Emprestado ao Grêmio, Borja lamenta: “não é fácil ser o 9 do Palmeiras”

Borja treina no Centro de Excelência do Palmeiras
Cesar Greco

Opinião de Borja pode ser confirmada pelos atuais atacantes do clube, que não vivem boa fase

Atualmente emprestado pelo Palmeiras ao Grêmio, o atacante Miguel Borja conviveu com altos e baixos quando defendeu o Verdão. Em entrevista à ESPN Brasil, o colombiano falou sobre as dificuldades de um centroavante jogar no clube.

“Passaram três centroavantes pelo Palmeiras, três camisas 9. Primeiro, Barcos, um argentino, depois Barrios e depois eu. Não sei o que se passa no Palmeiras, mas não é fácil ser o camisa 9 lá”, iniciou.

“Hoje, Deyverson e Luiz Adriano são os centroavantes e passam por dificuldades. Não é só com Miguel Borja o problema, é com outros, também. Não sei se é o esquema de jogo do Palmeiras, que não combina com os camisas 9, mas os atacantes que chegaram, sofreram”, completou.

Borja chegou ao Palmeiras em 2017 e custou R$ 33 milhões aos cofres do clube, sendo até hoje a contratação mais vultosa da História do clube. Ao todo, disputou 112 partidas e marcou 36 gols. Seu contrato de empréstimo para a equipe gaúcha vai até o final de 2022.

Os dois atacantes estrangeiros citados pelo colombiano, Hernán Barcos e Lucas Barrios, anotaram 31 gols em 61 partidas e 14 gols em 45 partidas, respectivamente.

A exemplo de Borja, atuais atacantes do elenco atravessam dificuldades

Segundo melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 27 gols marcados, o Palmeiras vem dependendo muito mais dos seus meias do que dos atacantes para ir às redes adversárias.

Luiz Adriano, fundamental na conquista da Tríplice Coroa, sofreu com algumas lesões e anotou apenas três gols na temporada, sendo o último no dia 6 de junho, contra a Chapecoense. A partida registrou também os últimos gols marcados por Wesley.  

De volta ao clube após um ano e meio na Espanha, Deyverson anotou dois tentos em 17 partidas – no jogo contra o Cuiabá, teve cinco grandes oportunidades e desperdiçou todas.

Gabriel Veron foi às redes pela última vez em janeiro de 2021; Breno Lopes marcou contra o Atlético-GO em 18 de julho; Rony anotou duas vezes diante do Universitário na Libertadores há quase três meses e Willian, artilheiro da equipe em 2021 ao lado de Raphael Veiga, fez seu último gol no dia 8 de agosto.

Borja sai por empréstimo para o Junior de Barranquilla; aumenta a pressão por contratações

Um dos grandes desejos da torcida se tornou realidade neste final-de-semana: o atacante Borja foi emprestado ao Atlético Junior de Barranquilla, seu time do coração, até o final de 2020.

Pelo acordo, o clube colombiano deverá arcar com todos os salários do atleta durante o empréstimo. Há ainda cláusulas que obrigam o clube colombiano a adquirir 50% do passe do jogador caso algumas condições sejam satisfeitas.

Se Borja participar de 73% dos jogos no ano, ou anotar 23 gols, o Junior será obrigado a comprar metade dos valores econômicos do atleta pelo valor de US$ 4,3 milhões (cerca de R$ 17,4 milhões, na cotação atual).

O ano de 2020 será o penúltimo do vínculo de Borja com o Palmeiras. O atleta teve bons momentos no clube, principalmente quando foi usado da melhor forma: dentro da área, para concluir as jogadas. Na temporada de 2018 marcou 20 gols em 44 jogos – a maioria deles sob o comando de Roger Machado.

Aumenta a pressão

O Palmeiras segue reformulando o elenco que falhou em conquistar títulos em 2019. Já foi confirmado que, por razões diversas, não farão parte do elenco de 2020 Fernando Prass, Edu Dracena, Antônio Carlos, Thiago Santos, Henrique Dourado e Borja.

