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25/06/2023 - 16:00
O Palmeiras foi derrotado pelo Botafogo no Allianz Parque e caiu para a quarta colocação na classificação geral do Brasileirão. O resultado aumentou a diferença para o time carioca para oito pontos e, com dois tropeços em sequência, a situação no Brasileirão começa a ficar difícil.
A derrota veio numa partida em que o Palmeiras, se não jogou seu melhor futebol, ainda assim foi muito superior ao adversário; teve um gol anulado por milímetros e desperdiçou um pênalti. A falta de eficácia cobrou seu preço.
Não foram apenas os erros por falta de precisão, entretanto, os fatores que decidiram a sorte do jogo. O Palmeiras poderia ter sido muito mais presente na área adversária se tivesse criado no Allianz Parque aquela atmosfera impositiva já vista tantas vezes. Desta vez o estádio parecia sem bateria. O time não engajou a torcida. A torcida não empurrou o time. A mágica não aconteceu.
Destaques do time, Raphael Veiga e Rony pareciam com a cabeça ainda em “outro lugar”. Dudu e Artur estiveram longe de suas melhores formas. E até Zé Rafael, sempre uma referência no meio-campo, parecia estar com o chamado freio de mão puxado.
Substituto do suspenso Gabriel Menino, Richard Ríos sentiu a falta de entrosamento. Seu estilo de passes curtos e rápidos parecia não funcionar com um time mais espaçado. O colombiano sentiu a falta de um grupo mais compacto e seu jogo não fluiu. Obviamente, ele é quem tem que se adaptar ao time, e não o contrário.
Mesmo com tudo isso o Palmeiras foi superior ao Botafogo e teve volume suficiente para abrir o placar. Lucas Perri, talvez o melhor goleiro do campeonato, fez boas defesas e o Botafogo contou com bastante sorte para abrir o placar, já que o gol de Tiquinho Soares saiu num lance em que a bola sofreu desvios fundamentais em Piquerez e em Mayke.
Sorte que faltou ao Palmeiras no lance do gol de Gustavo Gómez, corretamente anulado pelo VAR por impedimento. Foi por muito pouco.
No segundo tempo, quando se esperava que o Palmeiras amassasse o Botafogo, o ritmo diminuiu. A entrada de Flaco López deixou o time mais ofensivo, mas a organização deixou a desejar. O risco de ficar exposto e sofrer contra-ataques era previsto – o que de fato aconteceu; só não tomamos o segundo por detalhes em duas descidas rápidas desperdiçadas por Victor Sá e Luís Henrique. Mas apesar da maior presença ofensiva, nossos ataques pareciam desordenados, com movimentações aleatórias e cruzamentos de qualquer jeito, muito distantes do time coordenado que nos acostumamos a ver.
Ainda assim, aos 34 minutos, Flaco López sofreu pênalti e o Palmeiras teve a chance de igualar o placar com quase 20 minutos ainda por jogar, o que certamente daria outra atmosfera à partida. Raphael Veiga, no entanto, desperdiçou a chance da virada ao fazer a cobrança para fora.
As entradas de Luis Guilherme, Endrick e Jhon Jhon deixaram o time mais leve. O camisa 31 entrou realmente imbuído, mas a falta de experiência ainda se faz presente – o que é natural num atleta de 17 anos. Apesar de algumas precipitações, foi a boa notícia da partida: já não pode ser tratado como promessa; o garoto é uma realidade que só precisa de tempo em campo para naturalmente confirmar toda a expectativa criada.
Anderson Daronco apitou daquele jeito: com experiência, foi correto nos lances capitais e não cometeu nenhum erro grosseiro, mas foi nos pequenos lances que conduziu a partida irritando nossos jogadores, banco e torcida, marcando todas as faltinhas a favor do adversário e nos sonegando as faltas cometidas pelos cariocas, que ao estilo consagrado pelo Atlético-MG, fez um jogo bastante físico no meio do campo. Tchê Tchê cometeu falta forte logo depois de ter recebido cartão amarelo e Daronco fingiu que não viu. Luis Castro percebeu e o substituiu preventivamente logo no intervalo.
O campeonato ficou complicado em apenas quatro dias. A desastrosa sequência precisa ser anulada com a mesma combinação, só que invertida: precisamos vencer partidas que contávamos como tropeços, e o Botafogo precisa perder pontos em partidas consideradas fáceis. Quando precisamos que eventos pouco prováveis aconteçam, é porque complicou.
O que ainda pode nos manter esperançosos é que tudo isto aconteceu no fechamento da rodada 12 e temos ainda bastante tempo para que essas surpresas aconteçam. Sem margem de erro, o que aumenta a pressão.
Mais do que nunca, é hora de cabeça fria e coração quente para sair desta oscilação mais fortes ainda. Grandes times, em temporadas vencedoras, passaram por momentos como este e foi exatamente ao sair deles que arrancaram para as conquistas. Isto não é uma crise, é uma grande oportunidade. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Botafogo-RJ
Primeiro tempo
Dudu deu de calcanhar para a passagem de Piquerez, que cruzou na risca da pequena área; Rony tentou escorar de peixinho, mas errou – era melhor ter tentado de carrinho mesmo.
Raphael Veiga fez excelente lançamento para Rony, que saiu de Victor Cuesta, entrou na área e bateu cruzado – a bola saiu à direita de Lucas Perri. O bandeira deu impedimento de Rony no lance.
Raphael Veiga Suspendeu falta da meia esquerda na área; Gustavo Gómez testou e a bola saiu mais uma vez à direita do gol, com perigo.
