O ano de 2015 na História do Palmeiras
Após a catastrófica campanha do ano anterior, salvo de mais um rebaixamento nos detalhes, a diretoria, reeleita, mudou radicalmente o plano de trabalho. O Allianz Parque tornava-se uma realidade, e com ele veio a valorização do plano Avanti de sócio-torcedor. O Palmeiras passou a ter bilheterias impressionantes mesmo nas partidas de menor apelo, e a arrecadação tornou-se ainda maior com o anúncio da nova patrocinadora, a Crefisa, que enxergou no novo Palmeiras um cenário perfeito para expor sua marca.
A campanha no estadual foi boa; o time foi pegando entrosamento e teve como ponto alto a goleada por 3 a 0 sobre no SPFC, com um golaço histórico de cobertura de Robinho sobre Rogério Ceni. Algumas oscilações, naturais, aconteceram, e em meio à pressão popular para promover Gabriel Jesus, sensação da base, o time se classificou para as finais, contra o Santos.
O Palmeiras avançava nas fases preliminares da Copa do Brasil, mas no Brasileirão o time ia ficando para trás. Uma derrota para o Figueirense na sexta rodada, que deixou o time na 15ª posição, determinou a queda de Oswaldo de Oliveira. Para seu lugar, foi contratado Marcelo Oliveira, que havia comandado o Cruzeiro, bicampeão brasileiro em 2013/2014.
Reforçado pelo atacante paraguaio Lucas Barrios e contando com a incrível ascensão de Gabriel Jesus, o time eliminou facilmente o Cruzeiro, com direito a baile no Mineirão. O time oscilava entre o 4° e o 7° lugar na classificação do Brasileirão quando disputou as quartas-de-finais da Copa do Brasil, contra o Internacional, e após empate por 1 a 1 no Beira-Rio, conseguiu a classificação num confronto emocionante no Allianz Parque, chegando aos 3 a 2 num gol de cabeça do volante Andrei Girotto.
O Brasileirão ficou definitivamente em segundo plano e todas as energias se voltaram para a Copa. Nas semifinais contra o Fluminense, o Verdão perdeu por 2 a 1 na ida, no Maracanã; abriu rapidamente 2 a 0 no jogo da volta com Barrios, mas Fred diminuiu e o jogo ficou incrivelmente nervoso. Já nos acréscimos, Fred, mancando muito, obrigou Fernando Prass a praticar um milagre e forçar a decisão nos pênaltis – Gum e Gustavo Scarpa desperdiçaram e o Verdão avançou à final.
O adversário, mais uma vez, seria o Santos, que tinha um time mais ajustado e experiente. O primeiro jogo, na Vila Belmiro, teve grande superioridade do time da casa, que fez 1 a 0, e depois do árbitro não dar um pênalti claríssimo e indiscutível sobre Barrios, teve a chance de fazer o segundo com o atacante Nilson, que chutou a bola para fora, com Fernando Prass fora do gol. Não houve palmeirense no mundo que, naquele momento, não tivesse a sensação que a conquista viria.
Jogando melhor, o Verdão chegou aos gols no segundo tempo, com Dudu – o segundo, aos 39 minutos, parecia determinar a conquista do título, mas Ricardo Oliveira, que estava numa fase de provocar nossos atletas e nossa torcida em todos os jogos, acabou empatando o jogo aos 43, empurrando a decisão mais uma vez para os pênaltis. Coube a Fernando Prass bater o último pênalti e decretar mais uma conquista do Verdão, a primeira em nossa nova casa. Foi uma das conquistas mais saborosas dos 101 anos de existência do clube.