Doze vitórias: já vencemos esse desafio antes

Tchê Tchê
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Cuca mencionou na quarta-feira e Tchê Tchê repetiu na entrevista desta sexta-feira: o desafio imposto pela comissão técnica e pelos próprios jogadores do Palmeiras nesta reta final de 2017 é vencer todos os doze jogos que restam.

E a motivação é tão grandiosa quanto simples: se chegar a tal feito, o time alcançará a marca de 79 pontos e fatalmente chegará ao decacampeonato, contando com tropeços do rival – incluindo um Derby em Itaquera.

A meta é ousada – mas não podemos esperar nada menos de um grupo que ainda tem nas veias o desejo de ser campeão. Com bastante tempo para treinamentos técnicos e táticos desde a eliminação na Libertadores, o time vem evoluindo a olhos vistos, e o acidente no clássico contra o Santos deve ser visto como uma exceção, sobretudo porque houve um fator aleatório que alterou a natureza do jogo.

O diabo é que, além da dificuldade natural que alguns desses jogos vão oferecer, em doze jogos existe uma chance muito grande de que fatores aleatórios quaisquer voltem a interferir. É por isso que vencer doze jogos seguidos é uma tarefa quase impossível. Quase, porque em se tratando de Palmeiras, essa palavra não existe.

Nos 103 anos de História, o Palestra/Palmeiras conseguiu quatro sequências de 12 ou mais partidas sem sequer ceder o empate.

Sequência 1: Abril a Dezembro de 1926

Heitor Marcelino
Heitor Marcelino (imagem: palmeiras.com.br)

Foram 14 vitórias, contando os nove jogos que deram ao Palestra o título invicto do Paulistão da APEA,com 100% de aproveitamento. Entram nesta conta amistosos contra o XV de Piracicaba, Fluminense e uma seleção de jogadores gaúchos.

Mais duas partidas encerram a série, disputadas no mesmo dia, válidas pelo Torneio Início do Paulista de 1927 – jogos com 30 minutos de duração. De qualquer forma, foram 12 partidas completas de 90 minutos sem derrota. Destaques para Heitor, o maior artilheiro de nossa História, e Amílcar Barbuy, que além de jogador ainda era o técnico.

25/04/1926 – Palestra Italia 3 x 0 Auto – Campeonato Paulista
02/05/1926 – XV de Piracicaba 2 x 4 Palestra Italia – Amistoso
16/05/1926 – Palestra Italia 5 x 1 Sírio – Campeonato Paulista
30/05/1926 – Palestra Italia 3 x 2 Fluminense – Amistoso
06/06/1926 – Santos 2 x 3 Palestra Italia – Campeonato Paulista
20/06/1926 – S.C.Internacional (SP) 0 x 1 Palestra Italia – Campeonato Paulista
27/06/1926 – Palestra Italia 3 x 1 Ypiranga – Campeonato Paulista
01/08/1926 – Palestra Italia 3 x 1 Portuguesa – Campeonato Paulista
15/08/1926 – Palestra Italia 3 x 2 SCCP – Campeonato Paulista
29/08/1926 – Palestra Italia 5 x 0 A.A.São Bento – Campeonato Paulista
05/09/1926 – Palestra Italia 7 x 1 Sílex – Campeonato Paulista
12/10/1926 – Palestra Italia 6 x 0 Seleção do Rio Grande do Sul – Amistoso
05/12/1926 – Palestra Italia 1 x 0 Auto – Torneio Amistoso
05/12/1926 – Palestra Italia 4 x 0 A.A.São Bento – Torneio Amistoso

Sequência 2: Maio de 1932 a Janeiro de 1933

Romeu Pelicciari
Romeu Pelicciari (imagem: palmeiras.com.br)

Foram novamente 14 vitórias: os onze jogos que deram ao Palestra o título do Paulistão, mais uma vez com 100% de aproveitamento, mais três amistosos: um contra o Ypiranga e dois contra combinados de jogadores cariocas. Brilhava a figura de Romeu Pelicciari, que marcou deenas de gols – dois deles numa goleada por 8 a 0 sobre o Santos. No ano seguinte, aconteceria mais um 8 a 0, desta vez num Derby.