A base, entre promoções e retornos de empréstimo, reforçou o elenco com nove atletas – nem todos devem chegar ao fim do estadual ainda com o elenco. É difícil avaliar, mas neste momento a balança técnica entre saídas e chegadas parece pender para o lado da queda.

É evidente que o Palmeiras precisa de reforços, até porque, os maiores desejos da torcida, as saídas de Deyverson e Carlos Eduardo, ainda não foram concretizados. Manter esses atletas no elenco será certeza de turbulências indesejadas. Os ciclos de ambos, por mais que tenham se esforçado durante todos os jogos que participaram, precisam ser encerrados.

O clube está fazendo caixa com vendas e segue precisando reforçar o elenco. O mercado está vendo tudo isso e o resultado é claro: tudo será mais caro.

Esta situação é resultado de uma expressão simples: demora na definição do diretor de futebol + demora na definição do treinador + fluxo de caixa comprometido por decisões questionáveis.

Precisaremos de todo o talento de Luxemburgo para encontrar a química necessária entre os atletas atualmente à disposição, mais os reforços que, esperamos, sejam anunciados até a reapresentação.

Após a volta das férias, cada dia que se passar sem que todas as vagas do elenco estejam preenchidas, terá sido um dia perdido para o atleta. TIC-TAC.


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Antônio Carlos, Thiago Martins e Borja: os primeiros movimentos no elenco

Thiago Martins

As primeiras notícias de movimentação no elenco do Palmeiras apontam para saídas. Os zagueiros Antônio Carlos e Thiago Martins, mais o atacante Borja, tiveram seus nomes ligados a negociações e não devem fazer parte do elenco do Verdão em 2020.

O caso de Borja ainda não está sacramentado, mas mesmo que a negociação fracasse, a tendência é que seu destino seja mesmo fora do Palmeiras a partir do próximo ano. Já os defensores tiveram seus destinos selados.

Antônio Carlos, que tem contrato até 2023, foi emprestado ao Orlando City, dos Estados Unidos.

Thiago Martins, que estava emprestado ao Yokohama Marinos desde o meio de 2018, teve seus direitos adquiridos pelo clube japonês em definitivo. Aos 24 anos, o prata-da-casa palmeirense fechou seu ciclo no Verdão com 65 partidas disputadas e cinco gols marcados.

Borja deve mesmo sair

O atacante Miguel Borja, que chegou ao Palmeiras no início de 2017 e até hoje é a contratação mais cara de nossa História, deve sair por empréstimo. Entrando no quarto ano de contrato, o colombiano nunca emplacou no Verdão e a diretoria acionou o plano de venda.

Isso passa necessariamente por uma valorização do atleta, que vem jogando pouco desde o ano passado. O presidente Maurício Galiotte revelou ontem à noite que existem negociações avançadas com o Olimpia, do Paraguai, neste sentido.

Mesmo que o negócio não se concretize, parece claro que o plano da diretoria palmeirense para o colombiano não é tê-lo no elenco de 2020 e seu destino parece mesmo ser em outro clube.

A ideia é reforçada diante de uma imagem que circulou pelas redes sociais há alguns dias, com Borja no aeroporto de Guarulhos com uma bagagem que já sugeria mudança.

Rascunho atualizado

Com essas movimentações, o rascunho atualizado do elenco de 2020 já deixa claro que teremos reforço na defesa. A aposentadoria de Edu Dracena, o empréstimo de Antonio Carlos e a venda de Thiago Martins deixam o Palmeiras com apenas quatro zagueiros para 2020: Gustavo Gómez, Vitor Hugo, Luan e Pedrão.

Vanderlei Luxemburgo, entretanto, pode alterar esse panorama se realmente decidir por deslocar Felipe Melo para a zaga, como sinalizou informalmente quando ainda estava desempregado.

A iminente saída de Borja também corrobora com uma das movimentações mais esperadas pela torcida para a próxima temporada.

O grande problema de se definir as saídas antes de conectar as reposições é que a pressão sobe e os substitutos ficam mais caros. Um erro que não cometemos nos últimos cinco anos.


