Zé Rafael transforma-se em um dos líderes do elenco e serve de exemplo para novos jogadores

Zé Rafael durante treinamento do Palmeiras, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Zé Rafael foi elogiado por Abel Ferreira na última entrevista coletiva por sua “resiliência e trabalho”

Zé Rafael pode dizer que já viveu de tudo um pouco dentro do clube. Contratado em 2019 após ganhar destaque no Bahia, o camisa 8 passou da condição de uma das últimas opções do meio-campo – quando as Crias da Academia Patrick de Paula e Gabriel Menino subiram – para ser o titular do setor e hoje é visto como um dos líderes do elenco para Abel Ferreira.

Capitão do Palmeiras no último jogo, contra a Inter de Limeira, o jogador, além do papel de liderança, também é visto pelo treinador como exemplo para os novos jogadores do clube, quando o assunto é ‘paciência’.

“O Zé Rafael é nosso ‘Robocop’. Um jogador que todo treinador gosta, ele entrega tudo que tem. Nós tivemos paciência para o Zé crescer. Já é um pouco mais experiente, tem 28 anos, e nos mostra que é preciso ter paciência com os que acabaram de chegar”, disse o treinador em entrevista coletiva no último domingo.

“O Atuesta ainda está se adaptando, tem qualidade. Assim como com o Navarro. A mesma paciência que tivemos com o Zé – fui capaz de suportar a pressão – temos que ter com todos. Precisamos apoiar os nossos jogadores. O Zé é prova da resiliência, do trabalho, dos elogios, das críticas. Hoje ele é um dos líderes, um exemplo para os outros. Tem uma influência muito positiva sobre os mais novos”, completou.

Ao lado de Danilo, Zé jogou as duas finais de Libertadores como titular e também esteve em campo no Mundial de Clubes, contra o Chelsea. Nas outras decisões disputadas pelo Palmeiras desde 2020, iniciou entre os onze iniciais contra o SCCP (Paulista), Grêmio (Copa do Brasil), Flamengo (Supercopa) e no jogo de ida diante do Defensa Y Justicia (Recopa Sul-Americana).

Consolidação de Zé Rafael começou quando mudou de posição

Muito da concretização de Zé Rafael no Palmeiras vem de seu deslocamento para a posição de volante. Meia-atacante de origem, o camisa 8 começou a ser utilizado como um segundo homem do meio de campo com Vanderlei Luxemburgo e se consolidou nesta função com Abel.

Zé Rafael do Palmeiras em disputa com Marlos do Athletico-PR, durante primeira partida válida pelas finais da Recopa Sul-Americana, na Arena da Baixada.
Cesar Greco

Jogando nesta faixa do campo, se notabilizou pelo alto número de ações defensivas (desarmes + interceptações). Em 2021, foi o líder da estatística entre os jogadores do elenco palmeirense com 108 (91 desarmes e 17 interceptações); em 2020, foi o segundo que mais roubou bola, com 114; e na atual temporada, é o quarto colocado, com 9 ações – atrás de Atuesta, Jorge e Danilo.

Após ter sofrido uma lesão muscular no Mundial de Clubes, Zé pode voltar para o time titular nesta quarta-feira, contra o Athletico-PR, pela Recopa Sul-Americana. O jogador disputa uma vaga na equipe com Jailson e Atuesta, que foram os escolhidos por Abel nos duelos anteriores.

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