01/05/1932 – Palestra Italia 4 x 0 Sírio – Campeonato Paulista
08/05/1932 – São Paulo da Floresta 2 x 3 Palestra Italia – Campeonato Paulista
22/05/1932 – Palestra Italia 2 x 1 A.A.São Bento – Campeonato Paulista
29/05/1932 – Palestra Italia 3 x 1 S.C.Internacional (SP) – Campeonato Paulista
02/06/1932 – Palestra Italia 7 x 1 Ypiranga – Amistoso
12/06/1932 – Palestra Italia 3 x 1 Juventus – Campeonato Paulista
19/06/1932 – Palestra Italia 7 x 0 Atlético Santista – Campeonato Paulista
03/07/1932 – Palestra Italia 4 x 2 Ypiranga – Campeonato Paulista
06/11/1932 – Palestra Italia 3 x 0 SCCP – Campeonato Paulista
20/11/1932 – Portuguesa 0 x 3 Palestra Italia – Campeonato Paulista
05/12/1932 – Palestra Italia 9 x 1 Germânia – Campeonato Paulista
11/12/1932 – Palestra Italia 8 x 0 Santos – Campeonato Paulista
18/12/1932 – Seleção de Niterói 0 x 4 Palestra Italia – Amistoso
08/01/1933 – Palestra Italia 8 x 1 Seleção do Rio de Janeiro – Amistoso

Sequência 3: Novembro de 1961 a Janeiro de 1962

Palmeiras 61/62
Palmeiras 61/62

O time que tinha lendas como Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina, Geraldo Scotto, Aldemar, Zequinha, Julinho, Américo Murollo, Chinesinho e Vavá conseguiu 12 vitórias seguidas: os seis jogos finais da campanha do Paulistão; em que as 22 vitórias, 6 empates e 2 derrotas deram ao Verdão o vice-campeonato, 3 pontos atrás do Pelé FC.

Em janeiro de 1962, em excursão pela América do Sul, o Palmeiras fez 14 jogos, venceu 13 e empatou um – o sétimo jogo, contra o Millonarios. Tivesse vencido, e a sequência de vitórias teria alcançado a impressionante marca de 20 jogos. Mas a História ainda nos reservava mais.

26/11/1961 – Portuguesa Santista 1 x 5 Palmeiras – Campeonato Paulista
29/11/1961 – Palmeiras 3 x 2 Santos – Campeonato Paulista
03/12/1961 – Palmeiras 3 x 1 Portuguesa – Campeonato Paulista
06/12/1961 – Palmeiras 3 x 1 XV de Piracicaba – Campeonato Paulista
09/12/1961 – Esportiva Guaratinguetá 0 x 3 Palmeiras – Campeonato Paulista
17/12/1961 – Palmeiras 1 x 0 Jabaquara – Campeonato Paulista
09/01/1962 – Universitário 2 x 3 Palmeiras – Amistoso
12/01/1962 – Alianza de Lima 0 x 1 Palmeiras – Amistoso
15/01/1962 – Deportivo Municipal 1 x 2 Palmeiras – Amistoso
18/01/1962 – Pátria 1 x 4 Palmeiras – Amistoso
21/01/1962 – Once Caldas 1 x 2 Palmeiras – Torneio Amistoso
24/01/1962 – Millonarios 0 x 4 Palmeiras – Torneio Amistoso

Sequência 4: Fevereiro a Maio de 1996

Palmeiras 1996
Palmeiras 1996

Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, vimos o time mais letal da História do futebol mundial. Foram 21 jogos, sendo 18 pelo Paulistão e 3 pela Copa do Brasil, em que a pergunta não era “quem ia ganhar”, mas sim “quanto ia ser”.

