“Ficou bem evidente a atitude de campeão”, disse Abel depois de empate heroico
Tranquilo e sorridente, o técnico Abel Ferreira distribuiu elogios após o empate do Palmeiras em 2 a 2 com o Fortaleza. Na entrevista coletiva, o comandante voltou a falar em sentimento de orgulho pelos atletas, parabenizou sua comissão técnica e enalteceu o adversário.
“Viemos jogar na casa de uma equipe que é modelo, que tem boa gestão. Dou-lhes os parabéns pela trajetória na Sul-Americana. Do mesmo modo, parabenizo os meus jogadores. Ficou bem evidente a atitude de campeão que essa equipe tem. Num campo difícil, adversário difícil, gramado pesado. O goleiro deles esteve forte nas transições. Mas, acima de tudo, o meu maior orgulho é a atitude deste time”, disse o treinador.
“Não sei se o Palmeiras tem o melhor treinador do mundo, mas tem os melhores assistentes do mundo. Quero dar os parabéns à minha equipe técnica, nós debatemos muito, vemos bastante futebol. Conversamos hoje sobre o jogo e é importante que toda equipe esteja em sintonia em jogos deste tipo, principalmente quando é preciso tomar decisões, como foi quando teve a expulsão do Gómez. Tomamos decisões difíceis, mas arrojadas. Novamente, parabenizo a eles porque conseguiram ajudar os jogadores”, complementou.
Os elogios de Abel se dão pelo fato de o Palmeiras, mesmo com um jogador a menos, buscar duas vezes o placar. Raphael Veiga marcou o primeiro gol e Zé Rafael anotou o tento que garantiu o empate.
“A forma que jogamos e não desistimos mesmo com um a menos. A forma que fazemos das tripas coração. Temos três finais, precisamos da ajuda dos nossos torcedores. Futebol é mágico por isso, está tudo em aberto. Independentemente do que acontecer no fim, esta equipe tem atitude de campeã”, declarou o treinador.
“Faltam três jornadas e não consigo prever o futuro. Sei o que quero, o que queremos e onde estamos. Tudo que se passou aqui representa tudo aquilo que eu vejo numa equipe, o que eu queria ver numa sociedade: cada um fazer o melhor que consegue e pode para que os torcedores sintam orgulho de nós”, acrescentou.
O Palmeiras volta a campo na quarta-feira para enfrentar o América-MG, às 21h30, no Allianz Parque.
Confira outras respostas de Abel:
– Conversa no intervalo
“Não fizemos grandes alterações em termos táticos no intervalo. Pedimos que os três zagueiros carregassem mais a bola, não só passassem porque a gente precisava criar espaços. Depois, por conta da expulsão, tivemos que mudar e era quase que tudo ou nada. Tínhamos que sair daqui com pontos”.
– Estratégia após a expulsão de Gustavo Gómez
“Naquele momento, de muita pressão, não precisa apenas da experiência, mas também da comissão técnica. Ouvir o que eles têm a dizer e ficar calmo. Fizemos duas alterações para meter mais agressividade ofensiva, mas logo veio a expulsão e tínhamos que pensar no que fazer a partir dali. Poderíamos ter perdido o jogo, mas as decisões foram no sentido de buscar o resultado. A gente poderia ter colocado o Naves de primeiro, mas preferimos pelo Vanderlan para dar largura e deixamos o Rony e o Endrick como centroavantes. Depois [do 2 a 2], fiz o contrário porque sabia que o Fortaleza iria arriscar. Tiramos o Veiga e o Endrick [colocou Fabinho e Naves]. Acredito que esse ponto pode ser importante no fim”.