Abel elogia jogo do Palmeiras, vê vitória como justa, mas faz alerta sobre a falta de eficiência

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Ituano, durante partida válida pela décima quarta rodada do Paulistão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em mais uma final, Abel chegou a 11 decisões no Palmeiras

Após a vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Ituano, que garantiu a equipe na final do Campeonato Paulista, o técnico Abel Ferreira fez elogios ao desempenho do time em diversos aspectos analisados pela comissão técnica. Entretanto, o treinador fez um alerta sobre as chances desperdiçadas pela equipe ao longo da partida.

“Daquilo que são as nossas métricas no jogo, ofensivas e defensivas, estivemos bem em quase todas. Não tivemos problemas na construção através do tiro de meta, na objetividade e nem nas bolas paradas. Nosso problema foi a eficiência. Parecia que a bola ia sempre na direção do goleiro, e contra essas equipes é fundamental abrir o jogo o quanto antes, se não eles começam a acreditar. Nos aspectos defensivos tivemos top em tudo, não demos chances para eles”, disse o treinador, na coletiva de imprensa depois do jogo.

“O goleiro deles fez a diferença. Poderia ter sido três ou quatro [a zero]. Futebol é assim, temos que melhorar nisso, mas fomos os justos vencedores”, complementou.

O treinador também explicou a entrada de Breno Lopes no lugar de Bruno Tabata, que saiu lesionado aos 10 minutos da etapa inicial, e falou sobre a saída do camisa 11.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Ituano, durante partida válida pela décima quarta rodada do Paulistão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“A escolha se deu pelo que o Breno vem fazendo nos treinos e nos jogos, um jogador que mesmo com pouco tempo de jogo tem boa produção, entendi que deveria colocá-lo. Passamos o Dudu para a direita, algo que ele está acostumado. O Breno merecia atuar em um jogo decisivo”, disse.

“Temos dois anos e meio de trabalho, uma ideia sólida da forma de jogar e os jogadores sabem o que deve ser feito. Não treinamos titulares e reservas, é misturado, não há diferenciação. Cada um tem uma função e responsabilidades. Estivemos concentrados, unidos e não deixamos o adversário fazer o que eles queriam”, acrescentou.

“O Tabata ainda queria continuar na partida, mas tinha que sair. Ele teve um problema muscular, ainda não sabemos a gravidade. Torço para que não seja grave, pois o tiramos cedo. Mas, se ele não puder jogar, temos outras opções: o Rony, Breno, Giovani, além do Mayke. Não é uma posição que me deixa tão preocupado, ainda tem o Kevin, do Sub-20, o Luis Guilherme”, concluiu.

O adversário do Palmeiras na grande decisão sai do confronto entre Água Santa e Red Bull Bragantino, que acontecerá na noite de segunda-feira. A equipe terá duas semanas de treino até o primeiro jogo da final por conta da Data-Fifa.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Navarro e Jailson

“Temos o Jhonatan e o Navarro, que vem treinando na posição de 10. Quando decido colocar o Navarro tem a ver com sua pressão e sua altura, ele nos ajuda tanto no ataque quanto na defesa”.

“Tenho trocado o Jailson pelo Veiga e o Fabinho tem entrado muito bem no lugar do Menino. Toda vez que o Fabinho entra ele diz ‘confia em mim’ e isso é muito bom. Temos que entender que o Jailson fez grandes jogos no ano passado e teve uma lesão que o deixou parado por mais de 8 meses, é difícil retornar não só pelo aspecto físico, mas pelo mental também. Sei da sua qualidade e o quanto se dedica, se estão aqui é porque são bons. Mas também sei que eles próprios precisam dar a volta, assim como fez o Tabata”.

– Treino sem os jogadores convocados

“Há um sentimento misto em vê-los ir para a seleção e há o outro lado que é que não teremos eles nos treinos. Não sei que tipo de treinos eles terão lá, aqui soubemos de tudo. Outros microciclos. Claro que me preocupa. Gosto que eles vão porque valoriza todos nós, mas há uma preocupação”.

– Obrigação por vencer

“Parece fácil, né, chegar à final. E agora estão dizendo que somos obrigados a ganhar. Mas não é assim, a única obrigação que temos é dar tudo em campo. Hoje foi muito difícil, um mínimo erro podia deixar a gente de fora. Se sentarmos à custa do que já ganhamos, o que acontece a seguir é uma queda. Não vamos ganhar sempre, mas vamos dar o nosso melhor. Há sempre como melhorar, nunca estou satisfeito. E digo sempre isso aos meus jogadores”.

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