O lendário ataque dos 102 gols que tinha como protagonistas Djalminha, Rivaldo, Müller e Luizão chegou ao cúmulo de, num espaço de oito dias, fazer 24 gols em quatro jogos, culminando com uma sova de 6 a 0 no Santos na Vila Belmiro.

11/02/1996 – Palmeiras 4 x 1 Juventus – Campeonato Paulista
14/02/1996 – SPFC 0 x 2 Palmeiras – Campeonato Paulista
25/02/1996 – Palmeiras 3 x 1 Portuguesa – Campeonato Paulista
28/02/1996 – Sergipe 0 x 8 Palmeiras – Copa do Brasil
03/03/1996 – SCCP 1 x 3 Palmeiras – Campeonato Paulista
06/03/1996 – Palmeiras 3 x 1 Guarani – Campeonato Paulista
09/03/1996 – Araçatuba 1 x 2 Palmeiras – Campeonato Paulista
16/03/1996 – Botafogo-SP 0 x 8 Palmeiras – Campeonato Paulista
19/03/1996 – Palmeiras 4 x 1 Rio Branco – Campeonato Paulista
21/03/1996 – Palmeiras 6 x 0 América-SP – Campeonato Paulista
24/03/1996 – Santos 0 x 6 Palmeiras – Campeonato Paulista
30/03/1996 – Palmeiras 4 x 0 XV de Jaú – Campeonato Paulista
03/04/1996 – Atlético-MG 1 x 2 Palmeiras – Copa do Brasil
06/04/1996 – Ferroviária 1 x 5 Palmeiras – Campeonato Paulista
10/04/1996 – Palmeiras 4 x 0 Novorizontino – Campeonato Paulista
13/04/1996 – Mogi Mirim 1 x 2 Palmeiras – Campeonato Paulista
16/04/1996 – Palmeiras 5 x 0 Atlético-MG – Copa do Brasil
18/04/1996 – Palmeiras 5 x 0 União São João – Campeonato Paulista
21/04/1996 – Juventus 1 x 5 Palmeiras – Campeonato Paulista
28/04/1996 – Palmeiras 3 x 2 SPFC – Campeonato Paulista
01/05/1996 – Portuguesa 1 x 2 Palmeiras – Campeonato Paulista

Com exceção da campanha de 61/62, que contou com amistosos, as sequências listadas resultaram em títulos. É isso que Cuca e seus comandados buscam nas próximas 12 partidas. São situações raríssimas – se me pedissem para apostar uns cobres nesse evento, eu não toparia; a chance disso acontecer é reduzidíssima.

Mas eu também me esquivaria de apostar contra esse feito; não convém duvidar dessa camisa verde. Até porque, mesmo com uma campanha não tão perfeita, pode ser possível chegar ao caneco. Uma pontuação de 75 ou 76 pontos, que ainda permite um ou dois tropeços, também tende a render mais uma taça. Ainda dá, VAMOS PALMEIRAS!

O Palmeiras é o time de todos os anos

Cuca
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

A missão de tirar doze pontos em doze jogos não é impossível, mas é dificílima. Ao mesmo tempo em que tenta aperfeiçoar os sistemas defensivo e ofensivo e as transições quando se perde ou recupera a bola, Cuca já vai pensando no ano que vem. Em coletiva ao final da tarde de ontem, disse que quer “ganhar tudo” em 2018.

A declaração pode parecer arrogante, mas diante de todo o cenário que vemos neste final de 2017, é quase uma obrigação do Palmeiras, que segue com todo o potencial financeiro e estrutural de ponta que alcançou nos últimos anos. O resultado só pode ser o protagonismo.

Dentro de campo

Mattos e Cuca
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Pouca gente botava fé no Grêmio no início deste ano, mas o time gaúcho, comandado pelo professor Renight, conseguiu uma química interessante com uma equipe surpreendente, recheada de garotos. Algo similar pode ser dito sobre o SCCP, que deu liga e encaixou uma sequência quase mágica no primeiro turno do Brasileirão – mesmo tendo “voltado ao normal” agora, tem uma vantagem confortável para administrar.