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O dia em que o Palmeiras ganhou três centroavantes

Henrique Ceifador

O Palmeiras anunciou na tarde de ontem a contratação de dois centroavantes: Henrique Dourado, que já circulava pela Academia de Futebol havia alguns dias, e Luiz Adriano, cuja negociação permaneceu oculta até o dia da assinatura do contrato. Com isso, a equipe ganhou mais opções de ataque e Felipão pode testar novas fórmulas para criar jogadas, adaptadas às características dos novos atletas.

Henrique Dourado já teve uma boa passagem pelo Palmeiras em 2014 e chegou por empréstimo até o final do ano. Suas passagens por Fluminense e Flamengo também foram, no mínimo, satisfatórias. O Ceifador consegue manter uma boa média de gols jogando por camisas importantes, que impõem pressão. É o típico caneludo que coloca pra dentro.

Já Luiz Adriano será uma opção mais eclética, já que, segundo o próprio Felipão, pode jogar como referência no ataque ou fazendo as beiradas. Nosso treinador pode mudar a tática de ataque sem precisar fazer uma substituição. É mais um jogador que manteve a média de gols por partida sempre alta nos dez anos que jogou no futebol europeu. Chega ao Palmeiras com 32 anos e tem a chance de cair nas graças de nossa torcida se mantiver essa média nos quatro anos de contrato.

Mas a grande notícia mesmo foi o terceiro centroavante, “anunciado” durante a noite: Borja parece ter recuperado a confiança, repetiu a ótima atuação da semana passada, na Argentina, provocou um pênalti, fez um gol de puro oportunismo, e voltou a ser aplaudido por nossa torcida.

A primeira volta na roda

Borja
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

O colombiano precisava dar a primeira volta na roda: gols levam ao incentivo da arquibancada, que lhe devolve a confiança, o que é fundamental para que tenha boas atuações, que o levam a marcar gols, e assim por diante. Borja viveu emperrado no meio desse ciclo durante muito tempo, até reiniciá-lo a partir da semana passada em Mendoza.

A excelente atuação ontem no Allianz Parque nos faz lembrar por que Borja, dois anos depois, segue sendo a contratação mais vultosa de nossa História. O potencial permanece lá. Borja pode não ser um Evair, mas é um centroavante de respeito, cujo maior defeito não é a suposta falta de habilidade com a bola, mas sim com os nervos.  A chance de alguém errar um movimento que exige total coordenação motora em momentos de nervosismo, como se sabe, é enorme.

Borja chegou a onze gols na Libertadores pelo Palmeiras e está a apenas um gol de igualar a marca de Alex, que ponteia a lista. Não há como não respeitar esse feito.

Quando será que nossa torcida vai compreender essa característica de nosso atacante e dar o tratamento que ele precisa para render o máximo com nossa camisa? Quando será que nossa torcida vai pensar mais no que é melhor para o Palmeiras e não em extravasar suas angústias pessoais em cima de um jogador que notadamente sente mais que a maioria?

Claro que o ideal é que nosso centroavante não precise de tantos cuidados por parte de uma massa humana, normalmente descontrolada sobretudo em momentos de emoção como uma partida de futebol. Esse aspecto da personalidade de Borja, sem dúvida, é uma deficiência. Por que não tratá-lo como ele precisa, em nome do rendimento que todos nós esperamos? Se ele funciona melhor se tiver paz, por que não lhe dar essa paz? Uma massa é composta por milhares de indivíduos. Se cada um fizesse sua parte, funcionaria.

Felipão que se vire

Paulo Turra e Felipão

A ressureição de Borja vem em excelente momento. Felipão ganhou mais uma opção para imaginar novas soluções a serem aplicadas em cada situação de jogo, num ponto da temporada em que a falta de criatividade do setor ofensivo ficou latente. Mais do que nunca, a arrancada para os títulos em 2019 está em suas mãos.

