmicas” foram todas corretas. O gol de Rigoni estava claramente impedido. O pênalti foi uma evidente encenação de Marquinhos.
O lance do gol anulado no final do jogo foi mais difícil, mas basta observar que Miranda, impedido, disputa a bola com Patrick de Paula. A bola desvia levemente em nosso camisa 5, o que tira Gustavo Gómez do movimento correto – com isso, o paraguaio perde o controle da jogada e apenas resvala na bola, tirando de Weverton. Uma sequência de irregularidades que nem deveria ter existido, já que a falta que originou tudo isso sequer aconteceu.
Abel relativizou a partida ruim e valorizou o fato do time não ter sofrido gols. Mas o fato é que eles estiveram muito próximos de ter acontecido – e o mesmo não foi observado em nosso ataque. Não foi um bom jogo, absolutamente.
O lado bom de tudo isso é que o time acende a luz amarela de atenção total. É preciso buscar um melhor encaixe. Estudar muito nosso comportamento diante do adversário e entender por que não conseguimos compactar nossas linhas.
Enquanto isso, o outro lado vai centrar fogo na arbitragem e acharque está tudo certo do lado deles. Vão continuar se desgastando em outras competições e ainda precisam fugir da zona do rebaixamento. Pode não parecer, mas tudo está apenas em nossas mãos. Confiança total e VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
SPFC
Primeiro tempo
Rigoni recebeu de Igor Vinicius na direita, passou por Renan, trouxe para a perna esquerda e bateu de fora, buscando o ângulo direito de Weverton, mas errou o alvo.
Em cobrança de falta da direita, Gustavo Scarpa rolou para Raphael Veiga, que tentou a finalização do bico da área mas pegou fraco na bola, que saiu à esquerda do gol.
Renan lançou Deyverson, isolado; o camisa 16 viu Volpi adiantado e tentou o gol de cobertura, obrigando o goleiro adversário a espalmar a escanteio.
Wesley enfiou para Zé Rafael na área; na tentativa de enfiada, Igor Vinicius rebateu mal e Wesley pegou na meia-lua para chutar colocado, para mais uma defesa de Tiago Volpi.
Rodrigo Nestor lançou para Rigoni na meia direita; o argentino amorteceu no peito, entrou na área e tocou no canto direito, na saída de Weverton – o gol foi anulado por impedimento de Rigoni, corretamente.
Após lançamento na área em direção a Marquinhos, Felipe Melo falhou e Gustavo Gómez, na cobertura, teve contato com o atacante do SPFC, que se desmanchou na área. Luiz Flávio marcou pênalti, o VAR o chamou e, depois da conferência, anulou a marcação.
Rigoni passou por Renan e cruzou na área; a bola foi desviada no meio do caminho por Igor Vinicius e Reinaldo fechou no segundo pau para cabecear para o gol, mas fraco, fácil para Weverton.
Com pouco tempo de acréscimo, Luiz Flávio, salvo pelo bandeirinha e pelo VAR, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
As duas equipes voltaram sem alterações para o segundo tempo.
Gustavo Scarpa recebeu na meia de costas para o gol, girou em cima de Reinaldo e bateu rasteiro, mas a bola saiu à esquerda do gol.
Breno Lopes e Gabriel Veron entraram nos lugares de Wesley e Gustavo Scarpa.
Rigoni bateu da intermediária; Weverton fazia a defesa em dois tempos mas Gabriel Sara acabou atingindo nosso goleiro.
Weverton repôs a bola, que passou pela defesa do adversário e se ofereceu para a velocidade de Breno Lopes – o camisa 19 tentou desviar de Volpi, que cresceu e evitou o gol.
Gabriel Veron construiu o ataque pelo chão, progredindo em diagonal, e ligou com Breno Lopes, que trouxe para o pé direito e bateu forte, por cima do gol.
Reinaldo ligou com Igor Gomes, que arriscou da intermediária, com força – a bola saiu pelo alto.
Patrick de Paula entrou no lugar de Danilo; Willian no de Deyverson.
Victor Luis entrou no lugar de Raphael Veiga.
Reinaldo bateu falta (que não existiu) da direita; Gustavo Gómez errou a cabeçada e raspou na bola, tirando de Weverton e colocando a bola no canto direito. No lance, Miranda, que estava impedido, disputou com Patrick de Paula, que tocou levemente na bola e influenciou no erro de Gómez. O juiz deu gol, mas o VAR mais uma vez interferiu e corrigiu a marcação.
Luiz Flávio, que deve agradecer ao VAR por salvar sua arbitragem, encerrou o jogo.
Se não fosse pelo VAR, Luiz Flavio de Oliveira teria prejudicado o Palmeiras mais uma vez assinalando um pênalti que não existiu, e no gol que foi anulado ele inventou uma falta pro SPFC que nenhum juiz marcaria. Acho que se o VAR existisse desde 2000 pelo menos o Rogerio Ceni jamais chegaria a 100 gols, o que teve de pênalti mandraque que o Ceni fez não ta no gibi!
Um desses pênaltis mandraques foi o que nos eliminou da libertadores de 2006. Não bastassem os pênaltis, o que tiveram de gols impedidos validados naquele tri brasileiro é inacreditável! Na época do parmerista o Conrado chegou a fazer um dossiê sobre isso.
Este time é um time sem graça que só de ouvir a escalação já dá nojo. É volpi, léo pelé, sara, arboleda… Mas contra o Palmeiras eles parecem que acharam um jeito de jogar e querem jogar a qualquer custo. Abel precisa achar uma forma de dar um abafa neles na libertadores. Chuveirinho na área e contra-ataque não vai funcionar. Palmeiras têm mais time mas precisa fazer algo diferente. Quem sabe colocando três atacantes apertando os três zagueiros deles….
Estamos a 15 vitórias de mais um título.
Avanti palestra!
A suposta falta que originou o gol anulado aconteceu fora do campo. Começa por aí.