Raio-X do Grupo 8 da Libertadores

Taça LibertadoresA chave do Palmeiras na Libertadores ainda não está totalmente definida, mas tende a ser uma das mais chatas dos últimos tempos.

Já confirmados através do sorteio realizado ontem à noite na sede da Conmebol estão o Boca Juniors-ARG e o Alianza Lima-PER. O último adversário sairá da chave que tem o Montevideo Wanderers-URU, Olímpia-PAR, Carabobo-VEN, Guaraní-PAR e Junior-COL.

A tabela dos confrontos é a que segue:

01/03 – Quinta – 21h30: G4 x Palmeiras
03/04 – Terça – 21h30: Palmeiras x Alianza Lima
11/04 – Quarta – 21h45: Palmeiras x Boca Juniors
25/04 – Quarta – 21h45: Boca Juniors x Palmeiras
03/05 – Quinta – 21h30: Alianza Lima x Palmeiras
16/05 – Quarta – 21h45: Palmeiras x G4

Boca Juniors

Boca JuniorsO Boca Juniors é um velho conhecido dos brasileiros. Atual líder do campeonato local, perdeu recentemente seu melhor atleta, o atacante Darío Benedetto, que rompeu o ligamento cruzado do joelho direito. Mesmo assim, segue ponteando a tabela com 10 vitórias em doze jogos.

O time argentino é um velho rival de Libertadores. As finais de 2000 e as semifinais de 2001 tiveram quatro empates – o time argentino levou a melhor nos pênaltis nas duas vezes. Impossível esquecer o assalto operado pelo árbitro paraguaio Ubaldo Aquino na partida de ida da semifinal de 2001.

Da mesma forma, é impossível apagar da memória os 6 a 1 na fase de grupos de 1994, com show de Mazinho sob uma chuva torrencial. Coube ao Boca Juniors a honra de encerrar a História do velho Palestra Italia num jogo amistoso em 2010.

Buenos Aires– fica a 2h40 de voo, ao nível do mar

Alianza Lima

Alianza LimaO Alianza Lima é treinado pelo uruguaio Pablo Bengoechea e tem como jogador mais importante o uruguaio Luis Aguiar, que passou pelo Vitória em 2014. A equipe lidera o campeonato peruano com 11 vitórias em 15 jogos.

O time peruano foi um dos adversários mais recorrentes do Palmeiras na década de 60. O Verdão fazia excursões ao Peru com freqüência, e o Alianza, como um dos times mais tradicionais do Peru, era sempre um dos times que recebia o Palmeiras – normalmente perdia. Os dois times se enfrentaram também na Libertadores de 1979, e o Palmeiras de Jorge Mendonça e Baroninho enfiou 4 a 2 lá e 4 a 0 aqui, no Palestra.

Lima – fica a cerca de 5h de voo, ao nível do mar.

O quarto elemento

Montevideo WanderersMontevideo Wanderers: tem sete participações na Libertadores e terminou o Clausura em 13º lugar.

Montevidéu fica a 2h30min de voo, ao nível do mar.


OlímpiaOlimpia: tem 38 participações, é tricampeão e o favorito para ocupar a vaga. Vice-campeão paraguaio.

Assunção fica a 2h de voo, a 45m de altitude.


Júnior de BarranquillaJunior: Talvez a maior ameaça à vaga do Olímpia, já jogou a Libertadores 12 vezes. Vem de uma boa campanha na Sul-Americana, sendo eliminado na semifinal pelo Flamengo. Terminou em primeiro na fase de classificação do Clausura, mas foi eliminado no mata-mata pelo América de Cali. Seus principais destaques são os atacantes Chará e Teo Gutierrez.

Barranquilla não tem voo direto e a viagem dura cerca de 8h. Fica ao nível do mar.


CaraboboCarabobo: terceiro colocado no campeonato venezuelano, foi fundado há apenas 20 anos e disputou sua primeira Libertadores no ano passado.

