Felipão empata na estreia e torcida corta os pulsos, enquanto os pênaltis seguem sendo problema.
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É pênalti para o Palmeiras! Correu… Bateu… Errou!!!
Esta tem sido a tendência nas últimas quatro cobranças do Verdão. Felipe Melo fez graça e chutou para fora contra o Novorizontino. Keno bateu mal e Magrão defendeu, contra o Sport. Bruno Henrique bateu forte, no travessão, contra o Bahia. E Jean recuou para João Ricardo, do América.
Antes dessas, Dudu acertou as duas que cobrou, contra Mirassol e Novorizontino, perfazendo dois acertos em seis batidas em 2018 – isso sem contar a decisão do Paulistão, na qual o Palmeiras também saiu derrotado.
Em 2017, o retrospecto também não foi bom: foram nove pênaltis, com cinco acertos e quatro erros, mais a eliminação da Libertadores para o Barcelona de Guayaquil. Tem coisa errada aí.
O pênalti é o lance menos futebolístico do futebol, um esporte em que a bola está sempre viva e a aleatoriedade dos acontecimentos prevalece. A bola está parada e a conclusão do lance é instantânea, basta um toque na bola. Assemelha-se muito ao lance livre do basquete.
Grandes arremessadores de lance livre têm seus pequenos rituais antes de arremessar a bola. Hortência batia a bola várias vezes e respirava fundo antes de mandar para dentro. Stephen Curry mastiga o protetor bucal enquanto se concentra. Do outro lado, se a torcida é contra, a arquibancada do ginásio faz de tudo para desconcentrar o rival, desde a trivial agitação de bastões até simulação de partos na arquibancadas – o vídeo abaixo é hilário.
De forma análoga no futebol, desconcentrar o batedor é uma excelente maneira de aumentar as chances de erro. Nem sempre existe a proximidade entre a arquibancada e o gol para que os torcedores façam suas performances e quem acaba exercendo esse papel é sempre o goleiro. Quem não se lembra de Fernando Prass apontando um canto nas decisões por pênaltis da Copa do Brasil? Ou do famoso “acabou, Petros”?
A primeira decisão por pênaltis que me recordo de assistir foi a decisão do Brasileirão de 1977, quando o goleiro Waldir Peres do SPFC infernizou a vida dos batedores do Galo, revertendo uma decisão em que os atletas de seu time haviam errado as duas primeiras cobranças – os jogadores do Atlético cobraram TRÊS pênaltis por cima do gol.
Poucos gênios têm a capacidade e a frieza de esperar a decisão do goleiro e decidir no último instante em qual canto vai bater. E acabam manjados, fazendo com que muitos goleiros acabem esperando no meio e obrigando o batedor a improvisar o chute num dos cantos – a chance de defesa aumenta se o pênalti não for muito bem batido.
Por isso, se o batedor não for um abençoado como Evair ou o Ceifador, só existe uma maneira de bater pênaltis: ignorar completamente o goleiro e bater onde treinou exaustivamente. Não importa que o goleiro saiba onde vai a bola: se o pênalti for fora de sua área de alcance, pode telegrafar, mandar fax ou whatsapp, que o goleiro não pega.
Treinar, treinar e treinar. Como os arremessadores do basquete, batida de pênalti é treino constante. O batedor deve ensaiar exaustivamente dois lugares para bater, e mandar sempre num deles á sua escolha. Nos cantos, de preferência alta – em qualquer área da zona indefensável da figura abaixo serve. Dosar a força da batida é importante para que o chute não saia por cima. E isso é T-R-E-I-N-O.
Bem treinado mecanicamente, o atleta terá mais confiança na hora de bater. E então só vai faltar executar a outra parte: o isolamento mental. Ao ajeitar a bola na cal, o jogador já deve decidir onde vai bater. Não deve olhar para a torcida, muito menos para o goleiro. Deve fechar os ouvidos, e se concentrar no que fez nos treinos. E ainda precisa esquecer todo o contexto, entrar numa bolha, e só focar em acertar o gol. O atacante precisa virar uma espécie de robô. Não é simples, mas bem treinado, qualquer atleta pode chegar a 90% de eficiência nos pênaltis, o que pode fazer com que seu time dificilmente seja batido numa decisão.
Para atingir esse nível de efetividade, é necessário que a comissão técnica entenda como cada jogador responde a essas situações de pressão e identifique o melhor método para que ele consiga entrar na tal bolha.