Planejamento e dinheiro no futebol não garantem conquista de títulos. São meios para diminuir a chance de fracassos – mas as coisas se resolvem sempre dentro de campo; o Grêmio e o SCCP de 2017, de forma positiva, são exemplos claros, ao passo que Flamengo e Atlético-MG estão na outra ponta desta análise. E o Palmeiras não ficou muito longe: embora esteja mostrando um futebol superior, iniciou 2017 como o grande favorito e tem hoje chances remotas de conquistar algo ainda este ano.

Cuca já deve estar fazendo reuniões com Alexandre Mattos montando o roteiro de contratações e dispensas para 2018, algo que ele já declarou que gosta muito de fazer, e normalmente faz muito bem. Diante da mais que provável sequência de seu trabalho, podemos esperar um início de ano bem mais forte e entrosado em 2018 do que em 2017, quando houve uma ruptura no trabalho.

Fora de campo

Torcida do Palmeiras no Allianz ParquePara que o Palmeiras siga sendo uma potência dentro de campo, é necessária uma estrutura administrativo-financeira sólida. A despeito de ter investido uma quantia superior a R$50 milhões em dois atacantes que ainda não satisfizeram às expectativas, o clube segue superavitário, a ponto de projetar a quitação de todas as dívidas bancárias ao final do ano que vem e de formar um fundo de emergência, uma espécie de “poupança” – algo jamais visto no futebol brasileiro.

O poderio só não é maior ainda porque as históricas turbulências políticas voltaram a atrapalhar os bastidores do clube, algo que havia sido erradicado nos quatro anos da gestão anterior, mas que ressurgiu como resultado das escolhas políticas que a atual diretoria vem fazendo e que precisam ser bem administradas.

Rompendo costumes

Paulo Nobre e Mauricio GaliotteNo Brasil, os doze times de camisa mais importantes se acostumaram a viver ciclos. É cultural: dirigentes “arrojados” contraíam dívidas, o que rendia times fortes, que muitas vezes chegavam a conquistas – mas a conta sempre chegava, levando os sucessores a apertarem o cinto, administrando as dívidas e lutando contra a recessão e a impossibilidade de montar times competitivos. É daí que historicamente vem a pressão absurda para se ganhar títulos assim que o “modo gastança” é acionado.

Mas a extinção das dívidas bancárias e com receitas recorrentes sempre presentes (que decorrem da não-antecipação, outra prática que o Palmeiras aboliu) colocaram o Verdão em um patamar superior de forma estável. A força administrativa, financeira e esportiva em que se transformou o Palmeiras nos últimos anos dá ao clube a condição de passar um ano em branco sem que isso se torne o fim do mundo.

Depois de dois anos seguidos chegando a títulos nacionais, o Verdão não encaixou em 2017, é fato. Mas diferentemente do que a falta de profissionalismo na administração de clubes de futebol no Brasil nos fez acostumar, o Palmeiras não viveu nestes anos apenas o auge de um ciclo curto, que virá seguido de recessão.

O time de todos os anos

2018 está chegando e todos apontarão seus favoritos, como sempre acontece. Quatro ou cinco, entre as doze grandes camisas, serão as preferidas da imprensa e da torcida. Certamente uma delas será verde. “Lá vem eles de novo”, dirão.

Mesmo sem chegar a títulos nesta temporada, o Palmeiras segue com o protagonismo. Seremos novamente o time do ano que vem, e provavelmente o do ano seguinte.

O Palmeiras se tornou o time de todos os anos. Os outros que se virem para sair desse ciclo de gastança/recessão. Nossa estrutura está muito sólida e será preciso algumas temporadas seguidas fazendo muitas besteiras para nos tirar dessa condição. Acostumem-se.


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Podcast: Periscazzo (02/10/2017)

Lambendo as feridas da derrota no clássico e avaliando as chances que restam em 2017. E também tem a entrevista do Cuca.

