Abel Ferreira revela os motivos da oscilação de Raphael Veiga e afirma: “A culpa é minha”

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Flamengo, durante partida válida pela terceira rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após o empate com o Flamengo, Abel Ferreira disse que deveria ter poupado Raphael Veiga em jogos anteriores

O Palmeiras ficou no empate em 0 a 0 com o Flamengo, no Allianz Parque, mas o assunto mais importante da coletiva de Abel Ferreira não foi sobre a partida em si, mas sim sobre a situação de Raphael Veiga.

O meia vive um momento de oscilação em campo e o treinador explicou os motivos.

“Eu deveria ter o tirado há dois ou três jogos, mas estou sempre o colocando em campo. Se calhar, ele não deveria ter jogado contra o Vitória ou ter saído antes. A culpa é minha. Sabemos que o Veiga em qualquer momento pode decidir jogos, o problema é que eu sempre o coloco em campo e ele precisa descansar”, disse Abel, que ainda revelou que Veiga quase não jogou contra o Flamengo.

Abel Ferreira em entrevista coletiva após jogo do Palmeiras contra o Flamengo, durante partida válida pela terceira rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
João Kerr/Verdazzo

“Há dois dias, eu achava que o Veiga não iria jogar, em função da análise que fizemos. Mas a vontade dele é tanta e nós sabemos que ele é diferente. Tenho forçado muito o Veiga. Em muitos dos nossos jogos ele entra a 50%. Quando está cansado mentalmente, a perna não responde. É verdade que o Veiga não está na melhor forma e o responsável sou eu”, explicou.

As opções do elenco para substituir Raphael Veiga são Lázaro, que vem sendo utilizado, Rômulo, recém-chegado do Novorizontino, e Jhon Jhon, que na última semana recebeu uma proposta do Red Bull Bragantino. O Palmeiras rejeitou o acordo pela Cria da Academia e Abel falou sobre o assunto.

“Nós formamos os jogadores. E formar às vezes é tirá-lo da competição e deixá-lo se desenvolver. Claro que ele vai voltar a jogar. Nós não o deixamos sair, reconhecemos o interesse do Red Bull Bragantino nele. Acreditamos muito nele. O resto é o caminho normal que um jogador jovem precisa fazer. Nós temos a paciência de fazer como fizemos com o Flaco López. Estamos tendo exatamente isso com o Jhonatan e também com o Rômulo”, disse Abel. O último jogo de Jhon Jhon foi em fevereiro, no empate em 2 a 2 com o SCCP.

Confira outras respostas de Abel Ferreira:

– Empate com o Flamengo

“São jogos equilibrados. Não são todos Palmeiras e Flamengo que serão iguais ao da Supercopa. Aquela partida foi taticamente mal jogada. E o treinador não gosta de jogos mal jogados taticamente. Confrontos desse nível, seja aqui no Brasil ou não, sempre há poucos gols, poucas oportunidades. Hoje, nós pressionamos alto, não deixamos o adversário gostar do jogo, coisa que não fizemos contra o Internacional. Acabou por ser 0 a 0, quem gosta de gols não foi bonito. Mas eu vejo de outra maneira, claro que queria ganhar, mas não é por aí”.

– Mudanças na equipe titular

“Mudo o time de um jogo pro outro com muita facilidade. A grande diferença hoje [em relação ao jogo passado] foi jogar em nossa casa, com a nossa torcida e a emoção vindo de fora. É uma vantagem muito grande jogar aqui no Allianz Parque. Em relação às peças, só tiramos o Lázaro e colocamos o Luan”.

“O Luan fez um excelente Paulista. Muitas vezes achamos que colocar mais um atacante faz o time ser mais consistente, mas não é isso que a gente vê. Há outras maneiras de se defender. São jogos muito equilibrados. Queríamos vencer, acho até que poderíamos, mas do outro lado há uma equipe competente. Nossa equipe se portou bem”.

– Estratégias para vencer

“O adversário estava jogando com três médios e depois colocou mais um, o De La Cruz. Então nós não queríamos bater no muro. Quando o adversário se fecha por dentro, temos que ir por fora. Fazemos o que o adversário nos deixa. No primeiro tempo conseguimos algumas viradas importantes para o Mayke. O Flamengo se defende muito bem, fecha o corredor central e o da bola. Por isso tínhamos que usar os corredores de fora. Acho que fizemos o mesmo, também não deixamos nosso adversário jogar. Achei que fomos mais pressionantes do que eles”.

– Próximo jogo

“É fundamental nós capricharmos na hidratação, suplementação e recovery, mas não há milagres. Todos temos limites e o nosso é olhar para os jogadores, se tivermos que trocar os 11, vamos fazê-lo. Porque é assim e temos que aceitar. O lado ruim é que não há tempo para recuperar os jogadores, o outro é que, com mais jogos, o lado financeiro vai prevalecer”.

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