O Palmeiras demitiu em 2017 o coordenador científico Altamiro Bottino, que rapidamente foi contratado pelo SPFC, e não contratou ninguém em seu lugar. Uma de suas atribuições poderia ser introduzir no clube esse tipo de treinamento, identificando a melhor forma de trabalhar cada atleta para que se transformassem em máquinas de bater pênaltis e tornasse o Palmeiras imbatível nesse tipo de lance.
Apenas dinheiro não resolve nada. É preciso ser um clube de futebol. Enquanto a atual diretoria pensar que apenas contratar jogadores caros basta para o Palmeiras ganhar títulos, e que fazer pizzadas políticas no clube social é mais importante, continuaremos jogando títulos fora. Perdemos o Paulista, em casa. Já jogamos três pontos fora no Brasileiro e a classificação na Copa do Brasil já poderia estar bem encaminhada. Vão esperar sermos eliminados mais uma vez da Libertadores?
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De joystick na mão, Felipão já consegue um bom resultado em Salvador.
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Era uma vez um Reino de periquitinhos e porquinhos que vivia muito feliz. Nesse Reino, os periquitinhos eram os mais inteligentes e lideravam os porquinhos, que eram a força de trabalho. Todos eram sempre muito barulhentos, viviam se desentendendo, mas sempre arrumavam uma solução – e comiam pizza para comemorar. Tudo acabava em pizza naquele Reino, que brilhou por muitos anos.
Um periquitinho chamado Ibrahim era muito mais esperto que os outros e, pouco a pouco, foi atraindo para si o controle de todos os cantinhos do Reino sem ninguém perceber. Quando todos viram, Ibrahim controlava quase o Reino inteiro. Comeu tanta pizza que ficou muito gordo e se transformou num enorme sapo-boi. Mas os periquitinhos continuavam a apoiá-lo, em troca de alguns afagos.
Ibrahim foi consumido pelo poder, tornou-se muito malvado e passou a mandar e desmandar no Reino. Os periquitinhos e os porquinhos faziam as vontades do sapo Ibrahim – os periquitinhos convenciam os porquinhos que estava tudo bem e ganhavam mais afagos por isso – e, claro, algumas pizzas.
Mas o Reino, antes próspero e feliz, passou a se degradar sob a batuta de Ibrahim. Alguns periquitinhos queriam mais afagos que Ibrahim podia dar e tentaram, por anos a fio, tirar seu poder. Mas Ibrahim sempre foi mais inteligente e esses periquitinhos nunca tiveram sucesso; restou a eles desejar profundamente que algum tipo de milagre acontecesse.
Ibrahim foi envelhecendo e ficando cada vez mais cansado. Um porquinho muito ligeiro, que não concordava muito com os desmandos de Ibrahim, passou a se destacar e ganhou a confiança do velho sapo.
Sem milagre, sem desperdiçar recursos com afagos e com trabalho sério, os tempos prósperos voltaram sob o comando desse porquinho ligeiro, que entendeu exatamente como governar o Reino sem que Ibrahim se sentisse ultrajado.
O Reino voltou a brilhar!
Os outros porquinhos e periquitinhos, em vez de ficarem felizes com o Reino voltando aos bons tempos, se enciumaram com o sucesso do porquinho ligeiro e seguiram desejando profundamente que um milagre acontecesse – desde que com muitos afagos.
Um dia, uma borboleta chamada Carmen surgiu, do nada. Lindíssima, ela pousou sobre os quatro cantos do Reino e seduziu a todos com um fantástico poder: ela tinha uma bolsa mágica que fazia afagos e pizzas brotarem infinitamente. Até Ibrahim, que gosta muito afagos e de pizza, foi seduzido por Carmen sem entender direito quem ela era e o que realmente desejava.
Os periquitinhos e os porquinhos, encantados, amaram sua nova amiga. Quase todos só pensavam em como ela era linda e naquelas deliciosas pizzas. Mas o porquinho ligeiro percebeu que tinha algo errado.
Carmen foi ficando cada vez mais poderosa e percebeu a ameaça: mexeu seus pauzinhos para banir o porquinho ligeiro do Reino e para colocar em seu lugar um periquito sem penas e que atendia a todos os seus desejos. Carmen então passou a perna em Ibrahim e o isolou no pântano, se tornando a única pessoa com influência sobre o governo do periquitinho sem penas.
