Abel Ferreira analisa sequência do Palmeiras e rebate imprensa: “Nunca tive nenhum problema com nenhum jogador”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Internacional, durante partida válida pela vigésima primeira rodada do Brasileirão 2024, no Beira-Rio.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel Ferreira fez longo discurso, falando sobre a relação com o grupo e os problemas que acarretaram na sequência ruim de jogos

Abel Ferreira utilizou a entrevista coletiva após o empate em 1 a 1 com o Internacional para fazer um longo discurso sobre a sequência de jogos do Palmeiras e esclareceu sua relação com os jogadores. Nos últimos dias, foi noticiado que haviam rusgas entre o treinador e os jogadores, algo que ele rebateu prontamente.

“Eu enquanto treinador confio nos jogadores, nas lideranças que temos dentro. Disse aos nossos jogadores para tomar cuidado porque o jornalismo oportunista vem neste período. Nunca tive nenhum problema com nenhum jogador, porque eu os trato como trato a minha família, falo olhos nos olhos. Dentro do CT que está a nossa força. Também conto com a nossa torcida, é para eles que vamos lutar pelos títulos, como estamos fazendo em todos os anos. Todos gostam de ganhar, mas não há ninguém que gosta mais de ganhar do que eu”, disse.

“Já disse que dentro do Palmeiras cada um sabe a sua função e a minha, que tenho todas as informações, é escolher quem vai jogar. Quem sabe das informações sou eu, não são os jornalistas ou os oportunistas. A minha função é esta, para aqueles que são distraídos, mal intencionados ou oportunistas, e têm inveja do Palmeiras. São nesses períodos que temos que ver quem está do nosso lado. A força tem que vir de dentro”, complementou.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Internacional, durante partida válida pela vigésima primeira rodada do Brasileirão 2024, no Beira-Rio.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Sobre os últimos resultados negativos, Abel apontou as lesões e as mudanças de peças no elenco como fatores preponderantes.

“A gente sabia que vínhamos de um mau momento. Derrotas seguidas, algo que a gente não estava acostumado. Mas, na nossa vida e no futebol não há somente alegrias, há também frustações. E são nesses momentos que vemos quem está com a gente. Dentro do CT, todos somos um em todos os momentos. Falei várias vezes com os jogadores, ao longo desse período difícil, que faz parte. Não conheço equipes que só vençam, treinadores que só ganham e jogadores que só jogam bem. Chegou nosso momento de sofrer”, disse.

“Tivemos algumas saídas, chegadas… e isso requer adaptações. Alguns jogadores que, infelizmente, baixaram de rendimento, inclusive na questão emocional. Este mês muitos jogadores foram procurados por times estrangeiros e isso mexeu com eles, não há como não mexer, foram propostas absurdas. Mais do que isso, também tivemos muitas lesões neste período. Sabemos que o Dudu ainda não está em forma, vem de uma lesão gravíssima. O Estêvão também está machucado, o Murilo lesionou, recuperou e voltou a se lesionar… e também tem o Piquerez, que não joga mais este ano. O Veiga vem jogando muitas vezes, o teve problemas físicos e, além disso, tem o Mayke, que também está sofrendo. Muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo”, continuou.

“Assumo a minha responsabilidade, porque neste contexto uma ou outra decisão não foi a melhor. Só tenho a lamentar. No segundo tempo [do jogo contra o Inter], ficou a imagem daquilo que nós acreditamos”, finalizou.

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– Pressão por resultados

“A pressão psicológica no Brasil é um absurdo. Aqui inventam as coisas, criam-se notícias, só para gerar notícia. É um jornalismo raso e baixo. Parece que cheguei no Brasil há quatro dias, eu estou há quatro anos. Não preciso que falem bem de mim, só peço respeito. Não sou perfeito, mas venho ganhando mais do que perdendo. Darei sempre a cara para defender meus jogadores. Muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo, o que acarretou na nossa fase. Neste ano, será contra tudo e contra todos”.

– Estratégia para enfrentar o Internacional

“Olhamos para os jogadores que tínhamos disponíveis. Não tínhamos alguns importantes. O Vanderlan gosta de jogar com linha de três atrás e ele nos traz profundidade, esteve bem no jogo. O Vitor tem sido um elemento importantíssimo na nossa linha defensiva, ele tem sido o nosso líder para deixar nossa equipe compactada. Baixamos o Veiga para dar um pouco mais de criatividade ao nosso meio-campo, algo que faltou nos últimos jogos, e deixamos o Maurício para atuar entrelinhas. O Lázaro tem essa capacidade de atuar mais à frente e ganhar a costa dos nossos adversários. Na segunda parte fizemos as mudanças para deixar nosso time mais agudo e para tentar furar a defesa do adversário”.

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