Responsável por dar a assistência para o primeiro gol do Palmeiras, Mayke revelou que quase não dormiu antes da final
Desde o confronto diante do Atlético-MG na semifinal da Libertadores, quando Marcos Rocha levou o terceiro cartão amarelo e ficou suspenso para a decisão, a vaga na lateral-direita para o confronto diante do Flamengo era a principal dúvida na escalação palmeirense, entre os torcedores.
Com Mayke e Gabriel Menino disponíveis, o técnico Abel Ferreira revelou em entrevista coletiva após o título que fez a escolha por Mayke no lugar de Rocha depois do jogo frente ao Fluminense, que ocorreu no último dia 14.
No Palmeiras desde 2017, o camisa 12 conviveu com altos e baixos no Verdão. Na campanha do decacampeonato Brasileiro, em 2018, foi o titular de Felipão e chegou a ser eleito o melhor lateral-direito daquela competição. Entretanto, nos anos seguintes, caiu de produção e virou reserva.
“Eu acredito muito em mim e os companheiros também, além do treinador e da diretoria. Isso é o que importa. Sempre que eu entrar em campo, vou dar o meu máximo para dar alegrias aos torcedores. Sei do tamanho do Palmeiras e a pressão externa, mas não deixo isso me afetar. É trabalho”, disse o jogador à ESPN Brasil ao término da final da Libertadores.
Apesar da desconfiança da torcida, Mayke teve ótima performance contra os rubro-negros e foi decisivo para a conquista do título ao dar o passe para Raphael Veiga fazer o primeiro gol do Verdão, logo no início da partida. Além disso, o jogador obteve números consistentes: 8 duelos ganhos (tanto pelo alto quanto pelo chão) de 13 disputados; 4 desarmes e 4 interceptações; e 80% de acerto nos lançamentos.
“Falei com o Abel que quando ele precisasse de mim eu estaria sempre à disposição. Sempre faço o meu melhor. Graças a Deus hoje não foi diferente. Trabalhei muito. Fizemos uma excelente partida dentro do que o professor pediu. Agora é comemorar porque merecemos. É muito difícil estar aqui onde a gente está. É muito difícil ganhar uma Libertadores, imagina duas”, falou.
Mayke revela que quase não dormiu antes da final
No final de setembro, o lateral passou por uma artroscopia no joelho direito e só retornou à equipe no último dia 10. O jogo contra o Flamengo foi apenas o seu quarto após se recuperar da lesão.
“Vim de uma lesão complicada. Eu estava sentindo muitas dores no joelho e os doutores vieram com essa sugestão [de fazer a cirurgia], mas estava perto da final. Eu acreditei neles, temos um staff muito competente. Todos me ajudaram muito e é graças a eles que estive dentro de campo. Confesso que fiquei muito nervoso, quase não dormi direito. Mas o nosso grupo é sensacional”, contou.
“O Abel me deu a oportunidade, poderia até ser o Gabriel Menino, mas eu pude aproveitar. Fui poupado de alguns jogos para não ter uma possível lesão muscular e graças a Deus deu tudo certo”, finalizou.
O Mayke jogou demais. Um desses desarmes foi bem na hora do chute do Bruno Henrique, quase na pequena área. Neutralizou o Bruno Henrique, o que não é pouca coisa.