A torcida se irritou com o anúncio de Henrique, ganhou na sequência Luiz Adriano e ainda no mesmo dia, o velho Borja. Ainda existem aqueles que permanecem insatisfeitos, dizendo que “os cinco centroavantes, juntos, não somam um”. Faz parte. Essa minoria, ainda que barulhenta, não representa a massa esperançosa que compõe a torcida do Palmeiras. VAMOS!


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Felipão, Deyverson, Borja e a dificuldade da torcida em lidar com frustrações

Deyverson
Fabio Menotti/Ag.Palmeiras

Deyverson entrou nos noticiários, de novo. Desta vez, por publicar dois vídeos, o segundo desmentindo o primeiro, que por sua vez desmentia a coletiva de Felipão na véspera. Isto é Deyverson.

As idas e vindas deste rápido caso do final de semana precisam ser bem interpretadas. Mas para isso, é preciso de mais informações que qualquer um do lado de fora da Academia de Futebol tenha. Por isso, é muito mais justo manter a cautela antes de iniciarem mais um linchamento virtual.

Deyverson começou, Felipão acabou entrando de gaiato, Borja inevitavelmente entra na discussão, mas o principal personagem de toda a repercussão, de forma quase metafísica, é a própria torcida e suas reações inacreditáveis nas redes sociais.

Vamos tentar desmembrar o caso com muita calma nas linhas a seguir.

Felipão bancou? Mesmo?

Felipão

Após o clássico contra o Santos, Felipão informou a permanência de Deyverson. Segundo o treinador, após uma conversa com o atleta, ele disse que preferia ficar, e o treinador, diante da decisão tomada, disse ter ficado satisfeito.

Evidentemente o negócio não saiu por falta de acordo entre o clube chinês e o atleta – seja pelas bases financeiras, seja pela própria vontade de Deyverson em não deixar o país para partir para um a cultura totalmente diversa da nossa, ou por não pretender mais deixar o Brasil. Só ele sabe.

Qualquer que tenha sido a razão para o negócio melar, Felipão não tem nenhuma participação nisso, a não ser pela tal conversa, na qual Deyverson teria lhe perguntado se ele queria sua saída. Ora, é claro que o treinador vai dizer que não quer, porque as duas coisas ainda podiam acontecer, e em caso de permanência, seria melhor preservar o relacionamento – foi o que ele fez, como faz com todos os atletas.

Parte da torcida, no entanto, parece ter invertido a ordem das coisas e atribuído a Felipão a permanência do jogador, como se o negócio de mais de R$ 50 milhões tivesse sido abortado por interferência dele. E tome Felipão linchado virtualmente. “Culpa dele!”, bradam.

Não tem conserto

Deyverson
Reprodução

Infelizmente o negócio não saiu. Conforme já explanado neste post, o ciclo de Deyverson no Palmeiras parece ter se esgotado, e este episódio apenas reforça a conclusão.

No primeiro vídeo que circulou ontem, exaustivamente compartilhado nas redes sociais e nos grupos de whatsapp, Deyverson dirige-se a um grupo chamado por ele de “D16” – provavelmente um grupo de fãs ou algo dedicado a sua carreira e/ou personalidade. Nele, informa que estaria deixando o Palmeiras, e em tom de despedida, mandou um #partiuchina.

Poucas horas depois, um novo vídeo surgiu, desmentindo tudo e explicando que era apenas uma brincadeira interna. Deyverson diz que gosta do Palmeiras e que não é para ninguém “se preocupar”, que ele vai ficar no clube.

Um dia depois do técnico informar publicamente a permanência, o camisa 16 deu um nó na internet e causou um pandemônio. E tome Deyverson linchado virtualmente, porque estaria “fazendo os torcedores de palhaços”.

Não é para tanto

Deyverson
Reuters

Já sabemos que o chip de Deyverson não funciona. Uma arte como essa é bem menos grave do que muita coisa que ele já fez. Se de fato ele fez o primeiro vídeo apenas para trollar um grupo específico, achando apenas que iria, poucos minutos depois, gritar um RÁÁÁÁÁ e tudo iria ficar bem… isto é Deyverson!

