Em coletiva após vitória por 2 a 1, Abel destacou também a versatilidade de Rony
Depois de três empates consecutivos pelo Brasileirão, o Palmeiras voltou a vencer. Na noite de sábado, a equipe fez 2 a 1 no Juventude e, para o técnico Abel Ferreira, a peça chave para a vitória foi a paciência somada à produção ofensiva do time.
O time gaúcho veio ao Allianz Parque com três zagueiros e optou por se defender em linha de cinco, com mais quatro jogadores à frente. Ainda assim, o Verdão criou diversas oportunidades claras de gol e terminou o confronto com 23 finalizações.
“Entramos muito bem, produzimos bastante. Disse no intervalo para eles manterem a calma porque o futebol é assim, às vezes a melhor equipe não ganha. Tínhamos de manter a consistência porque ganharíamos o jogo. Na segunda parte continuamos produzindo, fizemos o primeiro e tivemos uma série de oportunidades para fazer mais, mas o adversário foi lá e empatou”, analisou Abel.
“Minha função é alertá-los sobre a nossa produção, não por acaso que somos o time que mais cria, esse é o nosso estilo. Tivemos muitas chances no segundo tempo e fizemos o 2 a 1 logo após sofrer o empate, isso foi bom. Depois de um golpe duro como foi terça-feira, a gente sabia a importância que era vencer hoje” complementou.
Além de comemorar a vitória, o comandante celebrou o poder de reação da equipe após a queda na Libertadores para o Athletico-PR e fez questão de valorizar a torcida, que compareceu em peso ao estádio.
“A equipe já perdeu muito, mas também venceu bastante. Muito porque disputou tudo, até onde deixaram. Temos essa capacidade de se levantar depois de sofrer, dar a volta por cima. É continuar neste caminho, valorizar os jogadores, o clube e os torcedores”, declarou.
“O que mais me impressiona, mesmo depois de termos perdido da forma que foi na Copa [Libertadores], são os torcedores. Eles são nossos créditos, temos que ouvi-los”, acrescentou.
Abel fala sobre Rony
Autor do primeiro gol palmeirense da noite, Rony também foi assunto na coletiva de Abel. O camisa 10, que completou 150 jogos pelo clube, chegou a 20 gols no ano, tornando-se o maior artilheiro do time na temporada.
Questionado se Rony pode ser considerado, atualmente, um centroavante que também atua aberto, ao invés do contrário, o treinador foi direto: “Sim”.
“Desde que cheguei avisei que não sou um treinador de posições fixas. A flexibilidade é que domina. Mas não adianta querer impor porque pode haver resistência do outro lado e o jogador pode não se adaptar. Esse é um dos segredos dessa equipe técnica. O Rony entendeu isso, pode jogar por dentro ou por fora. Gostamos do que ele produz, faz pressão, gols, dá intensidade”, destacou Abel, que também comentou o lance do gol de Rony.
“Há duas formas de o jogador pedir a bola: com a boca ou com o movimento. Quando os jogadores estão conectados entre si no olhar, conseguem perceber os movimentos. Foi isso que aconteceu [entre Rony e Marcos Rocha]”, concluiu.
O Verdão volta a campo no próximo domingo, às 18h30, para enfrentar o Santos no Allianz Parque.