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18/09/2021 - 17:00
Depois de um primeiro tempo quase sem falhas, o Verdão construiu a vantagem que decidiu apenas administrar no tempo final. Com um 4-2-3-1 simples, o Verdão não deu chances ao time da casa, levando vantagem em todos os setores.
A zaga, firme, teve Luan e Gustavo Gómez surpreendentemente invertidos – e Luan, que notoriamente tem problemas quando joga do lado esquerdo, fez uma de suas melhores partidas no ano. Marcos Rocha e Piquerez tinham alguma liberdade para o apoio – o uruguaio não deixou por menos.
Essa liberdade veio da partida brilhante dos dois volantes, sobretudo de Patrick de Paula, que mostrou estar com muito apetite para recuperar a posição no meio-campo. Desde o primeiro lance do jogo – quando recebeu cartão amarelo por entrada brusca – o camisa 5 deixou claro que a brincadeira acabou.
Com toda essa estrutura defensiva por trás, os dianteiros tiveram bastante tranquilidade para desenvolverem um jogo cheio de movimentações. Wesley começou com tudo, mas foi a dupla Veiga/Dudu que roubou a cena e protagonizou os melhores lances.
Luiz Adriano, tentando recuperar ritmo, fez uma partida interessante, com boa movimentação e mostrando que o faro de gol está de volta, ao se posicionar de forma perfeita para aproveitar o chute torto de Piquerez, após mais uma jogada de Veiga com Dudu.
Com 27 minutos o Verdão já vencia por 2 a 0 e não é apenas retórica dizer que o placar poderia estar mais dilatado. Keiller era, disparado, o melhor jogador da Chapecoense, que colaborou para que o futebol do Verdão fluísse com um esquema em que ninguém marcava no meio-campo, deixando um espaço irresistível para ser explorado, sobretudo do lado esquerdo de nosso ataque.
Para o segundo tempo, Abel inventou de retomar o esquema com três zagueiros, mas não soltou os laterais. Como resultado, o Verdão ficou por mais de 30 minutos encaixotado no campo defensivo, apenas se defendendo dos ataques estéreis do time da casa. Em resumo, ninguém atacava e ninguém defendia.
Esse panorama mudou um pouco com as entradas de Rony e Veron, nos minutos finais, quando Abel abriu mão de jogar com laterais, configurando uma espécie de 3-4-3. MAs era muito tarde e o placar ficou mesmo nos 2 a 0.
A vitória devolve confiança aos jogadores e à torcida. Mesmo sobre o lanterna do campeonato, o triunfo mostrou que o futebol sempre esteve lá, escondido em algum lugar, represado – bastava que Abel o encontrasse para colocá-lo em prática.
Mas o que funcionou em Chapecó pode não funcionar contra o Atlético. São adversários distintos em tudo e Abel mostrou apenas que não perdeu a capacidade de encontrar uma fórmula que encaixe com o adversário. O grande desafio será repetir o encaixe na terça.
Que a vitória tenha servido, também, para que a torcida vire de vez a página da derrota para o Flamengo. A lei das 24 horas tem que funcionar. Temos que estar juntos sempre – na boa e na ruim. E contra o Atlético, o apoio tem que ser total. Os favoritos são eles. Vamos, quietinhos, jogar nossa bola, rumo a mais uma final de Libertadores. VAMOS PALMEIRAS!
Ficha Técnica
Escalação
Chapecoense
Primeiro tempo
Felipe Melo tentou sair jogando, errou e cometeu falta na meia esquerda. Busanello bateu com força, no canto alto esquerdo de Weverton, que rebateu para fora da área.
GOL DO PALMEIRAS! Dudu roubou a bola na saída da Chape e enfiou para Wesley; o camisa 11 fechou pelo meio, enxergou a projeção de Raphael Veiga por dentro e tocou; Veiga dominou, entrou na área e bateu forte de canhota, no canto direito de Keiller.
