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21/09/2021 - 21:30
O Palmeiras empatou com o Atlético-MG sem gols no Allianz Parque e agora joga por outro empate, desde que com gols, em Belo Horizonte, na semana que vem, para tentar chegar a mais uma final de Libertadores.
O Verdão jogou com o regulamento; priorizou a defesa, visando não tomar gols. Mas passou longe de aproveitar alguma chance no setor ofensivo. Como resultado, tivemos um jogo travado, quase sem lances de perigo, mas com a tensão típica de um mata-mata de Libertadores.
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O projeto “Baliza A Zero” foi concluído com sucesso. O objetivo primordial, que era sair sem tomar gols do Allianz Parque, foi atingido. O objetivo secundário – marcar gols lá na frente – não passou nem perto.
De qualquer forma, o placar não foi ruim. Jogar por um empate em Minas – desde que com gols – não é uma tarefa impossível. Mas Abel vai precisar dar mais opções ao time quando recupera a bola para iniciar os ataques.
É verdade que o Atlético abusou do recurso de cometer faltas quando o Palmeiras recuperava a bola. Sem a chance de fazer a ligação rápida para pegar a defesa mineira desarrumada, o Verdão foi inofensivo.
E mesmo quando teve a bola dominada no campo de ataque, nosso time não articulou trocas de passes porque simplesmente não havia peças. A prioridade era se manter postado.
Um único cochilo da defesa rendeu ao Atlético o lance capital do jogo – o pênalti sofrido por Diego Costa que Hulk desperdiçou. Um trecho emblemático do duelo, com cara de decisivo.
Com exceção deste momento, a defesa do Palmeiras esteve muito firme. Concentrados, nossos jogadores conseguiram travar um ataque que marcou gols em seus últimos 14 jogos.
O segundo tempo foi mais travado ainda. Conforme o Atlético ia ficando mais cansado, o ritmo do jogo caía na mesma proporção. O Palmeiras foi incapaz de aproveitar a situação. O foco estava, definitivamente, na defesa.
A entrada de Wesley chegou a dar uma esperança. O camisa 11 conseguia quebrar o primeiro e o segundo marcador. Mas, como todo nosso ataque, estava isolado, e acabava desarmado pelo terceiro.
Assim, o empate sem gols acabou sendo uma barbada. Frustrante para as duas torcidas e até para quem estava apenas apreciando. Mas dentro dos planos dos dois treinadores, que confiam nas vantagens que cada um carregará para a decisão, na semana que vem: o Atlético confia em seu poder no Mineirão e no apoio de sua torcida; o Palmeiras sabe que tem o gol qualificado a seu favor e que pode usar o fator mental para desestabilizar o adversário.
Pode não ter sido um jogo bonito, mas não faltou competição. Mas quem falou que Libertadores é bonito? Podem esperar um jogo mais pegado ainda na próxima semana. E o Palmeiras, se encontrar uma boa proposta ofensiva, entrará muito forte para o duelo final. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Atlético
Primeiro tempo
Rony puxou contra-ataque nas costas de Arana desde o campo de defesa; correu, correu, chegou na risca da área e bateu com alguma força, mas à esquerda de Everson.
Resposta imediata do Atlético: Guilherme Arana pegou uma sobra na esquerda, invadiu a área, cortou Gustavo Gómez e bateu cruzado, mas sem direção.
Depois de falta ensaiada que não deu certo, Rony pegou a sobra dentro da área, girou e bateu para fora.
Depois de falta não marcada pela arbitragem, Arana fechou do lado esquerdo e bateu para fora.
Raphael Veiga cobrou falta na cabeça de Gustavo Gómez, que subiu pressionado por Diego Costa e testou por cima do travessão.
Jair foi lançado por Allan na direita; Piquerez dormiu e o volante conseguiu cruzar por baixo; Diego Costa dominou, Gustavo Gómez chegou um pouco atrasado e cometeu o pênalti. Hulk tentou deslocar Weverton, que não se mexeu; Hulk perdeu o pique, foi pra batida colocada e acertou o pé da trave esquerda.
Patricio Loustau, que permitiu que o Atlético quebrasse nossos contra-ataques com milhões de faltas sem mostrar cartão, encerrou o primeiro tempo.
Segundo tempo
Os dois times voltaram dos vestiários sem alterações.
Hulk arriscou de fora da área com força, mas mandou por cima do gol.
Deyverson e Wesley entraram nos lugares de Luiz Adriano e de Dudu.
Danilo entrou no lugar de Felipe Melo.
Hulk bateu falta da intermediária – a bola saiu a direita da trave de Weverton, zunindo. Um torpedo.
Gabriel Veron e Patrick de Paula entraram nos lugares de Rony e Zé Rafael.
O árbitro encerrou a partida.
Esse pênalti perdido me lembrou o gol que o Nilson perdeu no finalzinho do primeiro jogo da final da CB em 2015. Vai custar caro pra eles.
É jogo de Liberta, 180 minutos. Dentro do que nós era possível foi colocado a mesa. Um gol fora e estaremos bem vivos. Porém me preocupa a produção do setor ofensivo, muito aquém do que precisamos. Torcer para o Portuga tirar da cartola uma maneira de agredimos mais o adversário. Lá não será moleza. Vamos Palmeiras.
Desculpa Conras, mas o Veiga foi o único lúcido do ataque, segurou a bola na frente, tentou algo, mas isolado é impossível. Não criou nada, mas sofreu faltas e até tentou fazer um dois. De resto, foi doído de assistir, mas no fundo sabíamos que seria assim.
jogo duro…. de assistir. Mas libertadores é isso aí e nosso técnico cada vez mais encarna o espírito Feliponico. Podia ter dado M, mas passamos ilesos. Teremos que jogar bola na volta, temos time pra isso e já vimos alguns lampejos durante o ano. Pra ganhar a América precisa de coragem. Não dá mais pra esperar
Se até o Verdazzo está pessimista (1 x 1), quem sou eu para acreditar no Verdão? Mentira: dá nóis, 5 x 1. 4 gols do Dudu.
Queria algum lateral mais forte fisicamente que o Marcos Rocha pra hoje na cobertura.
O Palmeiras já enfrentou o Atlético MG na Sulamericana em 2010 e na Mercosul em 2000, em 2010 eliminamos eles no Pacaembu por 2×0 o Assunção fez um gol olímpico e em 2000 o Palmeiras meteu 4×1 no antigo Palestra.
Honestamente, tem vezes que acho que um placar de empate em 1 a 1 é melhor, no caso do Palmeiras, do que uma vitória por 1 a 0 ou 2 a 1. Faz o time entrar em BH querendo jogo. E negócio de segurar o resultado é muita emoção pra mim