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Com maturidade, 2017 pode ser o novo 1995

Cesar Greco / Ag.Palmeiras

Ainda pensando numa grande arrancada para se aproximar do líder, o Verdão vinha de uma boa sequência e tinha pela frente uma tabela bastante favorável – passando pelo Santos, a tendência era encostar no rival em algumas rodadas, impressão que se fortaleceria ontem com mais um tropeço do SCCP.

Só que mais uma vez o Palmeiras não fez sua parte. A derrota no clássico de sábado foi mais um grande desapontamento no ano. É possível arrumar algumas desculpas, e algumas podem até justificar – parcialmente – o mau resultado: o estado do gramado, que nivelou por baixo a técnica dos dois times, é uma delas. Mas a decepção por estar praticamente fora da última disputa do ano é o sentimento que predomina na torcida.

Ainda dá

O empate do SCCP diminuiu a tragédia. Na previsão feita no fim de agosto, estaríamos neste momento a onze pontos de distância, e estamos a doze. Um pequeno ajuste, e seguimos no jogo. Esperávamos uma derrota em Porto Alegre, contra o Grêmio – é nesse jogo que precisamos recuperar o que perdemos no sábado, e isso não parece tão impossível quando nos lembramos que a partida será quatro dias antes da semifinal da Libertadores e o professor Renight deve colocar o sub-13 em campo.

O que torna difícil manter a chama de esperança acesa são nossos próprios erros. Para tirar esses doze pontos, tínhamos uma pequena margem para erro, a qual praticamente esgotamos no clássico. Para chegar ao título, o Palmeiras precisa ser praticamente perfeito a partir de agora. É muito difícil, mas ainda dá.

Decepção e maturidade

Se a tendência de passar o ano em branco se confirmar, o ano de 2017 tende a ficar marcado pelo sentimento de frustração, diante da expectativa que foi criada. Mas fica longe de ser um dos piores anos de nossa História.

Mesmo sem os resultados esperados, o Palmeiras está sendo um dos protagonistas. Foi por muito tempo o centro dos noticiários esportivos. Disputou quatro campeonatos com chances reais de vencer – perdeu três em detalhes de mata-mata e ficou longe do título no Brasileirão pela Lei de Guardiola – uma sequência ruim nas sete rodadas iniciais tornou proibitivos tropeços no resto da tabela. Os naturais tropeços continuam vindo e isso está determinando esta situação difícil.

Mas é muito melhor ter um ano como o nosso, de frustração dentro de um cenário de protagonismo, do que seguir sendo coadjuvante, sabendo que não vai chegar longe em campeonato nenhum mesmo antes deles começarem, e ainda se preocupando com rebaixamento. Esta situação incongruente com nossa gigantesca História foi corriqueira para o Palmeiras nos primeiros 12 anos deste século, mas quem a vive hoje são outros clubes.

O fato do Palmeiras ter feito um “enorme investimento” em 2017 e não ter conquistado títulos é uma decepção, mas está longe de ser um desastre. O departamento de futebol segue muito bem estruturado e as finanças estão em ordem; o clube tem poderio econômico para ir ao mercado e continuar se fortalecendo.

A História mostra anos parecidos com 2017 encravados em eras de muitas conquistas. O mais evidente deles é 1995. Não ganhamos nada;  a Terra continuou girando, o trabalho foi aperfeiçoado e mais títulos vieram nos anos seguintes. Para que o ciclo se repita, é preciso que lições sejam aprendidas e ajustes sejam feitos, em todos os níveis – desde a presidência até os jogadores.

São esses ajustes que devem ser cobrados da diretoria pelos conselheiros e pela torcida; de forma propositiva e não politiqueira; pensando em formas de melhorar, não de provar que tinha razão nisso ou naquilo. Enquanto o time ainda se desdobra buscando uma reação quase impossível para ainda tentar salvar o ano, é hora da comunidade palmeirense mostrar maturidade pensando em retomar o ciclo vencedor no ano que vem, quando certamente continuaremos protagonizando o futebol brasileiro.


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