Gustavo Scarpa usa Instagram para criticar fake news a seu respeito

No Palmeiras desde 2018, Gustavo Scarpa tem contrato com o Verdão até o final de 2022

No final de tarde desta quinta-feira, o meia Gustavo Scarpa fez um post na ferramenta stories, do Instagram. No post, o atleta critica a publicação de fake news a seu respeito, sem especificar o veículo ou o jornalista.

Vasculhando as notícias publicadas nas últimas horas, entretanto, é possível inferir que Scarpa ficou irritado com uma publicação do site goal.com, na qual afirma-se que o jogador teria avisado a diretoria que quer deixar o Palmeiras ao fim de seu contrato. “Quando leio algumas ‘notícias’ sobre o Scarpinha”, postou o meia, fazendo um facepalm.

Reprodução

Ainda segundo a publicação, assinada pelos repórteres Raisa Simplicio e Thiago Fernandes, Gustavo Scarpa teria como possíveis destinos o Flamengo ou o Botafogo.

Gustavo Scarpa tem contrato com o Palmeiras até o final deste ano. O clube, após renovar com o lateral-direito Marcos Rocha, também tem vontade de estender o vínculo do camisa 14.

Trajetória de Gustavo Scarpa no Palmeiras

Destaque no Fluminense, Gustavo Scarpa chegou ao Palmeiras no início de 2018. Em seu primeiro ano de Verdão, chegou a ficar longe dos gramados por três meses por conta de um imbroglio judicial com o time carioca. Após a liberação para defender a camisa palmeirense, lesionou-se e ficou mais um período afastado. Ainda assim, voltou no final do ano e marcou um gol importante para a conquista do decacampeonato Brasileiro, contra o Paraná, de pênalti.

Nos anos seguintes, conviveu com altos e baixos no Verdão até se firmar como peça fundamental do esquema de Abel Ferreira. Atuando na faixa esquerda do campo, foi taticamente importante para a conquista da Libertadores sobre o Flamengo e terminou a temporada de 2021 como o maior assistente do Brasil: com 22 passes para gol.

O meio-campista contabiliza 189 jogos pelo Palmeiras, com 32 gols marcados, 41 assistências e seis títulos conquistados: Libertadores (2020 e 2021), Brasileirão (2018), Campeonato Paulista (2020 e 2022) e Copa do Brasil (2020); além de fazer parte do elenco no título da Recopa Sul-Americana.

Palmeiras suspende atendimento à Rádio Transamérica após ataques a Abel; veículo emite nota

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Santos, durante partida válida pela décima primeira rodada do Paulistão 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Ordem para não atender aos pedidos da Transamérica veio da presidente do Palmeiras, Leila Pereira

Na tarde de ontem, o comentarista da Rádio Transamérica, Paulo Roberto Martins, também conhecido como Paulo Morsa, teceu comentários ofensivos contra Abel Ferreira, no programa Papo de Craque. O profissional chamou o treinador do Palmeiras de “arrogante”, “boçal” e “idiota”.

“Como ser humano, Abel Ferreira é uma desgraça. Ele não tem educação. Ele é idiota, boçal, arrogante e prepotente”, disse o jornalista.

Na manhã de hoje, o clube decidiu por não mais atender aos pedidos da Transamérica enquanto o comentarista seguir trabalhando na emissora, por entender que Martins extrapolou os limites da liberdade de imprensa – a informação foi publicada pelo jornalista Diego Iwata, do portal UOL.

Ainda de acordo com o site, a ordem partiu da presidente Leila Pereira e o Palmeiras está colocando todo seu departamento jurídico à disposição do treinador, caso ele julgue necessário mover algum tipo de ação.

Enquanto sofria os ataques de Morsa, Abel Ferreira e seus auxiliares estavam presentes na sede da FAM, na Mooca, promovendo o lançamento oficial do livroCabeça Fria Coração Quente’, que conta os bastidores da chegada da comissão técnica ao clube até a conquista da Libertadores de 2021 sobre o Flamengo. A primeira edição da obra está esgotada e toda a renda será destinada a duas ONGs: Fundação Ayrton Senna e Amigos do Bem.