Não surpreende que ele não tenha pensado dois movimentos à frente, prevendo que alguém vazaria rapidamente o vídeo, que, além de ter uma fake news bombástica, ainda desmentia a entrevista do chefe na véspera. Ou alguém ainda espera que Deyverson tenha esse nível de maturidade?

O problema é que nossa torcida é tão madura quanto o camisa 16.

O sujeito quer que Deyverson vá embora. Um belo domingo, ele mesmo “diz” que vai. A comemoração é imensa, chega até a superar a frustração do empate na véspera – afinal, o fim-de-semana não foi tão ruim. Nem precisa esperar o clube anunciar oficialmente, afinal, saiu da boca do próprio jogador, não é verdade?

Ora, se Deyverson não serve para o Palmeiras exatamente porque não é confiável, de quem é a culpa pela frustração pela reviravolta após o segundo vídeo? Do Deyverson ou de quem preferiu enganar a si próprio?

Lidar com frustrações

A dificuldade da torcida em lidar com frustrações é assustadora. O episódio Deyverson é apenas mais um em que parte da torcida do Palmeiras, num reflexo do que é a sociedade atual, demonstra toda sua falta de maturidade.

Borja vive uma fase péssima. Vem errando gols facílimos de forma incrível. Mas no sábado, após a chuva que caiu nos minutos iniciais, a bola e o gramado ficaram mais lisos e tudo ficou mais difícil, para todos. Alguns erros de domínio foram notados. Mas só Borja foi vaiado quando a bola lhe escapou, antes dos 20 minutos de jogo.

É claro que o colombiano pensa, na hora, “por que só comigo?”, e perde ainda mais confiança. Nossa torcida, em vez de apoiar quem está em campo para fazer nossos gols, prefere vaiá-lo. Dez ou quinze minutos depois, Borja perdeu um gol feito. Será que se ele não tivesse recebido aquela vaia antes, não teria tido mais confiança e a bola não teria entrado?

Vaiar o Borja agora não adianta nada. Não estamos em janela de transferência. Apenas alguns jogadores estão disponíveis – um deles, Alexandre Pato, ironicamente, um dos maiores ícones da indolência que tantos estão querendo enxergar em Borja. Ironicamente, um dos jogadores da mesma posição de Deyverson, que todos querem que saia.

Borja parece não estar à altura do Palmeiras neste momento; circulam por aí vídeos editados com seus piores gols perdidos. Ora, é claro que numa seleção de momentos ruins, o Borja, o Fred, o Ibra, assim como o Gioino ou o Enílton – qualquer um – vai parecer o pior atacante do mundo, da mesma forma que se pegarmos uma seleção de seus golaços, todo mundo vai querer ter esse cara no time.

Borja

Borja é as duas coisas. Temos que fazer a nossa parte e tentar fazê-lo voltar a ser o matador letal que foi no Atlético Nacional – ou, pelo menos, aquele que foi artilheiro da Libertadores e do paulista em 2018, que fez gol em Itaquera na primeira final, entre outros grandes momentos com nossa camisa.

Nossa torcida tem que ser mais madura, no estádio e nas redes sociais. Tem que ser menos imediatista, menos resultadista, e tentar enxergar o quadro sob uma perspectiva mais ampla.

Arthur Cabral é a terceira opção para a função no elenco e, neste momento, é apenas uma esperança. Afinal, se vendermos o Deyverson e o Borja neste momento, quem serão nossos centroavantes mesmo? Tudo o que Borja precisa, agora, é de apoio. Não por ele, mas pelo Palmeiras.

Pedir “fora este, fora aquele” é apenas uma solução imediata para a frustração do momento. Não foi por causa de Felipão que Deyverson não saiu. Deyverson-saiu-é-mentira-não-saiu-mais, é apenas um pouco mais do que Deyverson já mostrou ser. Ter o Borja da melhor forma possível, neste momento, é melhor que não tê-lo.

Que tal tentar amadurecer um pouco antes de mais um linchamento virtual?


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