Libertadores da América 2023

Palmeiras posa para foto em jogo contra a equipe do Deportivo Pereira, durante segunda partida válida pelas quartas de fina da Libertadores 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

A Copa Libertadores da América de 2023 foi disputada entre fevereiro e novembro de 2023 por 47 equipes, no modelo tradicional dos anos prévios: depois de uma fase preliminar onde 19 equipes disputaram 4 vagas para se juntarem a outros 28 times pré-classificados, foi disputada a fase de grupos, com oito chaves de 4 times.

O Palmeiras foi o cabeça de chave do Grupo C e, como de costume, fez uma campanha muito forte. Enfrentando o Bolívar, Barcelona-ECU e Cerro Porteño, só perdeu uma partida - a estreia, em La Paz, quando jogou com o time reserva para poupar os titulares para a final do Campeonato Paulista. O Verdão venceu os cinco jogos seguintes para assegurar a melhor campanha da Fase de Grupos pela quinta vez em seis disputas, desde 2018.

Na chave final, e o primeiro adversário do Palmeiras foi o Atlético-MG, comandado por Luiz Felipe Scolari. A partida em Belo Horizonte foi amplamente dominada pelo Verdão, que fez um golaço com Raphael Veiga e ainda mandou uma bola na trave no fim da partida. Com a vantagem, o time de Abel Ferreira controlou o jogo da volta no Allianz Parque. Apesar do placar apertado - o 0 a 0 dava margem para uma decisão por pênaltis num lance isolado - o Palmeiras foi mais uma vez superior e sempre esteve mais próximo do gol que o time mineiro. Foi a terceira vez seguida que as duas equipes se enfrentaram no mata-mata da Libertadores, e pela terceira vez o Palmeiras avançou.

Nas quartas-de-final, o adversário foi o estreante Deportivo Pereira, que surpreendera o Independiente Del Valle nas oitavas. No jogo de ida, em Pereira, o Verdão deu um baile, abrindo 3 a 0 ainda no primeiro tempo com extrema facilidade. Rony foi o grande destaque do jogo, que terminou com 4 a 0 no placar. Assim, na partida de volta, às vésperas de um Derby pelo Brasileirão, o time jogou com o freio de mão puxado e limitou-se a não perder, ficando no empate sem gols. A ausência de Dudu, que havia se lesionado seriamente dias antes, começava a ser sentida.

Nas semifinais, o adversário foi o Boca Juniors, que já havia nos eliminado em 2000, 2001 e 2018. Além da fome por mais uma final, o desejo de vingança era latente entre os torcedores. Aumentava esse desejo o fato do time argentino não estar vivendo um grande momento técnico. A oportunidade se oferecia, mais do que nunca.

O Palmeiras não fez um bom jogo na ida, na Bombonera. A fragilidade do setor ofensivo após a saída de Dudu, sentida nos jogos do Brasileirão, também foi vista no torneio continental, acabando com a ilusão de que o futebol errático em território nacional eram fruto apenas do foco em busca do tetra da Libertadores. Ainda assim, o sistema defensivo resistiu à enorme pressão, e o time trouxe um bom empate sem gols de Buenos Aires.

A uma partida da final, que seria disputada novamente no Maracanã, a torcida do Verdão fez uma recepção incrível aos atletas no traslado da Academia ao Allianz Parque. O Corredor Verde pintou a zona oeste da capital paulista com nossas cores e a festa só não foi completa por causa do boicote da diretoria em guerra aberta contra a torcida organizada.

Mesmo assim o clima no estádio era totalmente favorável e o Palmeiras começou jogando bem, com espírito de Libertadores. Mas numa falha de Gustavo Gómez, Merentiel, emprestado pelo Palmeiras ao Boca, fez grande jogada e serviu Cavani, que abriu o placar no meio do primeiro tempo.

A confiança do Palmeiras baixou e o time só reagiu no segundo tempo. Com menos tempo de jogo pela frente, o time se lançou ao ataque e empatou aos 27 minutos, pouco depois da expulsão do lateral Fabra. O Boca se encolheu mais ainda e passou a catimbar a partida de forma nunca vista. O Verdão era só ataque e tentou de tudo para marcar o segundo gol e carimbar a passagem sem os pênaltis. Mas a bola não rolava; os argentinos, com a complacência da arbitragem, travaram o ritmo do jogo e a vaga foi decidida nos tiros livres.

Weverton pegou o primeiro pênalti, batido por Cavani, mas na sequência Veiga e Gustavo Gómez foram parados por Romero, e o Boca levou a melhor em mais um mata-mata, classificando-se para a final contra o Fluminense, deixando o Palmeiras com o amargo gosto da desclassificação e deflagrando a maior crise desde que Abel Ferreira chegou ao comando técnico do clube.

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