Após decisão do Palmeiras, Rádio Transamérica emite comunicado

No começo da tarde desta terça-feira, a Transamérica emitiu um comunicado oficial repudiando as declarações do comentarista; confira:

16h12 – atualização – durante a tarde desta terça-feira, a rádio Transamérica anunciou a rescisão do contrato com o comentarista Paulo Morsa.

Abel Ferreira versus os puladores de polichinelo

Na parte final do século XIX, um jogo de caráter extremamente intuitivo foi inventado na Europa e algumas décadas depois cruzou o Atlântico. Virou febre na América do Sul. No Brasil, especialmente, se desenvolveu de forma notável, graças a um inexplicável talento dos locais para tratar a bola com os pés.

Teses antropológicas e sociológicas tentaram explicar por que o Brasil se tornou o “País do Futebol”. Depois de um período de viralatismo que durou até o início da década de 50 e que foi superado graças à conquista da Copa Rio por um certo clube brasileiro, o país dominou o esporte por aproximadamente meio século, praticamente imbatível. Só perdia para si próprio, quando a desorganização e os conflitos internos sabotavam a competitividade do time nacional.

A brincadeira se tornou tão apaixonante que foi natural que os meios de comunicação de massa se aproximassem cada vez mais – e com isso, um mercado rudimentar passou a ficar cada vez mais sofisticado e a movimentar uma quantidade de dinheiro cada vez maior.

Onde tem dinheiro, tem pesquisa e tem estudo. O preparo físico evoluiu, regras novas alteraram a dinâmica do esporte. E os inventores da brincadeira, cansados de serem derrotados, seguiram estudando para virar o jogo.

Enquanto isso, o País do Futebol permanecia deitado em berço esplêndido, coberto de louros e certo de que o talento natural faria com que o que já havia acontecido cinco vezes continuaria se repetindo misticamente por tempo indeterminado. Até que veio o Mineirazo. SETE A UM.

O Brasil finalmente acordou do sonho, percebeu que tinha ficado para trás, se organizou e tirou a diferença, certo? Claro que não. O simplório povo tupiniquim, conduzido por comunicadores atônitos, preferiu apontar dedos, procurar culpados, e seguiu sem buscar soluções.

A falta de compreensão da nova versão do jogo era latente; atletas brasileiros com experiências recentes em campos europeus alertaram para a diferença brutal entre os conceitos de futebol praticados. E alguns clubes decidiram tentar quebrar um tabu e trazer europeus para o país – desde que falassem português ou, pelo menos, espanhol.

Dois deles, Jorge Jesus e Abel Ferreira, cada um a seu modo, arrebataram os corações das torcidas de Flamengo e Palmeiras. O primeiro já tomou o caminho de volta sem deixar legado algum – ao contrário, plantou um sebastianismo que segue sufocando o clube carioca; o segundo segue em sua trajetória primorosa na Academia de Futebol e tenta passar suas mensagens não só para o sucesso do Palmeiras, mas para a evolução do futebol brasileiro.

Contagem Regressiva: Abel sempre parece ter um plano.
Cesar Greco

Abel é uma figura ímpar. Sem conhecê-lo pessoalmente, podemos, através de suas atitudes e discursos, tentar imaginar sua personalidade. E o que vemos remete a uma pessoa extremamente racional e focada, obcecada por processos, que alia o conhecimento à experiência como atleta, o que lhe deu a chance de desenvolver talento para liderança.

O resultado é um treinador que, em pouco mais de cinco anos de carreira, alcançou no Brasil em menos de um ano e meio o que muitos medalhões seguem perseguindo há mais de 30 anos.

Sua visão macro lhe permite entender facilmente o cenário. E o que vê, sete anos depois de uma humilhação sem precedentes, são brasileiros inertes, ainda apontando dedos uns para os outros no meio de um picadeiro, cercados por uma imprensa abobalhada. Deve ser uma visão muito pior que a que Cabral encontrou há cinco séculos.

