A semana em que o Palmeiras se salvou da morte

Janeiro avança e começamos a olhar um pouco também para os lados, em busca do panorama dos concorrentes. É sempre saudável ter alguma ideia de como as outras onze camisas do futebol brasileiro estão se preparando para 2018.

Num momento em que a Lusa, já considerada time grande em outros tempos, perde até torneio quadrangular em casa contra outras três Portuguesas, vemos sinais de fenômenos semelhantes atingindo outros clubes.

Os mais dramáticos são Vasco e Fluminense, que precisam urgentemente passar por um processo semelhante ao que o Palmeiras atravessou a partir de 2013 para não correrem o risco de virarem novas Portuguesas. Em São Januário, o presidente recém-eleito precisa primeiro descobrir onde foram parar os computadores do clube.

Por aqui, quem está louco para pegar esse bonde, ironicamente, é o SPFC – o mesmo clube que, até outro dia, tinha um presidente que arrotava caviar enquanto, comendo banana,  lutava para conseguir um patrocinador melhor que o Arroz Urbano. Referiu-se ao Palmeiras como um clube em processo de apequenamento – e o que vemos hoje é o SPFC afundado nas mesmas práticas que quase nos levaram a esse trágico caminho.

Ele não estava de todo errado

Carlos Miguel AidarO pior de tudo é que Aidar não estava de todo errado. Seguindo o caminho trilhado desde 2001 por Mustafá, Della Monica, Belluzzo e Tirone, o destino do Palmeiras parecia mesmo o de virar uma Lusa, ou um Juventus. Um clube social decadente com um time de futebol medíocre. Uma série de circunstâncias, no entanto, impediu que tivéssemos esse triste fim.

O fator fundamental para a virada foi o tamanho e a paixão da torcida. Dessa massa saíram almas apaixonadas e esclarecidas o suficiente para se reunirem e virarem a chavinha. Além disso, a localização do Palmeiras foi fundamental para que fosse viável um projeto como o do Allianz Parque, indiscutivelmente outro pilar dessa reação.

Mas mesmo tudo isso talvez ainda fosse insuficiente. O Verdão teve a ajuda fundamental da sorte. Na rodada final do Brasileirão de 2014, o Palmeiras precisava vencer o Atlético-PR em casa para se salvar do terceiro, e talvez definitivo, rebaixamento. O clube não resistiria a mais uma queda, mesmo com o Allianz Parque recém-inaugurado.

O Palmeiras havia perdido por 3 a 1 para o Inter na rodada anterior no mesmo momento que Paulo Nobre conseguia a reeleição, a despeito da péssima gestão no futebol. A oposição, encabeçada por um candidato com o mesmo preparo de Arnaldo Tirone, tentava se aproveitar do mau momento do time para alavancar uma candidatura que seria o prenúncio do fim.

Naquela tarde de sete de dezembro, com 0 a 1 no placar, o Verdão foi salvo pelo gol de Henrique Ceifador. De pênalti, como são a maioria dos lances que entram para a História – a bola parada na cal e os corações pulsando a mais de 200 bpm. A expressão angustiada no rosto de nossa torcida, no vídeo abaixo, traduz com exatidão toda a dramaticidade daquele momento.

É verdade que o Vitória perdeu seu jogo para o Santos no finalzinho e não nos passaria de qualquer forma, mas o resultado em aberto em Salvador até os minutos finais fez com que o Palmeiras vivesse a agonia de estar na beira do precipício. Melhor que o gol de Henrique vire o símbolo da salvação do que um não-gol do Vitória.

Depois do alívio, a virada definitiva

DuduReeleito e mantido na Série A, Paulo Nobre pôde dar continuação ao processo iniciado em 2013, invisível ao público, de reestruturação do clube. A despeito dos erros grosseiros no futebol, o Palmeiras estava no caminho certo e precisava manter o plano em andamento. E em 2015 veio a virada definitiva. Patrocínio, boom no Avanti, Allianz Parque cheio, e um projeto consistente também no futebol. Três anos depois, com Maurício Galiotte mantendo as práticas mais importantes, atingimos a condição de ser a maior potência do país, habitante natural do G4 de qualquer campeonato – qualquer coisa diferente disso é surpresa.

Fluminense e Vasco, e talvez também SPFC e Botafogo, têm hoje em comum o fato de precisarem de uma virada administrativa radical, sob o risco de se aportuguesarem. Nenhum deles está na Pompéia e podem erguer um Allianz Parque, mas (ainda) têm torcida suficiente para, de alguma forma, saírem da penúria. O caminho será longo e enquanto isso o Palmeiras e os outros clubes que conseguem se manter competitivos têm todas as condições de aproveitar o espaço para conquistar mais títulos, já que a concorrência está menor.

