Rony foi utilizado pelo treinador no último jogo e recebeu elogios por suas movimentações em campo; Luiz Adriano, por sua vez, vive uma temporada complicada dentro e fora dos campos
O Palmeiras está a 23 dias de fazer o jogo mais importante da temporada. Tendo o Campeonato Brasileiro como preparatório para a final da Libertadores, algumas posições em campo parecem estar definidas pela comissão técnica.
Entretanto, em outras ainda há uma incerteza, e o ataque é uma delas. Diante do Atlético-MG, nos dois jogos das semifinais, a opção no Allianz Parque foi Luiz Adriano e, no Mineirão, a aposta foi em um ataque mais móvel, com Rony mais avançado e Dudu o auxiliando.
Na sequência de oito jogos que sucederam a classificação à final até o último jogo, contra o Grêmio, Luiz Adriano ocupou por cinco oportunidades a vaga, enquanto Rony foi escalado nessa função três vezes (como titulares). Na entrevista coletiva após a vitória sobre os gaúchos, o técnico Abel Ferreira falou sobre a importância do camisa 7 no segundo tento, apesar de não ser um centroavante de ofício.
“Os estudos dizem que no futebol um jogador em 90 minutos toca no máximo 3 minutos na bola, em média. E passa 87 minutos jogando sem bola. Ele [o Rony] foi muito importante para abrir os espaços para o segundo gol do Veiga. O importante não é só olhar para a bola, ele faz movimentos sem ela. E o treinador olha para um todo”, disse.
“Queríamos colocar velocidade em cima dos dois zagueiros adversários, empurrar a linha para trás para que o Veiga e Scarpa conseguissem jogar entre as linhas”, completou.
Além do lance do gol, o treinador destacou ainda a função do atacante em “correr para frente, para que os espaços no meio fossem abertos”, fazendo assim com que Dudu, Scarpa e Raphael Veiga pudessem jogar com liberdade no setor central.
Rony é o vice-artilheiro da temporada, mas não marca há quase 1 mês
Além do fato de realizar uma movimentação que agrada a Abel Ferreira, Rony tem a seu favor o fato dele ser um dos artilheiros da equipe na temporada. São 10 gols em 40 jogos, o que o faz ser o segundo maior goleador (empatado com Willian), atrás apenas de Raphael Veiga, que anotou 15.
Na atual edição da Copa Libertadores, ele lidera a lista palmeirense com seis tentos e, caso marque mais uma vez pelo clube na competição, igualará o mesmo número de gols de Alex (12) e se tornará o maior artilheiro do Palmeiras em edições na Libertadores.
O camisa 7, contudo, não vai às redes há quase um mês, já que a última vez ocorreu contra o América-MG, dia 6 de outubro.
Na atual temporada, Luiz Adriano tem problemas em campo e fora dele
Artilheiro do Palmeiras em 2020/2021, com 20 gols, sendo alguns deles em jogos importantes, como nas semifinais da Libertadores e Copa do Brasil, Luiz Adriano vive uma temporada abaixo do esperado em campo e com problemas fora dele.
Nos gramados, o camisa 10 contabiliza cinco bolas nas redes em 33 jogos e períodos longos sem marcar. No extracampo, Luiz acabou discutindo com um torcedor no aquecimento da partida contra o Red Bull Bragantino, não teve seu nome gritado pela Organizada e, diante do Sport, pediu silêncio aos torcedores ao marcar o gol de empate, algo que gerou revolta em parte da torcida e o fez ser advertido pela diretoria.
Correndo por fora, Abel tem a opção de Deyverson
Fora os dois jogadores, Abel Ferreira tem outra opção no elenco: Deyverson. Entretanto, após um recomeço no Verdão sendo escalado como titular com certa regularidade (seis jogos seguidos), o camisa 16 voltou a ser opção no banco de reservas e vem sendo utilizado nos segundos-tempo das partidas.
Em números, a fim de comparação com Luiz Adriano e Rony, Deyverson tem 3 gols em 27 jogos.