Valencia não tem voo direto e a viagem dura cerca de 10h. Fica a 618 metros de altitude


GuaraníGuaraní: Já jogou a Libertadores 5 vezes, e numa delas eliminou o SCCP no Itaquerão. Foi semifinalista em 2015, perdendo para o River Plate. No campeonato local, terminou em terceiro lugar.

Assunção fica a 2h de voo, a 45m de altitude.

Retrospecto

O Palmeiras ainda não enfrentou o Carabobo e o Montevideo Wanderers. Clique nos escudos abaixo para ver o retrospecto contra todos os outros adversários da Libertadores – possíveis e confirmados. O Verdão não leva desvantagem contra nenhum.

Alianza Lima

Boca Juniors

Guaraní

Júnior de Barranquilla

Olímpia


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Podcast: Periscazzo (18/12/2017)

A decisão do Sub-20, a montagem do elenco e boatos – muitos boatos. Esse foi o Periscazzo desta segunda-feira.

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Planejamento: Palmeiras tem uma lacuna no elenco aparentemente esquecida

Alexandre Mattos
Cesar Greco / Ag.Palmeiras

O Palmeiras mais uma vez sai na frente dos adversários e está prestes a fechar o elenco para 2018, bem antes do Natal. Algumas indefinições ainda travam o processo, na defesa e no meio-campo.

Na retaguarda, o destino de Mina é o que vai deflagrar ou não uma nova contratação na zaga, tudo depende do que for definido entre Palmeiras e Barcelona – o Dortmund teria também entrado na parada. Da Alemanha também vem outra interrogação – a contratação de Rafinha ainda se arrasta. E do lado esquerdo, Vítor Luís ainda não foi oficializado como opção para a lateral esquerda – um setor que tem apenas Diogo Barbosa e Michel Bastos certos, neste momento.

Ricardo Goulart e Gustavo Scarpa são jogadores que negociam com o Palmeiras, que, no entanto, encara os atletas corretamente como negócios de oportunidade. São jogadores de qualidade indiscutível, mas que não preenchem nenhuma grande lacuna no elenco. O que o Palmeiras precisa mesmo, do meio para a frente, é de um NOVE-NOVE para brigar com Borja.

Para tentar visualizar melhor as opções que Roger Machado pode ter do meio para a frente e justificar essa necessidade, que se não for preenchida pode ser um daqueles erros de planejamento de elenco que cornetamos aos finais das temporadas, é preciso esmaecer o conceito de posição fixa que fomos condicionados a criar assim que começamos a nos afeiçoar a futebol.

Tarja na testa

Borja
Marco Galvão/Estadão Conteúdo

Do meio para a frente, hoje, só parece ser possível colocar tarja na testa de jogador que faz três funções: o volante-destruidor, que desgraçadamente recebeu a pecha de “brucutu”, o CINCO-CINCO; o meia-armador clássico, que joga por dentro e distribui o jogo, o DEZ-DEZ; e o centroavante tradicional, aquele que joga enfiado, segurando os zagueiros, cujo habitat é a área: o NOVE-NOVE.

Quem não se encaixa exatamente nessas definições, orbita em torno de mais de uma função, que podem ou não ser as mencionadas. Para ilustrar melhor esse raciocínio, nada mais adequado que encaixar as peças de nosso elenco atualizado nesse mapa. Os jogadores estão divididos em funções, da menos para a mais ofensiva, de acordo com suas características de jogo:

  • CINCO-CINCO: Felipe Melo e Thiago Santos;
  • Volantes mais leves, com alguma característica de armadores, mais defensivos que ofensivos: Bruno Henrique e Jean;
  • Meias com características de marcação, que compõem bem uma linha defensiva, mais ofensivos que defensivos: Tchê Tchê e Moisés
  • DEZ-DEZ: Lucas Lima e Raphael Veiga
  • Meias que também jogam por dentro, mas com mobilidade e capacidade de jogarem abertos: Guerra, Hyoran e Allione
  • Pontas, jogadores de velocidade que partem para cima do adversário e criam espaços; eventualmente também caindo por dentro: Dudu, Keno, Roger Guedes e Artur
  • Falsos noves, jogadores de definição mas com bastante mobilidade – Willian Bigode e Deyverson
  • NOVE-NOVE: Borja