O Palmeiras se salvou por muito pouco de estar vivendo uma realidade muito parecia com a desses clubes e tudo isso teve como ponto nevrálgico aquela semana entre sábado, 29 de novembro e domingo, 7 de dezembro de 2014, quando Paulo Nobre foi reeleito e Henrique Ceifador, que hoje ironicamente está em vias de se tornar jogador do SCCP, marcou de pênalti o primeiro gol do Palmeiras no Allianz Parque.

Talvez um dia isso vire até um filme. Se virar, lembrem-se deste post.


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Podcast: Periscazzo (10/01/2018)

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Nem comecem: Roger Machado não é o “Guardiola brasileiro”

Lucas Lima e Pedrão
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

A porção da imprensa que cobre o dia-a-dia do Palmeiras parece maravilhada com os novos treinamentos implantados por Roger Machado nesta pré-temporada. Num misto de curiosidade e admiração, os comentários e relatos têm sido marcados por completo derretimento. Houve quem comparasse seus métodos com os usados por Guardiola nos maiores clubes da Europa.

O treino de ontem, em que os jogadores ocuparam apenas metade do gramado e tinham como objetivo entrar em áreas delimitadas com a bola dominada, fez os olhos dos repórteres brilharem. Mereceu até post especial do repórter Rodrigo Fragoso, com direito a animação. Confira aqui.

Mas nada tá bom?

Borja e Thiago Santos
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

Normalmente reclamamos que a imprensa tende a ver tudo negativo em nosso time, e estamos cobertos de razão nisso. Agora que eles estão nos elogiando, vamos reclamar também?

Claro que não se trata disso. Os setoristas têm mais é que relatar o que estão vendo, é para isso que estão lá – e se a comissão técnica permite que eles observem, é porque não vê prejuízo na divulgação dessas atividades.

Os métodos de Roger são os mesmos que ele já usou, por exemplo, no Atlético, no ano passado. Conseguiu um bom rendimento, mas não o suficiente para que completasse a temporada no cargo. O que não significa nada em relação aos métodos, por si só, serem determinantes para ganhar ou perder jogos.

Os jogadores parecem aprovar as novidades, mas suas avaliações também não são grande parâmetro, já que parece pouco provável que um comandado teça críticas publicamente ao novo comandante logo na primeira semana de trabalho. O fato é que não temos elementos para avaliar esses métodos ainda; são apenas novidades.

Sai pra lá, salto alto

Roger Machado
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

A maior preocupação com esse hype em torno das novidades é a nossa torcida subir no salto e  cair novamente na armadilha do “entreguem as taças”. Roger não é o Guardiola brasileiro, o Palmeiras não é a primeira força, e seria muito bom se o elenco trabalhasse da forma mais resguardada possível. Temos muita curiosidade para saber o que acontece nos treinos, mas o ideal seria que as informações chegassem em doses moderadas, apenas o suficiente para manter o vínculo entre time e torcida ativo e a expectativa pelo início da temporada cada vez mais alta.

O “treino revolucionário” de Roger é, propositalmente, uma espécie de realidade ampliada, onde os jogadores precisam pensar muito mais rápido, correr muito mais e executar os movimentos com muito mais precisão. É um treino que aguça as qualidades dos atletas, mas não reproduz as situações exatas de jogo. É muito mais físico/técnico, e nada tático. Merece crédito por ser uma inovação.

Aparentemente, o Palmeiras está se protegendo ao fechar parte dos treinamentos. Parece óbvio que os treinos táticos, da forma como todos estão acostumados, devem estar sendo feitos nos períodos em que a imprensa não tem acesso. E por mais que seja esse o objeto maior de nossa maior curiosidade, é melhor mesmo que ninguém saiba o que Roger está armando. Vamos ter uma ideia no campo, daqui a uma semana, contra o Santo André.


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Com ou sem Mina, defesa permanece incerta para 2018

Roger Machado
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

O Palmeiras está treinando em ritmo intenso, debaixo de chuva e no fim-de-semana. As movimentações promovidas por Roger Machado até agora serviram para desenferrujar os jogadores – as imagens divulgadas pela TV Palmeiras mostram treinos com bola em terreno reduzido com muita intensidade, mas que não dão nenhuma dica do time que Roger pretende usar como base.