Tudo o que Abel parece querer é repartir suas ideias para ajudar a transformar o meio em que vive atualmente em algo mais próximo do que ele já experimentou e que parece perfeitamente aplicável. O português fala de tática, de processos, de organização, de gramados, de calendário, de combate à violência.

A imprensa brasileira, sobretudo a facção menos inteligente e mais nociva, que anda com um pé na canoa do jornalismo e outro na do clubismo, reage de forma agressiva, demonizando suas divagações, tratando-as como insultos vindos de quem teria sangue de colonizador. Até de supremacista, Abel Ferreira já foi chamado.

Abel Ferreira conversa com o elenco do Palmeiras durante treinamento, antes do início do treino tático e das atividades físicas, na Academia de Futebol.
Cesar Greco

Abel, como boa parte dos técnicos europeus de ponta, parte de um princípio simples: o objetivo do jogo é marcar mais gols que o adversário. Para isso, existem o sistema defensivo, o sistema ofensivo e as transições; o jogo com e sem a bola. Os dois sistemas são indissociáveis, influenciam um ao outro. Assim, uma defesa forte é tão importante quanto um ataque forte. A forma de jogar vem da característica dos jogadores.

O catenaccio, por aqui conhecido como “retranca”, foi um método eficaz de se conseguir resultados há algumas décadas, quando polichinelos eram usados para manter os jogadores em forma. Era um sistema predominantemente defensivo, físico, desenvolvido para nivelar o jogo entre equipes com grandes diferenças técnicas. Pouco se assemelha aos modernos sistemas do futebol atual.

A capacidade de compreensão de futebol desses comunicadores é semelhante à eficácia de polichinelos na preparação física. O máximo que conseguem fazer é reduzir um futebol extremamente eficiente a uma “retranca”. Criticam o modo como o Palmeiras de Abel vence usando parâmetros como “beleza” – ou a falta dela. Isso sem falar na sorte, já que além de vencer todos os jogos em lances fortuitos, ainda tem o vento a seu favor.

A imprensa tem um papel a cumprir para melhorar o futebol brasileiro – e não apenas os que falam com o público, mas principalmente os editores, que traçam a linha-mestra de cada redação. Por várias razões estruturais, infelizmente esse parece um desafio que poucos parecem aceitar. O público brasileiro, conduzido por comunicadores limitadíssimos, segue discutindo futebol reduzindo a pauta a “ofensivo x defensivo”. É o “jogo falado” a que se referiu Abel, bem distante do “jogo jogado”.

O que podemos fazer para ajudar a reverter esse cenário está na ponta de nossos dedos: o mouse, o controle remoto, a tela do celular. Escolha bem quem forma sua opinião. Se o profissional reduz Abel Ferreira a colonizador, retranqueiro, supremacista, ou outro adjetivo desse naipe, fuja. Se os números desses puladores de polichinelos despencarem, os verdadeiros profissionais, os que estudam futebol e ainda se preocupam em melhorar a discussão em torno do esporte, ganham espaço.

E o Palmeiras que trate de absorver ao máximo o conhecimento de Abel Ferreira para não repetir os erros que o Flamengo cometeu. Quando Abel seguir seu caminho, seu legado precisa ser aproveitado e nosso clube tem que estar pronto para seguir em frente. Algo está sendo feito nesse sentido?


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

Conheça mais clicando aqui: https://www.catarse.me/verdazzo.

Veículos argentinos exaltam Palmeiras e Abel Ferreira após título da Recopa: “dono da América do Sul”

Palmeiras posa para a foto oficial antes do jogo contra o Athletico-PR, durante segunda partida válida pelas finais da Recopa Sul-Americana 2022, no Allianz Parque.
Cesar Greco

Diário Olé e a ESPN Argentina repercutiram o triunfo do Palmeiras sobre o Athletico-PR

A América do Sul é novamente verde. Na noite de ontem, o Palmeiras venceu o Athletico-PR, por 2 a 0, e conquistou a Recopa Sul-Americana pela primeira vez em sua História. Os gols foram anotados por Zé Rafael e Danilo no segundo tempo.