Com essa variedade de posições e “meias-posições”, qualquer treinador pode idealizar as combinações e assim dispor de um bom leque de esquemas a serem usados conforme os adversários e as situações específicas de cada jogo. Notem que, mesmo sem sem Scarpa e Goulart, estamos com pelo menos duas boas opções em cada uma delas

Como exemplo, numa eventualidade de perdermos Lucas Lima e Raphael Veiga para o mesmo jogo, podemos recorrer sem grandes prejuízos a Guerra, Hyoran ou a Moisés. O mesmo raciocínio se aplica a qualquer outra função – menos uma: se for necessário, pelas características do adversário, jogar com um centroavante enfiado, forte, que aguente os trancos da zaga, só temos um no elenco – Borja. Numa lesão, convocação, ou suspensão, Roger Machado ficará vendido.

E se…?

Borja
César Greco / Ag.Palmeiras

Deyverson, já vimos, pode ser uma boa opção no ataque, mas não faz a função de jogador de força que por vezes pode ser a saída para furar uma defesa. O mesmo podemos dizer de Willian Bigode. Os dois são os que mais se aproximam de um NOVE-NOVE no elenco.

Borja é um jogador que continua merecendo nossa confiança. Passado o período de adaptação ao futebol brasileiro, bem diferente do que ele jogava na Colômbia, existe a expectativa que, bem servido por garçons do nível de Dudu e Lucas Lima, ele finalmente arrebente de fazer gols. Mas… e se não acontecer?

Pensando além das posições tradicionais, focando um pouco mais nas funções que cada atleta pode exercer, é nítida essa lacuna no elenco. Borja precisa de alguém que o substitua nas eventualidades e que lhe faça uma sombra real. E o Palmeiras precisa de um jogador pronto para assumir a titularidade no comando de nosso ataque por toda a temporada caso o colombiano desgraçadamente não engrene.

Temos que confiar e dar moral a Borja, mas no planejamento, não podemos nos basear no que torcemos para acontecer; precisamos nos antecipar às possibilidades para não ter que sair correndo no meio da temporada e contratar um NOVE-NOVE que estiver sobrando no mercado, como aconteceu em 2017. Abre o olho, Mattos!


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Podcast: Periscazzo (15/12/2017)

As movimentações do elenco concretizadas na semana e a sequência da montagem do elenco foram abordados no Periscazzo desta sexta-feira.

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Roger Guedes trava o negócio com Gustavo Scarpa

Roger GuedesAs tratativas para terem Gustavo Scarpa estavam avançadas. Entre Palmeiras, Fluminense e o atleta, tudo certo. Mas Roger Guedes, um dos contrapesos oferecidos pelo Verdão na negociação, se recusou a ir para o Rio de Janeiro e os clubes agora precisam encontrar outra fórmula para equacionar a transação – a não ser que o atacante volte atrás na decisão.

Roger Guedes é um jogador com números positivos: marcou 12 gols em 83 jogos com a camisa do clube e também é bastante afeito a assistências. Muito considerado por Cuca, notabilizou-se por comemorar os gols antes da bola entrar, antevendo as conclusões. Mas terminou o ano em baixa, sendo até afastado do grupo por um período sob a justificativa de “entrar em forma”. Em novembro.

Seu empresário declarou durante esse período que o atleta só sairá do clube se for para o exterior. No entanto, temperamental e não exatamente o jogador mais benquisto do grupo, foi separado como moeda de barganha para esta janela de fim de ano. Diante desta nova situação, ainda é possível que seu staff mude de ideia.

O recuo parece ser a saída mais inteligente. É muito melhor para um jogador que tem a ideia tão fixa em ser negociado com o exterior ser titular no Fluminense do que ficar fora até do banco no Palmeiras, mesmo com a enorme diferença entre os dois clubes. Além do mais, permanecer no Palmeiras com a pecha de ser o responsável de ter travado uma negociação tão interessante para o clube tende a fazer de seu dia-a-dia algo bastante desagradável. Até o roupeiro vai olhar torto.