Libertadores da América 2001

Libertadores da América 2001

O Palmeiras iniciou a disputa da Libertadores de 2001 após uma troca de comando técnico. O time havia iniciado a temporada muito mal, sob o comando do já desgastado Marco Aurélio, e a diretoria contratou Celso Roth numa tentativa de emular Felipão.

Na fase de grupos, o Verdão foi o líder de seu grupo, que ainda tinha Cerro Porteño-PAR, Universidad de Chile e Sport Boys-PER e só não terminou no primeiro lugar geral porque o Vasco gabaritou sua chave.

No mata-mata, o time já estava fora do Paulistão e conseguiu focar apenas na disputa continental. O primeiro desafio, nas oitavas, foi contra o São Caetano. Na partida de ida, o lado esquerdo ficou muito confuso com a escalação de Felipe embolando com o menino Tupã, e o time do ABC venceu por 1 a 0. Celso Roth começou a perder o grupo quando detonou o garoto nas entrevistas após o jogo.

No jogo da volta, o time do ABC estava levando a vaga até os 37 do segundo tempo, quando Muñoz driblou dois adversários dentro da área e fez um golaço, levando a decisão para os pênaltis. Serginho, do São Caetano, bateu muito para fora na terceira cobrança e o Verdão avançou, fazendo os cinco gols.

Nas quartas-de-final o adversário foi o Cruzeiro, treinado por Felipão. O Verdão saiu na frente no primeiro jogo, com gol de Lopes, mas o Cruzeiro virou ainda no primeiro tempo, com um gol impedido, após a expulsão de Magrão. No segundo tempo, Lopes empatou de novo num golaço. Jorge Wagner fez o terceiro de falta, mas após a expulsão de Geovanni, o Palmeiras conseguiu o empate aos 45, em mais um golaço do Tigrão.

A partida da volta não foi menos emocionante. Alessandro abriu o placar logo aos 6 minutos. Alex sofreu pênalti pouco depois; ele mesmo bateu, mas a bola foi na trave. No segundo tempo, Arce empatou de falta aos seis minutos. Cris desempatou de cabeça aos 15, mas Alexandre, aos 40, aproveitando falta batida por Arce, empatou de novo e a decisão foi mesmo para os pênaltis.

Foi uma decisão de arrebentar. Alex, Galeano e Felipe erraram suas cobranças; Marcos pegou as batidas de Luisão e Ricardinho. Jackson foi para a quinta cobrança e poderia ter definido, mas a perna tremeu e a bola subiu muito. Arce recolocou o Palmeiras na disputa, que foi para as chamadas alternadas. Na sétima série, Marcos pegou a cobrança de Marcos Paulo e Muñoz colocou o Verdão nas semifinais.

O adversário, mais uma vez, foi o Boca Juniors, que havia nos vencido na final do ano anterior. No jogo de ida, na Bombonera, vimos um dos maiores roubos da História do futebol: o paraguaio Ubaldo Aquino assaltou o Palmeiras com uma arbitragem criminosa, anulando gol legítimo, ignorando pênalti claro a nosso favor, expulsando jogador palmeirense injustamente e inventando pênalti para os argentinos. Mesmo assim, o Palmeiras trouxe um bom 2 a 2 para o Palestra.

No jogo da volta, brilhou a estrela de Juan Riquelme. O craque argentino desfilou categoria no Palestra e com 17 minutos o jogo estava 2 a 0 para o Boca. Fábio Júnior diminuiu aos 36 e o Palmeiras já tinha o controle do jogo – a reação só foi interrompida porque, num gol (corretamente) anulado do Palmeiras, um torcedor invadiu o gramado e agrediu o bandeirinha, esfriando o jogo.

O Verdão empatou no segundo tempo, mas não conseguiu a virada e mais uma vez a decisão foi para a marca da cal. Com toda a complacência da arbitragem, que a exemplo do ano anterior permitiu que o goleiro Córdoba se adiantasse muito em todas as batidas, os argentinos levaram a melhor e foram à final, contra o Cruz Azul, do México.

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