Abel comenta ataques sofridos de diretor do SPFC e deixa aberta possibilidade de processá-lo: “Há limites”

Abel Ferreira em partida pelo Palmeiras contra o Botafogo-SP, válida pela décima segunda rodada do Paulistã 2024, na Arena Barueri, em Barueri-SP.
Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Abel deu longa resposta sobre o ocorrido no Morumbi

O Palmeiras venceu o Botafogo por 1 a 0 e garantiu a melhor campanha da fase de grupos do Paulistão. Entretanto, como era esperado, o assunto que dominou a coletiva de Abel Ferreira não foi a vitória sobre a equipe de Ribeirão Preto, e sim o ataque sofrido pelo treinador por Carlos Belmonte, diretor do SPFC, que o chamou de ‘português de m…’.

Passada quase uma semana do episódio, Abel não sabe se irá processá-lo. “Não sei. Há limites para tudo e na altura certa vocês saberão”, disse o treinador.

Na continuação da resposta, o treinador fez questão de relembrar que foi punido todas as vezes que passou do limite, afirmou que não apita jogo (resposta à frase de Julio Casares) e afirmou: “Acho que não vale combater ódio com ódio”.

“Não vou dizer muito mais, porque o futebol brasileiro e os clubes brasileiros são muito maiores do que cada um de nós, são muito maiores do que nosso ego. O Palmeiras vai fazer 110 anos de história e muitos já fizeram história nesse clube. O clube vai continuar. o Palmeiras só tem dois elementos insubstituíveis: o periquito e o porco. Assim que vejo o futebol. Em 90 minutos eu sou intenso, quero que minha equipe ganhe, mas fora isso eu peço desculpa. Meu coração é igual coração de mãe, perdoa tudo e cabe sempre mais um. Mas há limites”, disse.

“Não gosto de mostrar minha vida pessoal. Os meus defeitos vocês encontram. Mas procuro dar o melhor que sei. O resto deixo para vocês, todas essas falas, comentários. Quero viver minha vida com lado positivo, com intensidade, com as pessoas que eu gosto. Não apito jogo, nem nos treinos eu apito, deixo para o João [Martins]. Sou grato ao futebol brasileiro. Se instituições do futebol brasileiro fizeram comunicados contra mim, não sou eu que controlo. Dentro de campo, sou muito competitivo, mas todas as coisas que fiz mal fui punido”, continuou.

“Eu não conheço esse senhor [Belmonte], nunca falei com ele, se calhar é uma boa pessoa. Entendo o calor do jogo, porque quando chutei o microfone ninguém quis saber os motivos. Fui punido, castigado e cumpri por isso. Eu entendo essas emoções. Mas, quando infrinjo as regras, o STJD comigo tem sido muito rigoroso. Espero que as entidades que castigaram a mim por determinados comportamentos, sejam iguais com outros comportamentos semelhantes ou piores. Não quero nada para mim. Quero as coisas justas. Sou democrático”, concluiu.

E o jogo, Abel?

Sobre a vitória do Palmeiras contra o Botafogo, Abel destacou a organização do adversário e viu um Palmeiras lento em campo.

“Foi uma primeira parte lenta, ainda vou estudar porque isso aconteceu. Dou os parabéns ao time adversário, ao seu treinador. Eles são organizados e nos criaram muitas dificuldades, mesmo com um a mais. Nossa circulação de bola estava muito lenta e eles se fecharam bem com linha de cinco. Dos 12 jogos que fizemos nesta primeira fase, em 10 jogamos contra uma linha de cinco. Isso é sinal de respeito e que todos querem nos dificultar”, disse o treinador.

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