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09/08/2023 - 21:30
O Palmeiras segurou o empate com o Atlético-MG esta noite no Allianz Parque e conseguiu a classificação para as quartas-de-final da Libertadores da América. As partidas contra o Deportivo Pereira-COL acontecerão nas semanas dos dias 23 e 30 ainda deste mês – o Verdão terá o mando do jogo da volta.
Com a vantagem construída em Belo Horizonte, o Verdão teve sempre a melhor postura em todos os momentos do jogo, agredindo no início para tentar dobrar a vantagem e não permitindo que o Atlético ameaçasse o gol de Weverton. No segundo tempo, dosou as ações defensivas e ofensivas, garantindo o resultado sem sofrer muitos sustos – o que é um enorme mérito diante da qualidade do adversário e, principalmente, da envergadura de seu treinador.
Com Raphael Veiga sendo marcado individualmente por Otávio, coube a Artur e Dudu se movimentarem, com o apoio dos volantes, para que o Verdão ameaçasse o gol de Everson. E as jogadas que realmente ofereciam perigo eram os cruzamentos por trás dos zagueiros, buscando os espaços vazios, para que nossos baixinhos da frente atacassem a bola para tentar tirar do goleiro. E por várias oportunidades o gol esteve maduro nesse tipo de jogada, ou com boas tentativas nos rebotes.
Artur teve pelo menos três chances de gol claras e desperdiçou todas. O volume de jogo do Palmeiras foi massacrante, a despeito do equilíbrio na posse. O Verdão sabia exatamente o que fazer com e sem a bola.
Mesmo com domínio absoluto, o Palmeiras não conseguiu aumentar a vantagem no primeiro tempo e teve que lidar com duas boas mudanças de Felipão: Igor Gomes e Patrick entraram nos lugares de Hyoran, perdido no meio de nossos zagueiros, e Pavón. Com isso, o time mineiro passou a ter uma ligação mais eficiente no meio-campo; Paulinho passou da esquerda para a direita e o Atlético, passo a passo, ia tentando empurrar o Verdão para dentro da área.
A tática de Felipão, uma raposa felpuda, tinha boas chances de dar certo. Mas Zé Rafael, que já havia sido um dos destaques do primeiro tempo, seguiu implacável na marcação no meio-campo e o Atlético, embora tenha conquistado território, não conseguiu imprimir o sufoco desejado, já que o Palmeiras se mantinha muito bem armado para os contragolpes e assustava Everson.
Como sempre acontece nos 15 minutos finais de um mata-mata com um gol de diferença, o jogo ficou muito tenso, com disputas extremamente físicas e com os dois times se aproximando dos goleiros adversários – o Galo, tomando a iniciativa, e o Palmeiras, mortalmente armado para a jogada veloz.
Tudo indicava que o placar não terminaria em branco – ou o Atlético chegaria ao empate que levaria a disputa para a marca da cal, ou o Verdão finalizaria o confronto num contra-ataque. Por “culpa” do Palmeiras, que foi muito bem defensivamente e não teve eficácia no ataque, não aconteceu nem uma coisa, nem outra.
No final, a classificação fez toda a justiça ao que os dois times fizeram nos 180 minutos. A maturidade mostrada pelo Palmeiras renova a confiança de nossa torcida e intensifica o respeito/medo dos rivais. Na Libertadores, enfrentar o Verdão é um pesadelo.
Depois de dois jogos pelo Brasileirão (Cruzeiro e Cuiabá), o Verdão irá à Colômbia enfrentar o Deportivo Pereira, em duelo inédito, para uma semana depois receber o adversário no Allianz como franco favorito para passar às semifinais.
É incrível, mas mesmo com todos os problemas de gestão de elenco, o protagonista Palmeiras segue assombrando o continente e mostrando sua força nas partidas realmente grandes. Seguimos desfrutando, para desespero de quem vê tudo ruim. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Atlético
Primeiro tempo
O início da partida foi retardado para o atendimento ao auxiliar Juan Belatti, que estava passando mal. A equipe médica do Palmeiras prestou atendimento ao bandeira.
O bandeirinha não tinha condições de atuar e foi substituído pelo auxiliar Pablo Echavarria.
Em jogada ensaiada no escanteio, Dudu cruzou do lado esquerdo do ataque e encontrou Gómez no segundo pau; o paraguaio cabeceou com força e deu trabalho a Everson; no rebote, Artur limpou a marcação e bateu de esquerda, com curva e a bola passou raspando na trave.
Dudu recebeu pela esquerda, dentro da área, cortou para o meio e bateu forte, com perigo; Everson defendeu em dois tempos.
Hulk tocou a bola atrás para Hyoran; na entrada da área, o meia ajeitou para a perna direita e arriscou o chute; a bola desviou em Mayke, subiu e saiu em escanteio, pelo lado esquerdo de Weverton.
Piquerez acertou belo passe para Rony dentro da área; o atacante driblou o marcador e cruzou para Dudu, mas o passe foi interceptado por Jemerson; erroneamente, o juiz acusou tiro de meta.
Do meio de campo, Dudu acertou belo passe longo e rasteiro em profundidade para Artur; com espaço, ele cortou para a perna esquerda e bateu para o gol, mas Everson agarrou com facilidade.
Em pressão na saída de bola, Zé Rafael interceptou passe e encontrou Gabriel Menino, pelo lado direito do ataque; Menino bateu cruzado, de perna direita, e Everson fez boa defesa.
Perdido em campo, Fernando Rapallini encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou do vestiário sem alterações.
Zé Rafael carregou em velocidade pelo meio e abriu para Rony, no lado direito do ataque; com espaço, o atacante fez cruzamento rasteiro perigoso; Veiga se esticou para alcançar, mas não conseguiu e a bola saiu pela linha de fundo.
Dudu lançou Raphael Veiga em profundidade, pelo lado esquerdo; Veiga fez passe forte, que cruzou a área e chegou em Artur; com espaço, ele pegou mal na bola e ela saiu em tiro de meta.
Veiga cobrou escanteio do lado esquerdo do ataque, cruzando para Gómez no segundo pau; com liberdade, o paraguaio cabeceou com força, mas Everson fez boa defesa.
Edenilson fez bom passe em profundidade para Paulinho, que saiu cara a cara com Weverton, driblou o goleiro e bateu rasteiro na rede pelo lado de fora, na melhor chance do Atlético no jogo.
Em falta pelo lado direito do ataque, próxima à entrada da área, Piquerez bateu firme, por cima da barreira; a bola foi próxima ao ângulo de Everson, que conseguiu leve desvio; ela pegou no travessão, subiu e ficou com o goleiro.
Entraram: Richard Ríos e John John
Saíram: Zé Rafael e Dudu
Entrou: Fabinho
Saiu: Raphael Veiga
Em contra-ataque, Artur recebeu pela direita, cortou para o meio e tocou para Rony; da entrada da área, o camisa 10 tentou a finalização, mas ela explodiu em defensor atleticano e saiu em escanteio.
Fernando Rapallini encerrou a partida
Num jogo de tal magnitude, não se pode perder gols, más, aconteceu. Precisamos de um centro avante de profissão. Bolas cruzadas na área adversária, foram aos montes, más cadê o centro avante? aquele que tem faro? É isso.