A conquista continental palmeirense em cima de outra equipe brasileira em pouco mais de três meses foi destaque no Olé, um dos principais jornais argentinos, e também na ESPN Argentina.

O diário de Buenos Aires estampou a manchete “o dono da América do Sul”, ao falar sobre o Palmeiras, e depois completou:

“De volta olímpica em volta olímpica, esse é o Palmeiras, o dono do continente. O Verdão é o bicampeão da Libertadores (ganhou em 2020 contra o Santos e em 2021 contra o Flamengo) e somou um novo troféu para sua vitrine recheada: ganhou a Recopa sobre o Athletico-PR”, escreveu.

O título da Recopa foi o quinto de caráter continental da História do clube. Os outros são as três Libertadores e a Copa Mercosul, de 1998.

“Com o título, o Palmeiras confirmou que é a melhor equipe do continente e um dos grandes candidatos a levar a Libertadores de 2022. Inclusive, o Verdão esteve perto de fazer história no Mundial de Clubes, já que perdeu para o Chelsea apenas nos acréscimos”, acrescentou o Olé.

4 vezes campeão pelo Palmeiras, Abel Ferreira é enaltecido

Além do Olé, a ESPN da Argentina, por meio de suas redes sociais, exaltou o técnico do Verdão, Abel Ferreira. O canal destacou o quarto título do comandante à frente do clube e questionou: “É o melhor treinador da América do Sul?”; confira:

No Brasil há pouco mais de um ano e quatro meses, Abel é o técnico com mais títulos internacionais no Palmeiras e soma, no total, 104 jogos no comando do clube, com 57 vitórias, 20 empates e 27 derrotas.

Neto diz que Marcos Leonardo é melhor que “esse Endrick”. E você embarca com força

Neto e Endrick

Existem personagens que só de aparecerem nos títulos dos conteúdos da internet movimentam zilhões de megabytes. Entre os astros do esporte brasileiro, Neymar ainda é o campeão. Entre a torcida do Palmeiras, recentemente, Endrick é a bola da vez.

Por outro lado, existem comunicadores que aprenderam direitinho a usar frases de efeito para atrair a audiência. O mestre de todos eles se chama Milton Neves. Seus mais notórios discípulos são Benjamin Back e Neto.

Eles não têm a menor preocupação em serem levados a sério. Suas frases polêmicas são construídas com rigor científico, sempre tendo a provocação como mote e usando os personagens da moda como tema.

“Marcos Leonardo é melhor que esse Endrick”, frase cunhada hoje em seu programa diário na Band, é cirúrgica. Atinge três torcidas ao mesmo tempo: a do Santos e a do SCCP, que jogaram ontem, e a do Palmeiras, que não tem nada a ver com o papo.

Neto fez uma comparação completamente descabida. Endrick tem apenas 15 anos e todo mundo sabe que não há como compará-lo com nenhum profissional. Mas mesmo assim o animador joga a provocação no ar, porque sabe que usar o nome de um astro em ascensão, em evidência mundial, lhe renderá visibilidade – ainda mais se o fizer de forma jocosa.

Além de tudo, Neto usa a repulsa da torcida do Palmeiras como combustível. Tal sentimento, aliás, foi construído de forma consciente: declarar-se torcedor do SCCP e vociferar diariamente como tal o faz ser muito mais procurado do que se não se declarasse por nenhum lado, ou do que se fosse um comunicador comedido de voz suave. A audiência prefere amar ou odiar o cronista em vez de apenas se informar. É meio primitivo, mas é assim que funciona. E Neto ganha muito mais dinheiro hoje do que como jogador de futebol.

Admita: você, que entrou neste site pela primeira vez, só entrou por causa do título polêmico. A foto também mexeu com seus instintos. Verdade ou mentira?

Você diz que odeia o Neto, mas o que você faz para que ele caia no ostracismo?
Você odeia mesmo o Neto ou ama odiá-lo?


O Verdazzo é um projeto de independência da mídia tradicional patrocinado pela torcida do Palmeiras.

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