Uruguai: um futebol de fracos e covardes

Felipe Melo
REUTERS/Andres Stapff

Quando Enrique Cáceres apitou o fim do jogo de ontem entre Peñarol e Palmeiras, qualquer torcedor mais experiente começou a desejar que a câmera abrisse porque sabia que o pau ia começar. É tradicional, histórico: jogadores do Uruguai não sabem perder, sobretudo para brasileiros, e quando estão em casa sempre apelam.

O que já é natural ficou mais exaltado ainda diante da forma como o jogo entre as duas equipes tinha acabado duas semanas antes; a imprensa uruguaia tratou de colocar pilha e a diretoria do Palmeiras, já prevendo problemas, se precaveu muito bem, destacando um efetivo reforçado de seguranças.

Começou a treta


Quando a confusão começou, o alvo preferido foi Felipe Melo – certamente reflexo de sua declaração na entrevista de apresentação, quando disse que, se precisasse, daria tapa na cara de uruguaio, mas com responsabilidade. Acuado, Felipe deu uma muquetaça em Mier, o reserva de colete que não teve peito para fazer o que ameaçava, enquanto ia sendo encurralado por três uruguaios – um deles, Junior Arias, chegou a pegar a bandeirinha de escanteio de forma ameaçadora.

Outro que só agitou foi o zagueiro Quintana, que ficou apontando dedo à meia distância o tempo todo, mas quando teve a chance de ir pra cima, guardou o espaço e ficou só apontando o dedo mesmo.

Portão foi aberto na marra para que os jogadores do Palmeiras deixassem o gramado
Reprodução – FOX Sports

Em condições de treta absoluta, nosso time se conduziu à passagem que dá acesso aos vestiários, quando foi surpreendido: o portão havia sido fechado pelos covardes funcionários do estádio, para que nossos jogadores ficassem encurralados. Foi então que nosso corpo de seguranças agiu rápido e abriu o portão na marra, liberando nossos jogadores.

Alguns mostraram sinais de agressões, como Willian Bigode e Fernando Prass, mas nada sério. Ao final, nossos jogadores puderam comemorar a lindíssima vitória conquistada na bola, com o orgulho de terem se defendido com muita honradez da covardia uruguaia.

Histórico

O Uruguai já foi um país importante no futebol; ganharam a Copa de 1950 jogando bola num Maracanã lotado e conquistaram o respeito da comunidade futebolística mundial – respeito que foi caindo ano a ano a partir da década de 60, quando os times uruguaios passaram a apelar constantemente em seus jogos. Quando o Nacional veio jogar contra o Palmeiras em 1971, no Pacaembu, os relatos dos mais velhos dão conta que eles não desceram para o vestiário para descansar – ao contrário, pareciam tão dopados que não conseguiam parar de dar piques mesmo no intervalo.

Foi essa postura que fez com que os times europeus desprezassem a Copa Intercontinental por vários anos na década de 70; ninguém queria expor seus jogadores a terem as canelas partidas por uruguaios (ou argentinos, que mesmo em menor escala, faziam o mesmo jogo).

Com o avanço tecnológico, câmeras de replay e exames antidoping se proliferaram, e com isso o jogo uruguaio minguou – ao contrário dos argentinos, que permaneceram fortes, porque ao menos sabem jogar bola. O Uruguai, no futebol, é hoje um país pequeno, pequeno, pequeno, pequeno, como diria o Mattos. Basta verificar a evolução das conquistas do futebol do país com o passar dos anos.

Quando estão ganhando, não jogam; covardemente evitam que a bola corra para o relógio andar mais rápido. Quando estão perdendo, por serem fracos, não tem a menor capacidade de se impor na bola para buscar o resultado. E quando o jogo acaba e eles não gostam do resultado, mostram mais covardia ainda armando emboscadas e tentando aliviar as frustrações saindo na mão.

Desta vez deu ruim pra eles: pegaram pela frente o Palmeiras. Apanharam na bola, e viram que na mão também não dava, mesmo em casa e com artimanhas torpes. O Peñarol merece estar passando por tudo isto, e o Uruguai merece ter um timinho como o Peñarol como seu maior representante. Chupem, malditos.

HEROIS – Corpo de seguranças que protegeu nossos atletas e comissão técnica em Montevideo