Gol do Botafogo – Após falta da direita, Gustavo Gómez rebateu mas a bola bateu nas costas de Piquerez; Zé Rafael tentou afastar mas a bola ficou com Tiquinho Soares, que limpou o camisa 8 e bateu rasteiro – a bola resvalou em Mayke e saiu de Weverton, morrendo no canto esquerdo.
Artur fez a jogada pela ponta direita e cruzou por baixo; Veiga fechou como um centroavante e escorou – Lucas Perri defendeu parcialmente e Adryelson afastou antes que Rony chegasse para conferir.
Depois de falta, a zaga afastou, Zé Rafael ganhou o rebote e acionou Richard Ríos, que levantou novamente; Gustavo Gómez fechou no segundo pau e colocou no fundo da rede, mas o VAR acusou impedimento.
Dudu fez jogada individual na esquerda e acionou Veiga na meia-lua; o camisa 23 fez o corta-luz e a bola chegou em Artur, que pegou de primeira mas bateu no meio do gol, em cima de Lucas Perri.
Anderson Daronco, que teve critérios duvidosos e irritou nosso banco e nossa torcida, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou sem alterações dos vestiários.
Entrou: Flaco López
Saiu: Richard Ríos
Em contra-ataque mortal, a bola ficou com Eduardo, que serviu Victor Sá, livre, de frente com Weverton, mas a conclusão saiu à esquerda do gol.
Artur cruzou da direita buscando Rony; a bola passou pelo camisa 10 e entraria no canto direito, mas Lucas Perri se esticou todo e conseguiu desviar para escanteio.
Jogando nas costas de Piquerez, Luís Henrique foi lançado em contra-ataque, entrou na área e bateu cruzado; Weverton pegou firme, com dificuldades.
Entraram: Bruno Tabata e Luis Guilherme
Saíram: Dudu e Artur
Luis Guilherme ganhou disputa com Cuesta e a bola sobrou para Rony, que emendou para o gol – Perri fechou o ângulo e a bola saiu a escanteio.
Luan cruzou na área; Di Plácido empurrou Flaco López claramente: pênalti que a arbitragem confirmou. Raphael Veiga bateu no canto direito, mas tirou demais e a bola saiu.
Luis Guilherme fez grande jogada pela direita e cruzou rasteiro; Bruno Tabata bateu no contrapé de Lucas Perri mas Danilo Barbosa se atirou na bola e salvou o Botafogo.
Entraram: Endrick e Jhon Jhon
Saíram: Mayke e Raphael Veiga
Luis Guilherme fez jogada individual pela direita, abriu o espaço e bateu de canhota, por cima do gol.
Anderson Daronco encerrou a partida.
Com as falhas no elenco e os constantes e seguidos roubos da CBF no Brasileirão (afanados contra Bragantino, Atlético, Bahia e Botafogo) e acreditando que a diretoria do Palmeiras não vai cometer “nenhum absurdo” para contratar algum craque, acho que deveríamos esquecer o Brsileiro e nos concentrarmos apenas nas Copas. Hora de poupar os insubstituíveis e treinar os garotos.
É nítido o escancaramento dos Arbitros e VAR errando contra o Palmeiras. Já não aguento mais isso, sempre que é por milimetros, preferem anular o gol, do que ser pró ataque conforme novas orientações da CBF, no começo do campeonato 2023. O Wilson Seneme disse em 10/04/2023: “Quando as linhas estiverem lado a lado, mesmo que encostadas, continuam valendo a cor. Mas, quando uma se sobrepõe à outra, ela fica numa cor única, azul, e beneficia o ataque.
Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem da CBF”
Ontem claramente fomos prejudicados em mais um erro de arbitragem e parece que ninguém quer olhar.
Outra coisa que me parece claro, é que não temos ainda um bom reserva do Gabriel Menino ou alguém que dispute posição. O Danilo Barbosa que saiu seria uma ótima opção, não entendemos porque ele saiu e deu lugar a Jailson. Richard Rios joga bem, mas nos ultimos jogos esta bem mal. Precisamos de um Volante e um Zagueiro canhoto, para o 2o semestre.
É nítido, escancarado que precisamos de um volante pra camisa CINCO. Matamos o Zé Rafael com ele se sacrificando marcando por todo mundo no meio. É nítido também que precisamos de um camisa NOVE que intimide adversários. O Rony é extremamente esforçado, mas tem jogos físicos como esse que ter uma presença de área, um matador faz a diferença. Precisamos de um jogador fumaça, driblador… Que entre no segundo tempo e mude jogos a nosso favor. E por fim uma pedra cantada faz muito tempo: não temos ninguém pra vaga do Veiga. Passou da hora de ter um reserva imediato, com potencial para brigar até pela posição em algum momento e ser sombra pra ele. São 4 reforços que se bem executados nessa janela do meio do ano, transformam o nosso já poderoso time em um elenco completo.
Essas últimas rodadas do Brasileiro escancararam duas situações que se insinuavam desde o começo da temporada: primeiro, apesar de muito bem treinado, o time desse ano é inferior ao do ano passado, q tinha Danilo e Scarpa. Segundo (e isso já acontecia no ano passado), não temos no banco jogadores para mudar a cara de uma partida. Em dias como hj, em q nossos principais jogadores estão mal, não temos opções, a não ser garotos q, apesar de promissores, ainda precisam pegar uma casca. Se a diretoria não se mexer (e a CT não pressionar) nessa janela, nosso ano corre o risco de se limitar a Paulista e Supercopa. Muito pouco pro nosso momento atual.