Abel Ferreira explica formação tática inicial do Palmeiras e minimiza os gols perdidos

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Santo André, durante partida válida pela oitava rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Em entrevista coletiva após vitória sobre o Santo André, Abel Ferreira também destacou a força coletiva da equipe

Com gol de Raphael Veiga, o Palmeiras venceu o Santo André por 1 a 0, no Allianz Parque, e segue invicto no Campeonato Paulista – em seis partidas, são cinco vitórias e um empate.

Para o duelo deste sábado, o técnico Abel Ferreira não pôde contar com dois jogadores titulares no meio de campo: Gustavo Scarpa e Zé Rafael, que estão lesionados. Para seus lugares, o comandante escolheu Jailson e Atuesta.

Além da mudança de nomes, o treinador também alterou a formação da equipe: Rony jogou como um ponta pela esquerda; Raphael Veiga jogou como um 9 no momento defensivo e como um 10 quando a equipe tinha a bola, com Jailson e Atuesta chegando à área a todo momento.

Na entrevista coletiva após o duelo, Abel falou sobre a movimentação dos atletas em campo.

“O Veiga, com a bola, jogou de camisa 10. Sem bola, ele era o primeiro a dar o combate. O que fizemos foi colocar o Rony no lado esquerdo, não de centroavante. Essa foi a única alteração que fizemos. O Rony, quando joga de centroavante, normalmente faz o movimento de dentro para fora e queríamos que o nosso centroavante fizesse movimentos em direção ao gol. Portanto, hoje o Rony veio de fora para dentro”, iniciou.

“Com a bola, nós optamos por algumas dinâmicas no meio-campo [Atuesta e Jailson se projetando à frente]. A minha equipe é flexível, não tem uma forma fixa de jogar. Nós sempre adaptamos às características dos nossos jogadores e temos meio-campistas que chegam bem à área, como também temos os que fazem a contenção. Hoje todos os comportamentos que eles tiveram em campo foram treinados e criamos diversas oportunidades, sempre chegando com bastante gente na área. Sem bola defendemos em uma linha de 4 e o único atleta adversário que nos trouxe perigo foi o lateral-direito”, acrescentou.

Ainda sobre a partida, Abel minimizou o fato de o Palmeiras ter desperdiçado muitas chances claras de gols e enalteceu a quantidade de oportunidades que a equipe criou.

“O futebol é igual ‘ketchup’. Já teve jogo em que esses mesmos jogadores fizeram seis gols [contra o Universitário, na Libertadores passada]. O que dá confiança é que estamos no caminho certo e a equipe está criando bastante. Hoje só entrou uma, muitos chutes foram bloqueados e em algumas oportunidades falhamos em situações claras. Mas o futebol é assim”, contou.

“Temos que continuar focados, dentro da área ter calma. O único problema é que quando não matamos a partida, o adversário continuará acreditando no empate, jogando bola na área. O 1 a 0 não é um jogo controlado; mas, mais uma vez, a equipe mostrou compromisso e estamos cientes que temos que continuar somando pontos. Para mim a vitória foi justa”, completou.

Abel Ferreira destaca força coletiva do Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Santo André, durante partida válida pela oitava rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Ao ser questionado sobre ter mantido Atuesta em campo pelos 90 minutos por confiança no atleta, Abel preferiu destacar o coletivo e falou dos critérios para escalar um jogador.

“Confio tanto no Atuesta, como confio no Jorge, Menino, Kuscevic e em todos. Não tem a ver com o jogador em si. Os meus critérios são simples, sempre me faço uma pergunta: ‘o que é melhor para a equipe’. Não é o que é melhor para um jogador específico e, sim, para o time. Depois, não é o que eu quero fazer, é o que é preciso fazer para sermos competitivos. E se for preciso deixar o Navarro de fora, vou deixar; se é preciso que ele jogue, vai jogar. Se não for assim, não jogamos como equipe. E a nossa força é essa: qualidade aliada ao coletivo, trabalho duro”, falou.

“Trabalhamos muito, nos dedicamos muito. Não compramos jogadores feitos, nós fazemos. Nós temos uma grande equipe porque foi construída por nós. Quando cheguei aqui os jogadores eram os mesmos. Nós fazemos jogadores aqui dentro, é isso que o Palmeiras quer e esse é o futuro do clube. Isso não sou eu que o digo; quando me contrataram, minha tarefa era conquistar títulos e desenvolver jogadores, algo que eu gosto muito”, finalizou.

O Palmeiras volta a campo nesta quarta-feira para jogar a partida de ida da Recopa Sul-Americana, contra o Athletico-PR. A partida, que começará às 21h30, acontecerá na Arena da Baixada.

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