Abel é didático ao explicar formação do Palmeiras e faz alerta defensivo: “Nos expusemos demais defensivamente”

Abel é didático ao explicar formação do Palmeiras e faz alerta defensivo: “Nos expusemos demais defensivamente”.
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Abel escalou o Palmeiras em campo com quatro meio-campistas e dois atacantes, com quatro defensores atrás

Sem Gustavo Gómez, machucado, Abel Ferreira optou por voltar com a linha de quatro jogadores na defesa. O treinador, no entanto, escolheu acrescentar um atleta no meio-campo ao invés de mais um atacante.

Com Aníbal Moreno, Richard Ríos, Zé Rafael no meio, e Endrick e Flaco López no ataque, o Palmeiras saiu atrás do marcador contra o Mirassol, mas virou a partida e venceu por 3 a 1. Na coletiva após a partida, Abel explicou os porquês das mudanças.

“Sou um treinador que começo a construir as coisas com solidez e, depois de um tempo no clube, acrescento situações novas até para surpreender os adversários. A escalação de hoje nos dá mais uma rota de ataque, que é verticalizar por dentro. Temos o Veiga na meia direita, o Zé na meia esquerda, com o Ríos e o Aníbal ajudando na construção vindo de trás”, iniciou o treinador.

“Também nos dá bastante apoio do Marcos Rocha, que faz o Endrick flutuar por dentro. Nos dá uma variabilidade diferente para a nossa construção para que os adversários não saibam aquilo que nós fazemos. Temos que criar situações diferentes”, continuou Abel, que também citou as características dos jogadores.

“Não temos pontas com muita experiência, perdemos [por lesão] o Dudu e o Bruno Rodrigues. O Estêvão e o Luis Guilherme estão chegando. Temos que ajustar de acordo com as peças que temos. Então são essas duas coisas: trazer novas situações à equipe e jogar de acordo com os atletas que temos atualmente à disposição”, explicou.

A formação trouxe uma variabilidade maior ao Palmeiras, mas não deixou o treinador satisfeito na parte defensiva.

“Acredito que nos expusemos demais defensivamente, foi bem evidente. E o adversário nos criou dificuldades. Vou analisar melhor o jogo para ver os aspectos que devemos melhorar. Tínhamos que encurtar mais os espaços, estávamos marcando longe, com pouca pressão; agora, com bola, sempre que passávamos das linhas do adversário, criamos e finalizamos”, disse.

“Sensação que fico no final do jogo é de que o Mirassol foi a equipe, no Paulistão, que mais nos criou dificuldades. Deixo os parabéns a eles. Foi um bom jogo, aberto”, complementou.

O Palmeiras, já classificado para as quartas de final, volta a campo na quarta-feira para enfrentar a Portuguesa.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

– Posicionamento de Zé Rafael

“O Zé tinha uma função: fechar [defender] por fora e atacar por dentro. Fez isso melhor ainda na segunda parte do que na primeira. Fizemos alguns ajustes”.

Weverton

“Ele é humano, às vezes parece que jogadores de futebol não erram, assim como treinadores. Felizmente temos um goleiro que faz defesas de títulos e que nos dá pontos, como foi hoje. Não disse nada a ele essa semana e, hoje, quando fez as grandes defesas, ou quando agarrou o pênalti do Tiquinho Soares, ano passado, também não lhe disse nada. Ele sabe que nós confiamos nele e que o futebol é feito de erros. O mais importante é saber como lidamos com os erros. As críticas acontecem em todos os lugares e também precisamos saber lidar com isso”.

– Primeiro gol do Palmeiras na partida

“O primeiro gol é uma situação de jogo, foi um belo cruzamento, vindo de uma segunda bola de um escanteio. O Luan fez o que tinha de fazer e o Aníbal fez o movimento nas costas da defesa, um belíssimo gol”.

– Fortaleza

“Manifesto a minha solidariedade ao Fortaleza e a todos do clube. Fiquei assustado quando vi as imagens. Este episódio mancham as coisas boas que o futebol brasileiro tem. A única coisa que peço é que as entidades responsáveis façam algo, sejam exemplares. O futebol brasileiro merece que elas comecem a tomar medidas exemplares”.

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