As laterais, o meio-campo e o ataque, no entanto, parecem encontrar consenso na torcida. Marcos Rocha e Diogo Barbosa saem na frente, sem dúvidas. Na frente, o quarteto Lucas Lima-Keno-Dudu-Borja também aparenta ter apoio da esmagadora maioria. E mesmo na volância não há muita discussão – Felipe Melo e Moisés gozam do apoio maciço da torcida. 

Ainda não sabemos bem o que Roger pretende. Cheio de personalidade, nosso novo treinador pode aparecer com um time base bastante distinto do que a torcida imagina – e nosso elenco tem qualidade suficiente para que ele faça as escolhas que achar melhor sem perder apoio.

Obviamente não há nenhuma unanimidade e cada leitor tem sua própria escalação na cabeça que nem sempre vai bater com a maioria ou com a do treinador, mas em linhas gerais, pelo menos entre a torcida, estamos perto de definir um time-base – a não ser na zaga.

Defesa que muita gente passou

Pedrão
Cesar Greco/Ag.Palmeiras

A maior fragilidade do Palmeiras em 2017 foi, indiscutivelmente, o setor defensivo. Tivemos erros individuais decisivos, mas também vimos um sistema coletivo de recomposição bastante falho.

Há quem simplifique tudo e decrete que Edu Dracena, Luan e Juninho são fracos, indignos de vestir nossa camisa. Edu Dracena, campeão por quase todos os time que jogou, tem sua capacidade colocada em xeque devido à idade; Luan e Juninho, a despeito de terem sido zagueiros de grande destaque no Vasco e Coritiba, foram pregados na cruz por falhas decisivas – principalmente Juninho.

Mina, provavelmente o melhor zagueiro que o Palmeiras teve neste século, também não teve grande desempenho em 2017, mas foi poupado por seu histórico – o que nos leva a ponderar se o problema realmente está na técnica dos nossos zagueiros. Quem jogou mais está levando mais pancada. Não admira que, com apenas nove jogos, Antônio Carlos passou a ser muito bem avaliado – quem garante que, caso tivesse jogado mais, não estaria sendo o centro das críticas? 

Confiáveis ou não, parece correto afirmar que, devido a um sistema imperfeito que os deixava muito expostos, nossos zagueiros acabaram falhando. Defensores de técnica bem mais questionável tiveram desempenho melhor em outros times jogando num sistema que os deixava bem protegidos. Este tema é muito subjetivo e há até quem diga que pode ser as duas coisas: sistema ruim com zagueiros ruins. Será?

Vote na enquete e escolha sua zaga ideal

O Verdazzo abre a discussão e lança a enquete, levando em conta que Mina parece mesmo de malas prontas para a Catalunha e vai deixar o Palmeiras. Escolha dois, entre os sete zagueiros de nosso elenco, que você considera os melhores para compor a zaga no início da temporada.

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Arbitragem e imprensa: na era Parmalat, éramos bons também nos bastidores

Treino
Fabio Menotti/Ag.Palmeiras

O Palmeiras voltou aos trabalhos na última quarta-feira e o ambiente é muito bom. O elenco é forte e bem remunerado, e tem a garantia de estar respaldado quanto à estrutura e à pontualidade nos pagamentos. Tudo isso faz do Palmeiras, mais uma vez, forte candidato a levantar taças este ano.

O diretor de futebol Alexandre Mattos concedeu entrevista na abertura dos trabalhos na qual reconhece que o Palmeiras tem todos os elementos para realizar uma temporada cheia de êxitos; declarou ter identificado onde o clube errou na temporada passada e que esses erros não devem se repetir: mencionou a priorização de competições e a forma como se trabalhou a pressão externa pela conquista de campeonatos como falhas a serem corrigidas. Veja abaixo a entrevista completa, bastante esclarecedora.

Mattos, no entanto, não mencionou claramente dois dos fatores mais importantes que interferem nos resultados de um time de futebol: as arbitragens e o desrespeito da imprensa.

Fique de olho no apito

Derby - Daronco
Cesar Greco / Ag.Palmeiras

Em paralelo a qualquer erro que nossos jogadores e diretoria possam ter cometido, tivemos problemas seriíssimos com os homens do apito e das bandeiras. Levantamento da própria CBF, mesmo sem o rigor que qualquer torcedor palmeirense teria se fizesse um estudo semelhante, aponta o Palmeiras como o clube mais prejudicado pelas arbitragens em 2017.

Ficamos em segundo lugar no Brasileirão, a nove pontos do primeiro colocado, mas todos se lembram da operação na reta final da competição. Quem viveu intensamente aquelas semanas sabe que o balde de água fria jogado pelas arbitragens de Héber Roberto Lopes contra o Cruzeiro e Anderson Daronco contra o SCCP foram definitivos para o rumo do troféu.

