Abel lamenta ataques sofridos e cita enredo criado para ‘calar o título do Palmeiras’

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Mirassol, durante partida válida pela quinta rodada do Paulistão 2023, no estádio José Maria de Campos Maia.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após a vitória sobre o Mirassol, Abel diz que ficou triste pela falta de valorização da conquista palmeirense

O Palmeiras venceu o terceiro jogo seguido como visitante no Campeonato Paulista, desta vez contra o Mirassol por 2 a 0, porém o principal assunto na coletiva do técnico Abel Ferreira foram os ataques sofridos pelo treinador por parte da mídia e também da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), devido à expulsão contra o Flamengo.

O treinador reconheceu que passou dos limites, mas fez questão de ressaltar que foi punido pelo árbitro e que não fez nada de diferente do que outros treinadores já fizeram.

“Infelizmente não é a primeira vez que isso acontece, nem a segunda, nem a terceira. Isso é o que me deixa triste, entender que resgatei aquilo que me faltava, minha família, e te associam a algo que não tem cabimento nenhum. Quando se tem um microfone à frente e não tem pressão nenhuma… eu questiono, o que vou querer no futuro?”.

Por conta de seu comportamento agitado à beira do gramado, o treinador foi associado à violência doméstica contra mulheres e chegou a ser comparado com o ex-goleiro do Flamengo, Bruno, condenado por homicídio triplamente qualificado.

“O Brasil gosta de novelas, né, então pensei assim: ‘que enredo arranjaram aqui para fazer uma novela para calar e esconder o grande título inédito que o Palmeiras ganhou?’. Desculpem, o que eu fiz outros já fizeram. Tive um comportamento que passou dos limites, por isso fui punido pelo árbitro e reconheço que é um processo que preciso melhorar. O triste é que quiseram valorizar o meu comportamento e não a classe, a categoria do espetáculo que houve, a beleza que os jogadores fizeram, da excelência do trabalho positivo”, acrescentou.

“Em relação ao meu comportamento no jogo, faço igual o Zé Rafael diz: ‘as críticas não me abalam e os elogios me deixam focado no que eu quero, porque sei quem sou e de onde eu vim’. Estou aqui para ganhar, estou aqui para competir. É preciso fazer o que for preciso para ganhar, dentro das regras. Quem não seguir, é punido, como eu fui”, concluiu o assunto.

Abel comenta o jogo

Ao comentar sobre a partida, o treinador confessou que não esperava um bom jogo do Palmeiras, por conta da celebração da equipe após o título da Supercopa do Brasil e também porque, de acordo com Abel, é “difícil baixar a adrenalina após um jogo intenso, como foi contra Flamengo”.

“Sabia que o jogo hoje não seria bom. Nós festejamos tanto, mas tanto, que disse aos jogadores no intervalo que em outras condições eu daria um puxão de orelha, mas eu sabia o que eles trabalharam e se dedicaram para ter uma vitória categórica contra o Flamengo. O som da derrota é o silêncio, o da vitória é para desfrutar mesmo”, disse.

“Foi uma primeira parte esforçada, mal jogada até. Mas no segundo tempo foi dentro do nosso nível. Quando há jogos num nível de intensidade tão grande, como foi contra o Flamengo, está muita coisa em jogo e eles entregaram tudo. Essa é uma equipe comprometida com os objetivos, a força dessa equipe é o coletivo”, complementou.

O Palmeiras enfrentou o Mirassol com oito jogadores considerados titulares poupados. Apenas Gabriel Menino e Endrick, que iniciaram a partida frente ao Flamengo, foram para o banco de reservas.

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