Próximo dos 200 jogos pelo Palmeiras, Luan revela apoio fundamental de Abel

Luan comemora seu gol pelo Palmeiras contra a Ponte Preta, durante partida válida pela primeira rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Após pênalti desperdiçado contra o Flamengo em jogo pela Supercopa, Luan foi alvo de críticas nas redes sociais e viu seu nome ser pichado nos muros do Allianz Parque

No Palmeiras desde a metade de 2017, Luan pode dizer que já viveu de tudo dentro do clube. Titular e importante nas campanhas dos títulos do Brasileirão (2018), Paulistão (2020), Copa do Brasil (2020) e das duas Libertadores (2020 e 2021), o camisa 13 também conviveu com críticas pesadas da torcida e de parte da imprensa.

O período mais em baixa de Luan no Verdão foi nos primeiros meses de 2021. Após ter ajudado o Verdão a levantar o troféu da Libertadores diante do Santos, cometeu uma falha crucial na semifinal do Mundial de Clubes e em seguida desperdiçou um pênalti que daria o título da Supercopa do Brasil ao clube.

Entretanto, quando a maioria queria sua saída, uma pessoa em especial o bancou e o fez dar a volta por cima: Abel Ferreira. “Acontece o meu erro de pênalti, e a gente é desclassificado, perde uma final que estávamos muito perto de ganhar e esse cara [Abel] me estendeu a mão, me abraçou sem falar uma palavra comigo. Só com atitudes. Ele me tratou normal, da forma que ele sempre me tratou. Ele me estendeu a mão não me tirando do time. O Abel foi contra a torcida, foi contra muitos que queriam que eu saísse e falaram que eu era o problema”, relatou o zagueiro em entrevista ao programa ‘Bola da Vez’, da ESPN.

Ao longo da temporada 2021, Luan recuperou-se e foi um dos principais nomes da equipe na conquista do bicampeonato seguido da Libertadores. Entre todos os jogadores do atual elenco, o zagueiro é o quarto com mais jogos (181), atrás apenas de Marcos Rocha (183), Weverton (206) e Dudu (336). Na atual temporada, já marcou um gol, diante da Ponte Preta.

Luan deseja ser treinador

Luan em jogo do Palmeiras contra a Ponte Preta, durante partida válida pela primeira rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

A influência de Abel Ferreira no zagueiro foi tão forte que Luan revelou, ainda, que a convivência com o treinador o despertou interesse de ser um treinador ao final da sua carreira como jogador.

“Tenho que agradecer a todos os treinadores com quem eu já trabalhei na minha vida, que foram muitos. Mas eu queria ter trabalhado com esse cara quando eu tinha uns 20, 19 anos. Ele despertou um desejo dentro de mim que eu jamais imaginaria, que hoje eu tenho muita vontade de ser treinador”, contou Luan, que no final de 2022 fará um curso da CBF.

“Eu vou começar a minha caminhada, vou tirar a licença D, vou fazer o curso da CBF. Falei para ele que foi ele que despertou esse desejo em mim. Óbvio, com o tempo, com o ensinamento de todos os treinadores que eu tive, os erros também dos meus treinadores. Isso vai moldando um perfil. Mas o Abel me fez evoluir e faz com que eu veja o jogo de futebol de outra maneira”, finalizou.

Com Luan em campo, o Palmeiras estreará no Mundial de Clubes na próxima terça-feira. O adversário do Verdão será definido amanhã, entre o confronto entre Monterrey x Al Ahly.

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