Eduardo Baptista, mesmo com um elenco recheado, tem um difícil quebra-cabeças para resolver a partir desta semana. Após passar por uma dura sequência com dois clássicos e dois jogos pela Libertadores, o Verdão tem agora pela frente três partidas com um nível de exigência menor: entre a noite de amanhã e a quarta-feira seguinte, enfrentaremos o Mirassol e Audax, em casa, e Ponte Preta, em Campinas – partida que encerra a fase de classificação do Campeonato Paulista. Líder geral, já classificado, o Verdão tem como missão abrir alguma vantagem em relação ao segundo colocado para assim ter o mando das partidas de volta das semifinais e finais.
Nosso treinador, que a cada semana mostra mais domínio sobre as características de cada atleta, também poderia usar essas partidas como laboratório para esquemas alternativos a serem usados na temporada. O 4-1-4-1, com Tchê Tchê em plena forma, parece encaixado. O 4-2-3-1 também já se mostrou eficiente, seja com Thiago Santos ao lado de Felipe Melo, ou até com Zé Roberto – no último domingo, entretanto, a cobertura para as descidas de Egídio deixou bastante a desejar e precisa ser aprimorada.
A grande fase de Edu Dracena sugere até uma alternativa com três zagueiros; um 3-5-2 ou mesmo um 3-4-3 pode ser cogitado, com dois volantes marcadores (obviamente, Felipe Melo e Thiago Santos) soltando os extremos sem dó – Michel Bastos e Roger Guedes têm todas as características para fazer essa função.
Para esses três jogos, no entanto, não existe a menor chance de pensar numa viagem como essa. Além das lesões, que já estão atormentando nossa comissão técnica, os jogos de seleções pelas Eliminatórias da Copa fizeram estrago em nosso elenco. Nada menos que quatro titulares (Mina, Guerra, Dudu e Borja) servirão a seus países.
Para piorar, o Departamento Médico ganhou um novo hóspede: Jean, que sofreu uma fissura no pé no clássico contra o Santos, pára por pelo menos duas semanas e junta-se a Moisés e Thiago Martins, que encaram longas recuperações – no mínimo, até agosto. Acrescente a esse bolo uma pitada de suspensão (Vitor Hugo cumpre a última partida imposta pelo STJD) e de imposições do regulamento (Hyoran ficou sem vaga) e temos uma bela sacola de desfalques.
Resolvendo o quebra-cabeças
Como vimos, Eduardo Baptista ficou com um leque bem reduzido de opções para armar o time para amanhã. Na lateral direita, Fabiano é a opção imediata – o camisa 22 sofreu há cinco semanas uma lesão séria no posterior da coxa direita e ainda não está completamente condicionado para uma partida – talvez vá para o sacrifício. Caso não tenha condições, Tchê Tchê deve fazer a função, o que representa um sério desfalque em todas as outras áreas do campo onde o camisa 8 preenche os espaços. Outra alternativa seria Michel Bastos, que já fez essa função no Figueirense. Toda essa ginástica é necessária porque a terceira opção para a lateral, o zagueiro Thiago Martins, também está fora.
Notem que o Palmeiras está com o elenco bem coberto para todas as posições, e nem um bombardeio de desfalques como o que enfrentamos esta semana torna fraco o time que entrará em campo amanhã no Allianz Parque. Um possível time para entrar em campo é Fernando Prass; Fabiano (Tchê Tchê), Edu Dracena, Antônio Carlos e Zé Roberto; Felipe Melo; Michel Bastos, Tchê Tchê (Roger Guedes), Raphael Veiga e Keno; Willian Bigode (Alecsandro).
Com essa formação, cheia de atletas que tendem a ser reservas durante a temporada, fica difícil fazer maiores testes na formação tática. Mas segue sendo um time bastante competitivo, principalmente no Allianz Parque. VAMOS PALMEIRAS!