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11/06/2023 - 16:00
O Palmeiras venceu o SPFC por 2 a 0 no Morumbi e segue no encalço do Botafogo, na luta pela liderança do Brasileirão.
A vitória foi construída com um gol em cada tempo, aproveitando erros da defesa adversária. O jogo foi marcado por muito contato físico e um maior volume do time da casa, apoiado por mais de 56 mil pessoas, mas o Palmeiras soube neutralizar as iniciativas do adversário e controlou o jogo com atitude vencedora.
O placar foi aberto aos 10 minutos num golaço de Gabriel Menino, após muita luta por parte de Rony para atrapalhar a saída de bola do SPFC. A marcação deste gol, logo cedo, desestabilizou mentalmente o time da casa, que passou a se preocupar mais em mostrar que eram mais homens que os nossos jogadores. Claro que não são.
E enquanto se preocupavam em agitar os braços em toda disputa de bola, o relógio foi passando e Weverton não foi incomodado. O Palmeiras respondeu com braços agitados na mesma medida, sempre pronto para aproveitar qualquer erro do adversário. As lições do jogo contra o Barcelona foram plenamente usadas.
No segundo tempo, mais preocupado em jogar bola e em buscar o placar, o SPFC empurrou nosso time para dentro da área. Nossa saída de bola não funcionava diante da fortíssima marcação no meio-campo; a bola batia e voltava.
Nossa linha defensiva, no entanto, também estava muito forte e, apesar do volume, o time da casa pouco ameaçou o gol de Weverton, que a rigor fez apenas uma defesa difícil, num chute cruzado de Luciano. Mesmo a bola no travessão de Arboleda não chegou a assustar, já que apenas pingou sobre a barra e claramente não entraria.
E no jogo de nervos, prevaleceu o Verdão: aos 32, Breno Lopes pressionou Arboleda, que confessou; Endrick pegou a sobra e disparou como um raio em direção à área, para fuzilar Rafael e dar números finais ao jogo. Tudo o que o SPFC tentou induzir nossa defesa a errar, acabou pagando dobrado em dois lances tranquilos.
A força de nosso time pesa no decorrer dos jogos. Sofrer um gol como eles sofreram, com dez minutos, não apenas arruinou o plano de jogo, como também demoliu a confiança do time da casa, que passou a querer mostrar valentia quando o certo era continuar jogando bola.
Mesmo não tendo sido uma partida brilhante do Verdão, o time mostrou saber como vencer jogos. O clássico exigiu uma atitude diferente dos jogos normais – o Palmeiras foi lá e jogou o jogo, vencendo com autoridade, diante de um dos maiores públicos do ano, torcendo contra.
A data Fifa vai servir para que nosso elenco – menos os cinco convocados – descansem um pouco e foquem na reconstrução física para a sequência, daqui a dez dias. O Verdão encerra o primeiro quartil com um ponto a mais que o idealizado em nossa projeção, mas mesmo assim, não chegou à ponta do campeonato – o Botafogo, com uma campanha incrível, ainda sustenta a ponta por dois pontos.
O Palmeiras, no entanto, já mostrou que tem consistência e que essa sequência de dez jogos iniciais não são obra de uma oscilação positiva; o Palmeiras é isso aí mesmo. Será que o Botafogo continuará sendo isso aí por mais 28 rodadas? Será que nosso verdadeiro adversário não está abaixo de nós? O tempo dirá. Enquanto isso, bom descanso ao elenco e VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
SPFC
Palmeiras
Primeiro tempo
Após cobrança de falta da direita, Zé Rafael afastou de cabeça e Michel Araújo chutou para o gol; Mayke afastou de cabeça e a bola bateu em seu braço – Raphael Claus marcou o pênalti, mas após rever no VAR, anulou a marcação.
Zé Rafael roubou a bola no meio-campo, armou o contra-ataque e espetou para Dudu, que fez a jogada pela esquerda e passou na meia-lua para a chegada de Raphael Veiga, que chutou de primeira – pegou mal na bola, que parou no bloqueio da zaga.
GOL DO PALMEIRAS! Rony pressionou a saída de bola; Gabriel Menino aproveitou, deu uma finta seca em Gabriel Neves, que está deslizando até agora, ajeitou o corpo e bateu por cobertura, no ângulo esquerdo de Rafael.
Calleri acertou Luan com o cotovelo, na sequência disputou com Mayke na frente do banco do Palmeiras e empurrou o lateral pelas costas. Abel Ferreira deu uma bronca no atacante do SPFC e teve início um pequeno tumulto.
Gabriel Menino lançou Artur de trivela; o camisa 14 aparou, puxou para dentro e bateu de esquerda – Rafael pegou firme.
O clássico ficou centrado nas disputas no meio do campo, com muito contato físico e nervos aflorados.
Luciano bateu da meia direita; Weverton pegou por baixo.
Raphael Claus, em seu estilo tradicional de não marcar falta em qualquer contato, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
O Palmeiras voltou sem alterações dos vestiários.
Artur foi ao fundo pela direita e cruzou; a zaga cortou em direção à meia-lua e Zé Rafael apanhou o rebote para disparar no canto esquerdo – Rafael fez ótima defesa. O bandeira marcou impedimento de Artur na origem do lance.
Luciano recebeu dentro da área, no lado direito, e chutou rasteiro, cruzado – Weverton foi no rodapé e fez excelente defesa parcial; Artur aliviou o perigo para escanteio.
Michel Araújo bateu escanteio da esquerda; Beraldo testou por cima do gol.
Calleri girou dentro da área, marcado por Naves, e chutou para fora, sem perigo. Naves sentiu lesão na marcação e precisou ser substituído por Jailson.
Depois de boa tabela, Calleri recebeu dentro da área e chutou rasteiro; Weverton defendeu e a zaga afastou para escanteio.
Na cobrança do escanteio, Arboleda escorou de balãozinho; a bola pingou no travessão e a zaga mais uma vez afastou o perigo.
Michel Araújo recebeu na meia direita e acertou um belo chute, forte, mas que saiu por cima do travessão.
Entraram: Endrick, Breno Lopes e Richard Ríos
Saíram: Rony, Dudu e Gabriel Menino
GOL DO PALMEIRAS! Luan estourou de trás; Arboleda vacilou no domínio e Breno Lopes pressionou; a bola ficou com Endrick, que saiu na cara de Rafael e fuzilou, ampliando o placar.
Pablo Maia chutou forte; Weverton fez grande defesa por baixo.
Caio Paulista chutou forte da meia esquerda; Weverton se abaixou para pegar mais uma, sem rebote.
Entrou: Fabinho
Saiu: Raphael Veiga
Endrick brigou; Zé Rafael pegou a sobra e abriu para Artur, que entrou na área e bateu cruzado, forte – a bola saiu a um dedo da trave direita de Rafael.
Raphael Claus, com atuação aceitável, encerrou o jogo.