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20/05/2023 - 21:00
O Palmeiras ficou no empate sem gols com o Santos, na Vila Belmiro, e ainda dormirá na vice-liderança do Brasileirão. O resultado, de forma absoluta, não é ruim, mas permitiu ao Botafogo abrir uma rodada de vantagem na liderança, já que tem 3 pontos a mais e 2 vitórias de margem; o Cruzeiro, ao fim da rodada, também pode ultrapassar o Palmeiras, que permanecerá no G4 de qualquer forma.
O jogo foi marcado pela previsibilidade do Palmeiras, que não recorreu a nada mais criativo para desatar o nó armado pela defesa santista, que, por sua vez, mostrou uma aplicação acima do normal e contou com atuações inspiradíssimas de Dodi e Joaquim para conter os avanços do Verdão.
Depois de superar os minutos iniciais, quando o Santos marcou alto e atravancou as iniciativas de nosso time, o Verdão passou a impor sua superioridade técnica e, jogando de forma natural, contou com as aproximações de Gabriel Menino pela esquerda e o camisa 25 conseguiu dois bons arremates que rasparam a trave direita de João Paulo.
O lado direito, por sua vez, não era tão profícuo; Artur estava numa noite pouco inspirada e não contou com aproximações de Raphael Veiga para facilitar as trocas de passes. Assim, o primeiro tempo se encaminhou para a igualdade sem gols, com o Santos voltando a apertar a marcação no campo ofensivo após os 40 minutos e tendo seus melhores momentos na partida.
Para o segundo tempo, a falta de qualidade no elenco do Santos se fez clara, já que as mexidas de Odair Hellmann tornaram o time bem menos efetivo com a bola nos pés. A partida voltou a ser um monólogo, mas o Palmeiras não falou alto, não empostou a voz e parecia convencido que bastaria seguir o plano que a vitória viria naturalmente.
Normalmente vem; mas o Santos não cometeu erros defensivos – ao contrário, a retaguarda do time da casa fez uma partida impecável, o que exigia que nosso time fizesse um pouco mais que apenas executar o plano. Faltou a surpresa, o lance diferente. Sem nada criativo na parte tática e sem inspiração técnica que poderia gerar um lance diferente, restou ao Palmeiras torcer para que o jogo fosse resolvido numa jogada de bola parada ou numa jogada casual.
Nada disso aconteceu e o empate acabou sendo justo, num dos jogos mais monótonos do Verdão em toda a temporada.
Da forma como a partida se desenrolou, pode-se discutir sobre o tamanho da confiança da comissão técnica e dos jogadores nos planos traçados antes de cada jogo. Resistir à tentação de mudar o que foi planejado impede que o time perca o controle sobre as partidas e muitas vezes evita desastres, mas ao mesmo tempo denota uma certa auto-suficiência que pode ser confundida com inércia e/ou falta de criatividade.
Jogam a favor da comissão técnica o número de pontos que arrancamos dos adversários nos minutos finais ao longo deste trabalho. Se o plano tivesse sido mudado, a probabilidade de insucessos provavelmente seria muito maior. Jogos como os desta noite podem ser o preço a ser pago por esses pontos. Mas ainda assim fica o gosto de poder ter feito algo melhor, de ter tentado alguma variação tática mais agressiva e arriscada.
O Palmeiras agora é o único invicto do campeonato, já que o Fortaleza acabou derrotado. A série sem derrotas para o Santos, que vem desde 2019, foi ampliada. e a posição no G4 segue garantida. Essas são as boas notícias.
Mas melhor que tudo isso será constatar que a pancada sofrida por Gustavo Gómez no rosto não terá consequências sérias. Caso percamos nosso capitão, O Palmeiras precisará ir ao mercado em caráter de emergência, já que Luan e Naves serão os únicos zagueiros disponíveis.
Enquanto isso, vira a chavinha, fecha as malas e partiu Paraguai – tem mais Libertadores pela frente e segue a guerra. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Santos
Primeiro tempo
Artur alçou na área buscando Rony, que não alcançou; a sobra ficou com Dudu, que tocou atrás para a chegada de Gabriel Menino, que bateu de primeira, de três dedos – a bola triscou no poste direito de João Paulo e saiu.
Gabriel Menino recebeu na meia direita e arriscou de média distância; a bola, mais uma vez, tirou uma lasca de tinta do poste direito de João Paulo e saiu.
Zé Rafael cochilou; Ângelo acionou Deivid dentro da área e o chute veio forte; Weverton cobriu o canto esquerdo e desviou a escanteio.
Após boa triangulação com Dodi e Lucas Lima, Lucas Pires dominou no bico da área e bateu rasteiro, forte; Weverton foi buscar no canto direito e cedeu mais um escanteio.
Raphael Claus, que permitiu um jogo físico intenso, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
Gustavo Gómez, que sentiu o lado esquerdo da face num choque com Lucas Lima, precisou dar lugar a Naves.
Dudu recebeu por dentro, avançou e chutou da entrada da área, por cima do gol.
Mayke cruzou na direita buscando Rony na pequena área; Joaquim rebateu no último momento; Raphael Veiga pegou a sobra e tentou o chute, mas Joaquim travou mais uma vez.
Deivid Washington arriscou de fora da área, mas Weverton cobriu bem o canto esquerdo e defendeu firme.
Entrou: Endrick
Saiu: Rony
Entraram: Luis Guilherme e Richard Ríos
Saíram: Artur e Raphael Veiga
Deivid Washington tabelou com Ruíz, recebeu na área e quando se preparava para fuzilar Weverton foi travado por Luan, que cedeu escanteio.
Entrou: Breno Lopes
Saiu: Dudu
Gabriel Menino disparou da intermediária, no meio do gol – João Paulo encaixou.
Raphael Claus encerrou o clássico com pouco tempo de acréscimo.
Tá ficando insustentável a titularidade do Rony, ele não vem rendendo, essa “entrega” que ele faz jogo a jogo não tá trazendo gols pra equipe, ele erra demais, não cria muito.
Acredito que o Abel devia repensar urgentemente quem será nosso titular, Lopez e Endrick aparentam oferecer mais neste momento.
Abola não esta chegando boa para o Rony, lançamentos com uma defesa fechada como a do Santos é dar a bola para os zagueiros rebaterem. Podem por o melhor centroavante do mundo que não vai dar certo.