Dudu articulou com Raphael Veiga, que infiltrou na área e cruzou por baixo; Keiller desviou e a bola passou na frente de Wesley, com o gol vazio, mas o camisa 11 não conseguiu escorar.
Patrick de Paula roubou e esticou na direção de Wesley, que ganhou a dividida com Busanello, entrou sozinho na área mas adiantou um pouco a bola – o camisa 11 ainda tentou tocar de cavadinha por cima de Keiller, que se arrojou e abafou o lance – a bola explodiu em seu rosto.
O Palmeiras rodou bastante a bola, com paciência, até chegar em Veiga na meia direita; o camisa 23 enfiou para Luiz Adriano na meia-lua; ele girou e tentou acertar o canto direito baixo de Keiller, mas a bola saiu sem muita força e saiu ao lado do poste.
Felipe Melo bateu rápido uma falta no campo de defesa e encontrou Veiga na meia direita; ele saiu de um adversário e arriscou de longe – Keiller fez defesa firme no canto esquerdo.
GOL DO PALMEIRAS! Mais uma infiltração na área de Raphael Veiga lançada por Dudu; o camisa 23 tentou cruzar por baixo mas Keiller abafou; Piquerez pegou a sobra e tentou chutar cruzado, mas errou a direção – Luiz Adriano, bem colocado, corrigiu o lance e escorou para o fundo do gol.
Dudu puxou o contra-ataque acompanhado por Luiz Adriano, no 2 contra 2; o camisa 10 fez o “x”, foi lançado no facão e tocou na saída de Keiller, que abafou mais uma vez a finalização e salvou a Chape.
Patrick de Paula puxou o ataque, teve espaço, avançou o quanto pôde e decidiu arriscar de fora, mas não acertou o alvo – ele tinha duas opções de passe, mas estava de frente.
Marcos Rocha dormiu na saída, perdeu a bola e a Chape articulou a jogada até a finalização de Mike, que foi desviada por Luan para escanteio.
Wesley foi para o drible em cima de Busanello, passou pelo marcador e decidiu chutar do bico da área; a bola saiu à esquerda do gol, com algum perigo.
O primeiro tempo chegou ao fim em Chapecó.
Segundo tempo
Três mexidas no Verdão: saíram Marcos Rocha, Patrick de Paula e Wesley, para as entradas de Gabriel Menino, Matheus Fernandes e Renan.
Ravanelli ficou com a bola após triangulação pela esquerda e bateu de chapa, da entrada da área – Weverton defendeu firme.
O Palmeiras se desinteressou pela partida. Os zagueiros trocaram de posição, com Renan indo pra esquerda, Luan ficando no meio e Gómez na direita.
Luan apoiou pela direita e esticou para Luiz Adriano no comando; com espaço, ele bateu colocado, mas pegou mal na bola e mandou no meio do gol, nas mãos de Keiller.
Gabriel Menino fechou pelo meio, tabelou com Piquerez e bateu de chapa de dentro da área, mas pegou muito por baixo na bola.
Foguinho teve espaço e arriscou de fora, buscando o canto esquerdo de Weverton, que acompanhou a saída da bola.
Mike bateu de média distância visando o canto esquerdo de Weverton, que defendeu sem problemas.
Ataque rapidíssimo do Palmeiras – de Luan para Luiz Adriano, e dele para Dudu, que saiu na cara de Keiller e tocou para o gol – o goleiro conseguiu desviar e a bola saiu pela linha de fundo – por muito pouco, Dudu estava impedido.
Rony entrou no lugar de Raphael Veiga.
Dudu aproveitou bola roubada por Matheus Fernandes, avançou pela esquerda e bateu cruzado; Keiller pegou mais uma.
Gabriel Veron entrou no lugar de Dudu.
O jogo foi encerrado na Arena Condá.
Teremos uma sequência que pode consagrar esse time, atlético e gambá , se ganhar dos imundos que estão mais empolgados que criança em parque aquático e se clássicas para final da Libertadores, isso vai dar um moral muito grande pra esse time e pra torcida tbm, AVANTE PALESTRA !
A 13 vitorias do título!