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20/07/2019 - 19:00
O Palmeiras não jogou bem, mas fazia o suficiente para vencer o Ceará. Mas o futebol aprontou das suas, com dois lances fortuitos do Ceará, que somados aos “erros” grosseiros do juiz, com VAR e tudo, e às cobranças diante da desclassificação na Copa do Brasil, desestabilizaram completamente o time do Palmeiras.
Felipão pode até dizer de novo que “ninguém morreu”, a fim de tentar proteger o elenco, mas é fato que o time está enfrentando a pior oscilação do ano e precisa reagir – até porque, o próximo jogo é pelo mata-mata da Libertadores e ninguém quer lembrar desta competição como aquela em que fomos eliminados pelo Godoy Cruz.
Nosso time tem todas as condições de reverter esta tendência com boas vitórias sobre o time argentino e também sobre o Vasco, daqui a uma semana, em casa. Mas isso passa por uma conversa muito séria no hotel entre o comando e os atletas, a fim de aparar as arestas, entender o que vem falhando e recolocar o time no prumo. Afinal, duas semanas não podem anular o semestre espetacular que este grupo fez. Temos muita coisas a conquistar este ano ainda. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Ceará
Primeiro tempo
Felipão deu all-in: apostou numa boa vitória em Fortaleza para tirar a pressão do elenco, sobretudo após os incidentes registrados no hotel, em Fortaleza, quando houve fortes cobranças de um grupo de torcedores. Para isso, em vez de manter o esperado rodízio de atletas, mandou a campo o que tinha de melhor, inclusive sacando Lucas Lima para a entrada de Gustavo Scarpa, pela direita – Dudu jogou por dentro.
Gustavo Scarpa recebeu na direita e cruzou; Deyverson testou para o gol e obrigou Diogo Silva a fazer uma boa defesa.
Dudu bateu falta na área; Zé Rafael apareceu livre e testou firme no canto esquerdo, para excelente intervenção de Diogo Silva.
Luan bateu falta frontal, de média distância; a bola amorteceu na barreira e ficou fácil para Diogo Silva.
Após falta grosseira sobre Dudu, Luan bateu nova falta, desta vez de uma distância um pouco maior; a bola pegou um pouco mais de altura e saiu por cima do travessão, mas levou perigo.
Depois de forte pressão do Palmeiras, os jogadores diminuíram um pouco o ritmo, a fim de dosar o esforço físico.
Gustavo Scarpa recebeu de Diogo Barbosa na esquerda e cruzou por baixo; Deyverson tentou escorar mas a zaga aliviou; a bola sobrou para Diogo Barbosa, que bateu firme, de direita, mas Luiz Otávio, caído, bloqueou o chute.
Gol do Ceará – Na primeira descida do time da casa, que começou com falta clara de Samuel Xavier sobre Deyverson no meio do campo, Mateus Gonçalves recebeu na direita e, sem espaço, foi conduzindo para a esquerda, cercado pela linha defensiva do Palmeiras, bem postada; sem alternativas, ele soltou para João Lucas, que bateu com pouco ângulo; a bola seria fácil para Weverton, mas Luan rebateu e a bola caiu nos pés de Mateus Gonçalves, que emendou um chute de rara felicidade, na caçapa do canto. Se fosse mais aberto, iria para fora; mais para dentro, Weverton defenderia.
O VAR foi acionado e a falta sobre Deyverson na origem do lance foi clara; Rodrigo D’Alonso Ferreira, mesmo com o vídeo à disposição, validou o gol, prejudicando demais o Palmeiras.
Marcos Rocha foi lançado por Felipe Melo e cruzou rasteiro; Deyverson desta vez fez o certo: amorteceu e girou rápido, mas foi travado por Valdo.
Ricardinho bateu falta venenosa, obrigando Weverton a cair no cantinho para fazer boa defesa.
O mal intencionado Rodrigo D’Alonso Ferreira terminou o primeiro tempo apenas com os acréscimos da interrupção do VAR que nos roubou.
Segundo tempo
Felipão voltou com William no lugar de Gustavo Scarpa.
Depois de um início travado, o Palmeiras achou o caminho do ataque passou a sufocar o time do Ceará, principalmente pelo lado direito da defesa. Deyverson teve dois lances de perigo dentro da área do time da casa, mas acabou desarmado antes da finalização.
Diogo Barbosa foi lançado mais uma vez nas costas de Samuel Xavier, centrou, e Deyverson finalizou para fora, assustando Diogo Silva.
Felipão fez a segunda mexida, trocando Zé Raphael por Raphael Veiga, que jogou por dentro, com Dudu caindo pela beirada.
Marcos Rocha cobrou lateral na área; Deyverson conseguiu o desvio de costas para o gol; o goleiro ficou batido mas a bola passou lambendo o travessão.
Dudu tentou arremate de fora, mas a bola desviou em escanteio. O gol estava maduro, mas teimava em não sair.
Depois de escanteio da esquerda, a zaga rechaçou e Diogo Barbosa pegou o rebote, de fora, e soltou a sapata; Diogo Silva bateu roupa mas conseguiu agarrar firme na segunda bola.
Marcos Rocha foi ao fundo e cruzou por baixo; Deyverson se preparava para finalizar, de frente, mas Luiz Otávio cortou com o braço, ao se atirar na bola. Pênalti claro e indiscutível, já que o braço do zagueiro não estava apoiando no chão nem colado ao corpo. Mas ao consultar o VAR, o árbitro viu a chance de anular a marcação e mais uma vez prejudicou o Palmeiras num lance decisivo.
Ramires foi a campo, em sua estreia no Verdão, no lugar de Dudu.
Gol do Ceará – Diogo Silva cobrou impedimento com força; Felipe Melo, afobado, tentou rebater de cabeça mas errou o movimento, apenas desviando a trajetória da bola e tirando toda a defesa do Palmeiras do lance; a bola ficou à mercê de Leandro Carvalho, que aproveitou a bola pingando e encobriu Weverton, que saiu vendido.
A anulação do pênalti e o gol logo na sequência quebraram o emocional dos jogadores do Palmeiras. Nossos jogadores deixaram de jogar bola para entrar em disputas de macheza bobas. Todos os lances eram precipitados, apressados, mal executados. O jogo acabou.
Após escanteio, a zaga tirou na primeira, mas Marcos Rocha jogou de volta na área, no segundo pau; Luan dominou mal e demorou para finalizar, sendo desarmado e desperdiçando um bom lance por puro nervosismo.
Felipe Melo jogou na área num chute de três dedos; Diogo Brbosa escorou de cabeça para dentro e Bruno Henrique, na linha da pequena área, tinha tudo para matar a bola e encher a rede do Ceará, mas errou o domínio e perdeu o lance. Mais uma vez, os nervos.
Ricardinho bateu falta com perigo, mas Weverton defendeu.
Felipe Melo avançou pelo meio e resolveu decidir sozinho – bateu forte, com muito perigo, mas a bola saiu por cima. A melhor escolha, claramente, era trabalhar a jogada, mas a ansiedade não permitiu.
O juiz mais ladrão do ano até agora terminou o jogo aos 50 minutos.