Palmeiras se pronuncia após xingamento de diretor do SPFC a Abel e estuda medidas legais

Abel Ferreira em partida pelo Palmeiras contra o SPFC, válida pela décima primeira rodada do Paulistão 2024, no Morumbis, em São Paulo-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Carlos Belmonte, do SPFC, foi flagrado chamando Abel de “português de merda” após o empate no Morumbi e Palmeiras repudia

A histeria do SPFC após o empate de ontem no Morumbi, contra o Palmeiras, por 1 a 1, não parou apenas na entrevista do seu presidente contra a arbitragem e no veto da sala de imprensa a Abel Ferreira. Em um vídeo gravado depois do jogo, Carlos Belmonte, diretor do rival, foi flagrado xingando o treinador palmeirense de “português de merda” (confira as imagens a seguir no post no X).

Na tarde desta segunda-feira, o Palmeiras emitiu um comunicado oficial repudiando as falas do profissional e afirmou que estudará “medidas legais cabíveis” contra Belmonte. A diretoria palmeirense chamou as palavras do rival de “xenófobas” e comunicou que “Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos”.

Veja o vídeo:

Confira na íntegra a nota oficial do Palmeiras:

A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo de ontem, no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.

O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.

Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.

Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Júlio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.

Reiteramos que estamos analisando as medidas judiciais cabíveis para proteger o nosso treinador e o próprio Palmeiras.

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