Confiante no elenco palmeirense, Abel mostra conhecimento sobre Al Ahly e fala sobre Piquerez

Abel Ferreira concede entrevista coletiva pelo Palmeiras, no Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi-EAU.
Fabio Menotti

Abel concedeu entrevista coletiva no Al Nahyan Stadium, palco da semifinal

Na véspera do confronto contra o Al Ahly, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva no Al Nahyan Stadium, palco da semifinal do Mundial de Clubes. Questionado por diversas vezes sobre a equipe adversária, o comandante elogiou a performance dos egípcios contra o Monterrey, nas quartas-de-final, e pediu um Palmeiras ‘em alerta’.

“O futebol é mágico por não ser uma ciência exata. Não ganha quem investe mais, o futebol tem muito a ver com vontade, com organização e o que vimos no sábado foi uma equipe muito bem organizada e competitiva do Al-Ahly. Estamos sobretudo atentos e em alerta, porque vimos a organização deles”, iniciou.

“Como pudemos ver, é uma equipe que tem muito bem claras suas intenções. Joga com as características dos jogadores que tem, e eles fizeram [contra o Monterrey] sete ou oito transições até com superioridade numérica. Mostra a dificuldade que teremos amanhã e, também, que quando você ataca, tem de preparar o momento defensivo. Vamos aproveitar todos os momentos; na bola parada fazer tudo; estar focados no que treinamos para colocar em prática nossos posicionamentos”, completou.

Além disso, Abel comentou sobre os esquemas táticos que o adversário pode apresentar no jogo. “Sabemos que ano passado jogaram no 4-3-3, este ano estão no 5-4-1. Já disse que os treinadores jogam pelas características dos jogadores disponíveis. Isto mostra a inteligência do treinador. Vamos montar a estratégia, mas os jogadores sabem exatamente o que fazer. Todos os sistemas têm pontos fortes e fracos, não há um perfeito. Logicamente que estamos preparados para os dois, treinamos tanto para o 4-3-3 ou 5-4-1. Mas isto é o que o adversário pode fazer, isto não controlo. Vamos ver como o adversário vai se portar”.

Gustavo Gomez e Abel Ferreira concedem entrevista coletiva pelo Palmeiras, no Al Nahyan Stadium, em Abu Dhabi-EAU.
Fabio Menotti

Sobre o duelo, ainda sem saber se o Al Ahly irá com força máxima, o treinador pregou humildade e falou o que os jogadores do Palmeiras precisam mostrar em campo para saírem vencedores.

“Na minha terra há uma coisa que se diz: humildade e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Se, com desfalques, venceram o Monterrey quando todos falaram que o Monterrey ia passar, é um sinal de alerta para nós. Ganharam por um, mas poderia ser mais. Mostra a qualidade do Al-Ahly. Que amanhã os jogadores estejam calmos, inspirados, acreditem e façam acontecer para que a gente conquiste o resultado”, projetou.

“Amanhã, para enfrentar este tipo de equipe, precisamos ser pacientes, seguros e, no momento certo, aparecer no lugar certo e fazer o que treinamos. Sabemos o que fazer, estamos confiantes, vamos usar nossa parte tática, mas sobretudo competir. Ser uma equipe sólida, eficaz e focada nas tarefas coletivas e, quem sabe, individualmente um dos nossos resolva na criatividade. Se as fizermos, estaremos mais perto de vencer o jogo”, acrescentou.

Abel fala sobre as condições de Piquerez

Da equipe titular que irá a campo amanhã, a única dúvida em relação aos atletas que já vem jogando juntos entre os onze é a escalação de Piquerez. O lateral, que foi infectado pela Covid-19 na semana passada, chegou no domingo a Abu Dhabi e fez o único treinamento com bola em solo árabe nesta segunda-feira.

Abel não confirmou a presença do uruguaio em campo, mas afirmou que se for precisar colocá-lo, ele estará ‘voando’.

“A parte anímica [do Piquerez] é a melhor notícia. Um jogador que, na véspera de embarcarmos para o Mundial, recebeu a notícia de que poderia ficar de fora, posso imaginar como ele ficou. Só de poder vir foi muito bom para ele. Se tiver que jogar, tenho a certeza absoluta que ele vai voar”, declarou.

Valendo vaga para a decisão do Mundial de Clubes, Palmeiras e Al Ahly se enfrentam nesta terça-feira, às 13h30 (horário de Brasília).

Confira outros assuntos da entrevista de Abel Ferreira

– Experiência em jogos decisivos e a preparação mental

“Estamos juntos há um ano e alguns meses e já tivemos várias vezes em finais, decisões. Umas vencemos, outras perdemos, mas tivemos a experiência, uma equipe mais habituada a estar na presença de finais. E o aspecto mental é muito simples: é eles não gastarem tempo com coisas externas e focarem apenas no que sabem fazer – jogar futebol no mais alto nível. Entrem em campo, joguem de forma coletiva, organizada e deem o melhor do primeiro ao último segundo para vencer. Tenho certeza que é isto que eles vão fazer”.

– Não ser citado com um dos melhores treinadores do mundo

“Quero que minhas filhas, minha mulher, minha presidente e meus jogadores gostem de mim. Não gosto de dar entrevistas, fico no meu canto e faço o que sei, treinar meus jogadores. O resto não controlo, não tenho a missão de procurar quem são os melhores. Não vivo com recordes, com história, vivo o aqui e agora. Minha filosofia de vida é ser feliz, tanto faz o que os outros dizem, se for elogio ou crítica. Respeito todas as decisões, opiniões, mas sou focado no meu trabalho, na minha família, no Palmeiras e nos meus jogadores, porque eles fazem de mim um melhor treinador”.

– A adaptação de Atuesta:

“Quando ele assinou, pediu sete jogos para ver da nossa equipe, mostra a vontade de querer triunfar no Palmeiras e tenho certeza absoluta que vai acontecer. Um jogador inteligente, intenso, de qualidade, que está se adaptando a nossa forma de trabalhar e acredito que vai nos ajudar”.

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