Contratados em outubro do ano passado, Abel e seus auxiliares conquistaram dois títulos e chegaram a seis finais
O jogo do Palmeiras contra o Atlético-GO, que ocorreu na noite de ontem no Allianz Parque, foi especial para a comissão técnica comandada por Abel Ferreira. Além da grande vitória (4 a 0), o duelo representou o centésimo jogo do treinador e seus auxiliares no clube.
Composto por Abel, João Martins, Vitor Castanheira, Carlos Martinho e Tiago Costa, a comissão técnica de portugueses chegou ao Verdão no final de outubro do ano passado. Até o momento, são 54 vitórias, 22 empates e 24 derrotas (61,3% de aproveitamento), com 159 gols marcados e 87 sofridos.
Por conta de algumas suspensões e também por ter contraído a Covid-19, Abel esteve à beira do gramado em 89 dos 100 jogos. Quando não pôde dirigir o Palmeiras, o comandante foi substituído em nove oportunidades por João Martins e outras duas vezes por Vitor Castanheira.
Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil do ano passado, a equipe técnica tem ainda três vice-campeonatos (Recopa Sul-Americana, Supercopa e Campeonato Paulista) e levou o Verdão a outra final de Libertadores, que será disputada no dia 27 deste mês, contra o Flamengo, em Montevidéu.
O maior goleador da “Era Abel Ferreira” é o meia Raphael Veiga, com 27 gols anotados. Vivendo uma ótima fase, o camisa 23 é o principal goleador do Palmeiras na temporada (17 gols) e também briga pela artilharia do Campeonato Brasileiro (fez 10 e está a dois de Gilberto e Hulk, os líderes).
Já o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Palmeiras desde a chegada deles é Gustavo Scarpa, com 80 jogos.
Abel comenta feito alcançado
Na entrevista coletiva após a goleada sobre o Atlético-GO, Abel foi perguntado sobre os 100 jogos à frente do clube.
“É muito intenso. Falo muito da parte psicológica dos atletas, mas eu também tenho que trabalhar. Vamos entrar em uma série de jogos muito dura. Já passamos por uma série assim no início da temporada, inclusive jogamos a Supercopa entre os dois jogos da Recopa. Ninguém fala disso, mas eu não esqueço. No futebol as pessoas têm memória curta, mas eu não”, começou.
“É muito bom fazer 100 jogos. Nos dá experiências, cascas. Sou muito melhor treinador hoje do que no início, e isso é responsabilidade dos jogadores. São eles que fazem de mim um técnico melhor. Gostei de fazer 100 jogos em um jogo como o de hoje. É fruto de um trabalho coletivo (direção, profissionais e jogadores), não só do treinador. O clube possui funcionários que facilitam o nosso trabalho (jogadores e comissão técnica). Tem sido um ano de emoções. É uma honra enorme servir ao clube e aos jogadores”, finalizou.
A última vez que o Palmeiras teve um técnico e seus auxiliares que chegaram a 100 jogos foi com Gilson Kleina, entre os anos de 2012 a 2014.
100 jogos em um ano de clube. Quando eu leio isso, vejo que para sobreviver no futebol brasileiro o cara tem que ser louco, e muito resiliente.