Ela dizia amar o Reino, mesmo tendo acabado de chegar. Os periquitinhos e porquinhos que diziam odiar Ibrahim e tinham inveja do porquinho ligeiro acreditaram piamente nesse amor e se derreteram pela borboleta, que não poupava afagos e pizzas. O milagre tinha acontecido!
Mas Carmen guardava um segredo: ela ainda precisava mudar as escrituras do Reino para se tornar a rainha eterna. Nunca se viu tantas pizzas no Reino. Como se não bastasse, também passou a distribuir milhões de afagos aos periquitinhos da corte. Dizem até que mandou abrir os portões para que centenas de novos porquinhos leais a ela passassem a viver no Reino, tudo sob o olhar inerte do periquito sem penas.
A história ainda não foi totalmente escrita. Dizem que os periquitinhos e porquinhos aceitaram mudar as escrituras e que a borboleta Carmen se tornou de fato a rainha eterna. Soube-se depois que ela era dona de um Império que precisava de um quintal, e que o Reino acabou servindo apenas a esse propósito.
Continuou distribuindo afagos e pizzas – não na quantidade de antes; apenas para alguns poucos periquitinhos mais próximos. Carmen, enfim, se tornou uma nova versão de Ibrahim – a única diferença era sua enorme beleza.
O Reino voltou às trevas, enquanto o porquinho ligeiro continuava correndo pelo mundo, resignado, e todos os outros periquitinhos e porquinhos seguiram desejando não ter mudado a escritura e esperando por outro milagre. E todos viveram infelizes para sempre.
***
Desculpem pela absoluta falta de jeito em escrever uma fábula infantil, afinal, essa não é exatamente a especialidade do site. Mas foi a forma encontrada para tentar fazer os porquinhos do Reino entenderem onde estão se metendo. Cuidado!
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Ainda em Portugal, Felipão já começa dar nova cara ao time. O primeiro treino sob comando do auxiliar Paulo Turra, realizado na manhã desta terça-feira, mostrou um time com uma disposição bastante diversa da que nos acostumamos ver com Roger Machado.
A defesa permanece a mesma, uma linha de quatro formada por Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa.
Na nova formação, Marcos Rocha e Diogo Barbosa devem ter bastante liberdade para avançar.
Isto porque Felipão armou o time num 4-1-4-1, com Felipe Melo como volante e Bruno Henrique e Moisés jogando por dentro. Pelas beiradas, ajudando o trabalho dos laterais, Dudu e Willian Bigode. A referência na frente, enquanto Borja recupera ritmo de jogo, é feita por Deyverson.
Em vez de aproveitar a base deixada por Roger Machado e fazer seus ajustes pouco a pouco, Felipão já chega mudando tudo, talvez preocupado com o tempo de maturação da nova formação diante da proximidade dos funis.
É natural que a primeira versão o time apresente uma série de complicações – é o preço de se trocar de técnico no meio da temporada. Para nós, torcedores, que já conhecemos bem o elenco, alguns equívocos saltam aos olhos; Paulo Turra e Felipão devem perceber isso sem maiores problemas.
Há pouco mais de um ano, Eduardo Baptista escalou o time no 4-1-4-1 com Felipe Melo entre as linhas. Não funcionou bem porque as linhas estavam muito distantes e o camisa 30 tinha muito espaço para preencher sozinho, ficando sobrecarregado.
A presença de Deyverson como titular, com Gustavo Scarpa, Hyoran e Lucas Lima no banco, enlouquece parte da torcida, que em tom de galhofa já pede a volta de Roger Machado. Mas o camisa 16, é claro, apenas faz o cosplay para Borja. Deyverson não tem nem porte físico para fazer a função desejada por Felipão, que deve pedir à diretoria um jogador que sirva melhor como alternativa ao colombiano, quando este não puder atuar.
A trinca de meio-campistas vai precisar de muito treino e coordenação para manter a defesa protegida e sólida diante das muito mais frequentes subidas dos laterais ao ataque..
Guerra deve estará disposição do comandante em poucos dias, e assim nosso banco terá quatro jogadores de primeira qualidade para alternativas ofensivas. Alguns perderão espaço, o que é natural, e Felipão vai precisar usar uma de suas maiores qualidades, que é a administração do grupo, para manter todos motivados.
No início, tudo pode nos parecer estranho, mas precisamos confiar no General – em suas convicções e em sua capacidade de fazer ajustes. O momento é de menos corneta e mais apoio. VAMOS PALMEIRAS!