Equivocadamente, virou senso comum em nossa torcida que o Palmeiras precisa não apenas ser melhor que os adversários: é necessário ser muito melhor, tem que sobrar, para vencer os campeonatos diante da histórica disposição das arbitragens em nos prejudicar.

O Palmeiras não pode aceitar placidamente essa situação. Nossos jogadores tem que se preocupar em vencer somente os adversários; as arbitragens não podem entrar na conta regular de obstáculos a serem vencidos, o absurdo não pode virar regra. A máxima de que os erros acontecem para todos os lados e se anulam precisa voltar a prevalecer – no nosso caso, está claríssimo que não se anulam coisa nenhuma.

A imprensa, sempre ela

ESPN
Reprodução

Se Mattos diagnosticou que a priorização de competições foi um erro, que não se repita. E se acha que a pressão externa atrapalhou, tem dois caminhos paralelos para neutralizá-la: blindar ao máximo o ambiente e preparar os jogadores para se tornarem imunes ao falatório, e minimizar a origem dessa pressão, revertendo a pré-disposição da imprensa em minar o trabalho do Palmeiras.

Outro senso comum em nossa torcida é que a imprensa é anti-palmeirense. Obviamente toda torcida tem esse tipo de reclamação, mas a do Palmeiras tem documentos que escancaram esta perseguição – aqui, uma leitura muito esclarecedora. E recentemente o jornalista Luiz Ademar, ex-presidente da ACEESP, fez um desabafo em sua conta no Twitter a respeito da redação onde trabalhou nos últimos anos.

A perseguição ao Palmeiras é clara e afeta não apenas os jogadores, mas também a torcida, que inadvertidamente passa a fazer parte da pressão descomunal que é transmitida principalmente via redes sociais aos atletas. Para jogar em clube grande é preciso aguentar pressão, é certo, mas no Palmeiras ela é muito maior que nos adversários e é outro fator de desequilíbrio numa disputa que deveria ser justa.

A arte de trabalhar nos bastidores

Maurício GaliotteOs bastidores tem esse nome por se tratar de uma série de atividades feitas na penumbra. A discrição das atitudes, dependendo de quem as toma, pode estar relacionada a situações que envolvem a preservação de suscetibilidades – ou em casos menos virtuosos, ameaças à ética.

Dentro dos limites traçados pelos princípios éticos que deveriam guiar a sociedade, esperamos que os dirigentes do Palmeiras defendam os interesses do clube como todo o empenho. E isso envolve garantir que as arbitragens não nos roubem mais. Não queremos ser favorecidos, mas não aceitamos mais ser roubados.

Exigir o tratamento correto dos órgãos de imprensa, fazendo com que o evidente favorecimento a SCCP e Flamengo cesse e que o desprezo a tudo que envolve o Palmeiras dê lugar ao respeito é outra frente que precisa ser trabalhada.

Saber como se faz isso é obrigação de quem se coloca na situação de dirigir um clube de futebol. Conhecer o caminho dos bastidores é uma informação que se passa de presidente para presidente. De cartola para cartola. Se virem.

Hora de se mexer, de uma vez por todas

Palmeiras-ParmalatO Palmeiras já soube muito bem defender seus interesses nessas duas frentes. Durante o período em que a gestão de nosso futebol foi feita em conjunto com a Parmalat, o Palmeiras não era sistematicamente roubado. As arbitragens não eram perfeitas, mas a máxima dos erros que se anulam prevalecia.

E naqueles anos, tirando um ou outro jornalista caricato, a imprensa respeitava o Palmeiras e ninguém importante se metia a besta com nosso time. E é claro que a ordem vinha de cima, porque se dependesse da vontade da maioria deles, prevaleceria a camisa que vestem por baixo.

Com exceção das já mencionadas exceções caricatas, ninguém tem nada a dizer da ação do Palmeiras e da Parmalat nos bastidores com relação a limites éticos naquela época. Bem o contrário do que a história recente de outros clubes rivais contam.

Nosso elenco é ótimo, nossa estrutura é fantástica e nosso bolso vai muito bem, obrigado. Mas tudo isso, já vimos em 2017, não é suficiente se não fizermos como na década de 90 e nos impormos, não só diante dos onze adversários que entram em campo para nos enfrentar, mas diante dos inimigos que, nas sombras dos bastidores, fazem o que podem para levar vantagens indevidas sobre nós.

Que nosso presidente, assim que voltar de suas férias, trabalhe forte nessas frentes para garantir que não percamos mais títulos este ano que não sejam por mérito esportivo dos adversários.


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