Substituindo Abel Ferreira, João Martins fez um pronunciamento após o empate em 2 a 2 com o Athletico-PR
A não expulsão do zagueiro Zé Ivaldo, do Athletico-PR, causou revolta no Palmeiras. Logo no início do jogo, o defensor acertou uma cotovelada na cabeça de Endrick dentro da área. O juiz, após auxílio do VAR, anotou a penalidade, mas mostrou apenas o cartão amarelo ao jogador adversário.
Após a partida, João Martins, que substituiu Abel Ferreira à beira do gramado, foi à sala de entrevista coletiva e respondeu apenas uma pergunta. Num tom forte e fazendo duras críticas à arbitragem e à CBF, o auxiliar técnico realizou um pronunciamento depois do jogo.
Confira o que disse João Martins:
“Pela saúde mental da comissão técnica, ainda bem que sou quem estou hoje aqui [comandando o time]. Nós entendemos que o futebol brasileiro passa a imagem de ser o futebol mais competitivo do mundo porque ganham vários, mas ganham vários porque muitas vezes não deixam os melhores ganharem. Mais uma vez é o que se passou hoje. Percebemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos. Trabalhamos para sermos os melhores no dia a dia e fazemos isso. Não vale a pena amanhã vir o presidente [Wilson Seneme, da Comissão de Arbitragem] usar frames para justificar a incompetência e erros grosseiros”.
“Nós vamos lutar até o fim e vamos dar o nosso melhor porque é pra isso que somos pagos. Não vão nos calar. Podemos ser expulsos às vezes, mas o que aconteceu hoje foi uma vergonha. [A não expulsão de Zé Ivaldo] condicionou o jogo. Depois [o árbitro] começa a dar faltinhas e mais faltinhas. Inacreditável o número de lesões que estamos tendo por traumas, [os adversários] às vezes passam do limite da regra do jogo, sistematicamente em todas as partidas”.
“[O juiz] deu o primeiro amarelo ao Garcia por retardar um lateral, algo inacreditável. O Brasil é especialista em perder tempo, por isso na Europa ninguém assiste ao campeonato. Depois, num pênalti muito bem marcado em que ele não viu [precisou do VAR], deu o segundo amarelo, que desta vez estava certo, mas o primeiro foi ridículo. Só que tenho que parabenizar os jogadores pela excelente partida. No 11 x 11, mesmo o placar estando com um gol de diferença para nós, estaríamos equilibrados e até não precisaríamos fazer todas as substituições. O Rony acabou sentindo e não podíamos mexer porque tivemos que fazer todas as mudanças quando o Garcia foi expulso.”
“Vamos continuar a dizer as verdades, podem expulsar. Qualquer pessoa que estivesse no nosso lugar se sentiria revoltado. É revoltante! Mas temos uma vontade muito grande de ganhar e sermos os melhores. Contra esse sistema é muito difícil, mas vamos continuar dando o nosso melhor”.
Paulo, pelo que vi em algumas lives palmeirenses, o Barros retirou o João Martins da coletiva. Falar a verdade incomoda, deveria ser motivo de orgulho para todos, mas não é assim, ainda mais em um país que se diz do futebol, que é repleto de hipócritas, amadores e clubistas nas direções das confederações e tribunais esportivos.
Se passaram 13 rodadas apenas, já fomos assaltados em quantas? Red Bull, Bahia, Botafogo, Athletico, mas tá tudo bem, né? Aumentaram a nossa distância para a liderança e essa semana vão operar o Palestra de novo, em casa, contra o queridinho máximo do sistema e a nossa digníssima Presidente fazendo coletiva sobre avião.
Caso a Comissão Técnica pegue o boné e se retire pela ineficiência da nossa direção, não se engane, estamos ferrados, por isso, tão importante ter uma figura como Paulo de Almeida Nobre no comando do nosso time, alguém que sabe historicamente o quanto fomos perseguidos, maltratados e depreciados ao longo da nossa existência.
Parabéns ao João Martis, disse o que muitos não tem a coragem de dizer, porém deixo aqui uma pergunta;
Não deveria estar na Coletiva algum membro da Diretoria ao invés do Martins? Barros por exemplo?!