Abel elogia sistema defensivo e aponta fator que dificultou o jogo com bola do Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o São Paulo, durante partida válida pela quarta rodada do Paulistão 2022, no Morumbi.
Cesar Greco

Abel concedeu entrevista coletiva após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o SPFC, no Morumbi

O Palmeiras visitou o SPFC na noite de ontem e venceu o rival por 1 a 0, com gol de Rony. Ao final do duelo, o técnico Abel Ferreira, em entrevista coletiva, elogiou a postura dos atletas nos minutos iniciais e o modo como o time se defendeu, mas apontou também os problemas enfrentados com a posse de bola.

“Estes tipos de jogos (clássicos) são muito emocionais, o lado mental é muito importante e, às vezes, é mais defender do que atacar. Gostei muito dos nossos primeiros 15 minutos. A equipe entrou com muita personalidade e confiança. Foi um grande jogo, contra uma boa equipe, que não joga com pontas declarados e faz muito o jogo interior com o Sara e Igor Gomes”, iniciou o comandante.

“Depois que construímos a vantagem – e isso tem a ver com o fator mental – começamos a não ser tão fortes nos gatilhos de pressão e nos momentos com bola não tivemos a mobilidade para passar e dar a linha de passe. Nós ficávamos na mesma posição ao passar a bola; contra um adversário que pressiona, precisamos de mobilidade. Defendemo-nos muito bem, as únicas formas que eles nos criaram perigo foi com chutes de fora da área e cruzamentos à área. Mas estivemos muito bem posicionados, gostei da forma como nós nos fechamos”, acrescentou.

Com a vitória, o Verdão garantiu a primeira colocação do Grupo C e a classificação às quartas-de-final. Além disso, a equipe quebrou um tabu de 25 anos sem vencer o rival no Morumbi, jogando pelo Campeonato Paulista, e Abel Ferreira conquistou sua primeira vitória sobre Rogério Ceni. O comandante minimizou as marcas.

“São coincidências. Digo aos jogadores: os campeões são pessoas medianas com muito foco, disciplina e trabalho. São três palavras simples, mas o difícil é fazer isso de forma consistente, durante uma semana, um mês, um ano ou durante toda a carreira. Está ao alcance de poucos, nem todos conseguem, se fosse fácil todos aqui chegavam. Não falo com os jogadores sobre recordes ou quebra de tabus, o que digo pra eles é que cada jogo é uma oportunidade de crescermos”, disse.

O Palmeiras terá outro clássico pela frente. No domingo, a equipe recebe o Santos, às 18h30. Questionado se irá poupar os principais jogadores para o duelo, Abel afirmou que o clube “continuará fazendo aquilo que acredita”.

“No Paulista, somos a equipe que mais joga e a que menos descansa. Temos que fazer a gestão de energia para jogar na máxima força. Se entendermos que daqui a dois dias temos que mudar, vamos alterar. Todos têm que estar preparados para jogar”, declarou.

Abel fala novamente sobre futuro no Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o São Paulo, durante partida válida pela quarta rodada do Paulistão 2022, no Morumbi.
Cesar Greco

Para finalizar, o comandante comentou outra vez sobre seu futuro no Palmeiras – Abel tem contrato com o clube até o final desta temporada.

“Eu falo diretamente com a torcida do Palmeiras. Já fui muito claro: tenho contrato. No futebol tudo é possível, mas estou aqui para ouvir o que o clube tem para me dizer. Tudo no tempo de Deus. Vocês sabem a ligação que tenho com esses jogadores, é muito forte. Somos uma família de trabalho, ganhamos e perdemos juntos. Choramos de alegria e de tristeza juntos. Vou ouvir o que o clube tem a me dizer, e depois tudo no tempo de Deus. Lembrando que tenho contrato”, finalizou.

Além do confronto diante do Santos no próximo domingo, o Verdão enfrenta ainda o SCCP na quinta-feira que vem, no Allianz Parque, e encerra a primeira fase do Paulista contra o Red Bull Bragantino, dia 20, fora de casa.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Abel Ferreira

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o São Paulo, durante partida válida pela quarta rodada do Paulistão 2022, no Morumbi.
Cesar Greco
  • Sobre a retração do Palmeiras após o gol

“A partida de hoje foi exatamente como o último confronto entre SPFC e SCCP. Quando há um gol, há um jogo diferente. No outro clássico, o SPFC fez o gol no primeiro minuto e ficou se defendendo, com o SCCP atacando o jogo todo. Hoje foi exatamente igual. Fizemos um bom começo de jogo, com um gol e uma bola na trave. Depois eles vieram para cima, tinham que arriscar, nos atacaram com sete jogadores e, quando falhávamos no primeiro gatilho de pressão, tínhamos que nos defender mais baixo. Ainda tivemos quatro ou cinco transições no segundo tempo e, se tivéssemos um pouco mais de precisão na definição, faríamos o segundo gol”.

  • Sobre as Crias da Academia

“Lido com meus jogadores com uma única intenção: que eles sejam melhores jogadores e homens. E eles têm que entender que aqui não há mais ‘meninos da base’, já estamos na selva, estamos a competir e a responsabilidade é igual para todos. É igual para o Dudu, Veron, Weverton ou Giovani. A partir do momento que você joga no Palmeiras, a cobrança é forte. Se já estão na equipe principal é porque estão prontos para ir à selva. A maturidade competitiva tem que ser mais rápida, eles precisam entender isso. Se não ocorrer, o clube dará tempo porque faz parte do jovem jogador”.

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